Cavaleiro da Noite - Vondy

Último Capítulo

Após tudo terminar, ela ainda precisou de algum tempo para conseguir voltar totalmente a si; e quando abriu os olhos, Christopher a mirava com um sorriso apaixonado.
- Você me ama - ele exclamou, extasiado. - Foi o que afirmou quando consumei a união. E disse que me ama duas vezes!
Então foi isso o que eu disse!, pensou ela, lembrando que de fato balbuciara algo ao se ver presa no clímax mais longo que jamais experimentara.
- Sim, eu o amo - Dulce falava agora de maneira calma, e na mais completa lucidez. - Mas não necessita me dizer o mesmo, pois sei que é diferente para os homens.
- Por que pensa assim? Eu também a amo, e serei seu para sempre. Não haveria em mim o desejo de consumar nossa união de sangue se não a amasse, pois um MacNach sente tal necessidade apenas quando ama uma mulher com toda a força de seu coração.
Sem se conter, Christopher a abraçou e tornou a beijá-la, tranqüilo e confiante, pois agora nenhum segredo existia entre eles, e com a alma inebriada pelo amor por sua esposa.
- Você me proporciona tudo de que preciso, Dulce: amor, paixão, prazer, confiança, felicidade. Gostaria de ser um poeta para poder expressar o que sinto por você em palavras.
Sorrindo, Dulce lhe tocou o lábio com o dedo, num gesto para que se calasse.
- Eu te amo, Christopher.

- Também te amo, Dulce.
- Estas são as únicas palavras que necessito ouvir.
- Ainda as repetirei muitas vezes, durante muitos anos!
- Nós, os Callan, também vivemos longamente...
- Espero que sim, meu amor, pois que seria de mim sem você a meu lado? Você é meu sol, minha vida!
- Que linda declaração... Querido, você é poeta sem saber!
- Minha esposa e companheira, para sempre.
- Meu marido, meu companheiro para todo o sempre... - Dulce repetiu com suavidade, antes de Christopher novamente capturar seus lábios.

Alguns meses depois

O som familiar o fez acordar sorrindo, mas Dulce ainda dormia quieta a seu lado. Franzindo a sobrancelha, Christopher concluiu que o ruído provinha do berço defronte à janela. Virou a cabeça, e notou que Mora estivera no quarto e abrira um pouco a cortina para o sol matinal iluminar os gêmeos que Dulce dera à luz há poucos dias. Levantando-se devagar, ele se aproximou do berço o suficiente para fitar os filhos, mas sem se expor aos raios solares.
- Já é hora de amamentá-los? - perguntou Dulce, sonolenta.
- Ainda não - disse Christopher em voz baixa.
Dulce também levantou e se juntou ao marido para fitar os filhos no berço.
- Estão ronronando! - Christopher sorriu, colocou o braço sobre o ombro de Dulce e a fez repousar a cabeça contra seu peito.
- É a herança de minha família.
- Meus filhos são lindos como a mãe.
- Mas daqui a pouco vão parar de ronronar e gritar de fome! - Dulce ergueu o rosto e fitou o marido, sorrindo.
- Dessa vez terão de esperar o pai saciar a fome de fazer amor com a mãe... - ele a beijou nos lábios com ternura. - Obrigado, querida.
- Obrigada? - Surpresa, ela cruzou os braços atrás da nuca do marido.
- Eu lhe agradeço por me dar estes filhos, e por dar a eles a graça de usufruírem a luz do sol.
- Os gatos amam o sol - murmurou Dulce.
- E eu a amo, pois você é o meu sol, a luz que ilumina minha vida e acalenta meu coração. Seu amor me tirou das sombras, sob as quais meus filhos jamais terão de se esconder.
- As sombras não são tão ruins, Christopher. Afinal, eu o encontrei nelas, não foi?
- Sim - disse ele, voltando a roçar seus lábios nos dela. - E para lhe mostrar o quanto sou grato por ter me encontrado, vou fazê-la ronronar também.
- Sou toda sua, meu amor! - Dulce colou seus lábios aos dele, e já começava a produzir aquele som na garganta que sempre o excitava.
Não deixa de ser divertido, pensou Christopher enquanto a tomava nos braços e carregava para o leito. Nunca pensei que fosse gostar tanto de gatos...

Fim

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Agradeço a todas as pessoas que acompanharam essa história bjs passem nas outras.

* Esposa Rebelde
*Adorável Condessa
*As Batidas Perdidas do Coração