capítulo 30

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Mas o pior era que agora ele exibia um brilho de desejo nos olhos que o tomava mais vivo que nunca, e ela reconheceu que também o desejava, mesmo preferindo que não fosse assim.
Christopher era um homem lindo, e ainda que houvesse descoberto a verdadeira natureza daquele lorde, seu corpo reagia automaticamente, impelindo-a a abraçá-lo e puxá-lo de encontro a si.
- Juro que jamais a machucarei - disse ele, afinal rompendo aquele momento em que ambos pareciam enfeitiçar um ao outro.
- E por que devo acreditar em tal juramento?
Christopher ainda a fitou por um breve instante, e então a beijou suavemente na testa, fazendo-a arrepiar-se ao contato daqueles lábios quentes e carnudos.
- Creio que já acredita no que lhe digo. Penso que já sabe que está segura a meu lado, e que tanto eu como Leonard ou Mora e Jack a protegeremos dos perigos deste castelo - ele então inclinou ainda mais o rosto e beijou seus lábios com delicadeza.
Porém Dulce não se rendeu à carícia. Christopher tornou a distanciar o rosto, e ela respirou fundo antes de falar.
- Talvez esteja a salvo com vocês, mas há outros no clã que não me querem aqui e poderão me ferir.
- Jamais permitirei que lhe façam mal!
- Ainda assim, não tem o direito de me manter prisioneira.
- Não pode ao menos conceder a graça e a gentileza de permanecer uma ou duas semanas com aqueles que lhe salvaram a vida?
- Não é justo usar minha gratidão como argumento para me obrigar a ficar neste castelo.
- Só peço mais alguns dias para me dar chance de provar que minhas intenções são genuínas, e que não corre perigo comigo a seu lado. Não lhe pedirei mais que uma semana.
- Uma semana?

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