Capítulo 19 - Fingindo

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LEANDRO

Sair do quarto, nunca pareceu tão difícil. A dor, a vergonha, o medo, tudo ao mesmo tempo.

Meu corpo inteiro doí, me sinto sujo. Me arrasto até o banheiro e ao passar, vejo meu primo deitado em sua cama, ainda pelado, sorrindo.

_ E aí priminho. Você está conseguindo andar? Então, quer dizer que você realmente aguenta né? - diz Paulo.

Não respondo, apenas sigo para o banheiro. Assim que fecho a porta, eu me abaixo e choro.

Eu não devia ter vindo para essa casa. Eu não devia ter deixado à Porta do meu quarto aberta enquanto falava com minha amiga.

Meu primo não tem ideia, mas ele tirou a minha virgindade, ele me estuprou e está feliz com isso.

Abro o chuveiro e deixou a água cair, a cada gota de água eu sinto meu corpo doer mais. Eu quero ir embora, mas, contar o que aconteceu, vai me levar a assumir, e eu não quero que meus pais tenham vergonha de mim.

Tomo o meu banho e volto para o meu quarto, meu primo não está no dele e quando fecho a porta do meu, lá está ele.

Paulo, já está vestindo um short e uma camiseta e me olha.

_ Bom, priminho, seguinte, o que aconteceu aqui, não pode sair daqui. Você será meu todas as vezes que eu precisar e vai ficar calado sobre tudo isso. Porque se eu abrir a boca, vou contar como você tentou ficar comigo a força e eu posso ser bem convincente com minha mãe e meu pai.

Não tenho dúvidas disso, já vi como ele consegue ser dissimulado perto dos meus tios.

_ E se você me obedecer, eu fico calado, além de fazer sua vida na escola ser mais fácil. Já que, você sabe quem manda lá no pedaço sou eu.

_ E se eu abrir a boca? Podem fazer exame em mim e descobrir o que você fez! SEU MONSTRO!

Paulo me empurra e eu caio no chão, ele me chuta sem parar. Eu não consigo segurar e volto a chorar.

Ele se abaixa.

_ Se você abrir a boca, eu posso sim me ferrar, mas antes eu te mato. Além disso, já pensou se todo mundo souber que você gosta de dar o cu. Seus pais irão sofrer, não é seu pai que sempre disse que acha que os gays escolheram ser assim.

Paulo puxa a minha toalha.

_ Anda! Vira aí, quero outra dose antes dos meus pais chegarem e já deve estar quase na hora. E aí? Entendeu quem manda?

Me levanto e me deito virado na cama. E assim decido ficar quieto, não me importo no que vai acontecer comigo, eu não posso decepcionar meus pais.

Paulo se aproxima e sinto quando ele entra em mim. A dor volta a cada batida dele, e eu apenas choro em silêncio...

O Garoto do Carro (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora