Capítulo 2

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Londres; Lowden Avenue; Sábado; 1:37 da manhã;

- Wow, wow, gatinho. – Caroline disse embolando a boca, com um copo de bebida na mão. – Calma lá.

- Vamos entrar aqui, Caroline. – Austin disse tão afetado pelo álcool quanto a garota, segurando sua cintura e a pressionando contra a parede. Estavam no meio da festa de confraternização de um dos capitães do time de futebol da escola. A casa estava lotada, apesar de ser bem grande.

Não existia mais nenhum sóbrio no ambiente, e aqueles que não se beijavam como loucos ou utilizavam os quartos e banheiros pra outros fins, estavam vomitando pelos corredores.

- Não sei não, hein. – respondeu emaranhando seus dedos nos cabelos dele.

- Eu sei que você quer isso tanto quanto eu quero. – deu um sorriso tarado, apertando a sua coxa.

- E se eu quiser? – ela mordeu o lábio inferior, fazendo uma cara inocente. Isso o fez desejá-la ainda mais.

Austin juntou seus lábios rápida e intensamente, abrindo abruptamente a porta na qual estavam escorados e jogando a menina pra dentro. Caroline sorriu ao vê-lo fazer isso, já se preocupando em desabotoar a blusa azul xadrez que ele usava.

Ele puxava pra baixo a saia da garota, fazendo-a arrepiar e dar mordidas leves em seu lábio.

Minutos depois o quarto já estava inundado por gemidos e risadas baixas.

Londres; Oxford Street; Sábado; 10:30 da manhã;

- Ai, desculpa acordar só agora. – Maria Luiza disse chegando à sala com uma camisola curta de mangas compridas.

- Tudo bem, querida. – tio John disse dando um sorriso terno e se levantando. – A viagem deve ter sido cansativa.

- E foi.

- Vou a cozinha preparar algum lanche. Rod está no quarto de estudos. – dirigiu-se ao lado contrário a ela, enquanto ela decidia subir as escadas e bater a porta branca do quarto de estudos.

'Rod, estudando? Ah, essa é boa. ' Pensou.

Abriu-a (a porta) devagar, vendo o primo em frente ao computador e segurando um violão. Olhou-a ainda com os olhos um tanto arregalados. Mesma reação que teve no dia anterior.

Ela andou devagar e sentou-se em uma cadeira de balanço, na frente do garoto, que acompanhava seus movimentos como se estivesse vendo uma aparição.

- Tudo bem, Rod. O que foi? – arqueou uma sobrancelha.

- O que foi quando? – fez-se de desentendido, voltando a olhar o violão e a tocar algumas notas.

- Por que está me olhando assim?

- Assim como, Malu? – permaneceu concentrado em seus dedos nas cordas.

- Olha pra mim. – pediu, vendo o primo virar seu olhar devagar em sua direção. - O que eu tenho? Você está me olhando esquisito desde ontem. – colocou o cabelo pra trás da orelha. Podia ser ingênua, mas nunca fora boba.

- Nada. É só que... Você mudou. Muito. – permaneceu olhando pra ela fixamente. Depois chacoalhou a cabeça.

- Eu cresci, bobo. – riu leve. – Você também não é mais o mesmo pirralho.

- É. Eu fiquei gostoso. – balançou os ombros fazendo a garota rir. – Seu inglês é bom.

- Depois de dez anos em um curso, tinha que ser, não é? – sorriu. Rod sentiu novamente um tremor passar pelo seu corpo, vendo o jeito da garota. – Ai, droga. – olhou o computador. – Será que você pode me deixar mandar um recado pra alguém, rapidinho?

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