Capítulo 37 - Hoje!

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Otávio

A mensagem dele chega, o plano está de fato se desenrolando.

Quando topei essa história não imaginava que ela de fato iria rolar, mas agora, não sei o que fazer.

Eu realmente gosto do Matheus, mas o dinheiro que combinei está me salvando. Se não fosse as merdas que fiz no ano passado.

Deitado olhando pro teto do quarto me chega outra mensagem.

"Tem que ser hoje. Eu preciso de imagens. Eu preciso ter essas fotos. Meu plano depende delas."

Olho para o relógio já está quase na hora da aula do Matheus acabar. Respiro fundo e decido
ir até o fim.

Me levanto, arrumo o meu quarto deixo tudo pronto. Até mesmo, a câmera que filmará tudo.

Saio do quarto, minha avó está de saída. Veio bem a calhar minha avó gostar de ir ao clube todos os dias de tarde.

Chego na porta da escola e espero, todos os alunos já saíram, mas o Matheus e aquele menino que anda com ele não.

"cadê você?"

Mando mensagem para o Matheus e logo a resposta chega. Ele está saindo agora.

Logo o vejo, ele vem com o olhar marcado por lágrimas. Meu coração dói, ainda mais sabendo o que vou fazer com ele.

_ O meu anjo, o que aconteceu?

_ O idiota do Paulo, cara, sério!

Quem responde é o amigo dele e ao mesmo tempo me olha. Acho que ele não gosta de mim.

_ Vamos lá pra casa, lá você me conta.

_ Olha, acho melhor ele ir lá pra casa. Eu moro aqui perto e ...

_ Não!

Precisa ser hoje! Enquanto ainda tenho coragem. Eu preciso que seja hoje.

_ Matheus, vem comigo, eu sou seu namorado, você vai sentir melhor comigo.

Uso o que posso, falar que sou o namorado dele, vai fazê-lo me escutar.

Me aproximo dele e seguro em suas mãos.

_ Vem...

_ Fabrício, obrigado pelo apoio, mas preciso do Otávio.

_ Tudo bem, cara. Eu sei disso, sei que você precisa do seu namorado. Mas, saiba que também estou aqui.

O Matheus dá um abraço nele e sai comigo. Vamos em silêncio e logo estamos na minha casa.

Entro com ele e vou para o meu quarto, ele entra e eu fecho a porta sem ele notar. De fato, ele não está nada bem.

_ O que aconteceu?

Pergunto me sentando ao seu lado na cama.

_ Uma treta por conta deu ser gay.

_ Como assim?

Aos poucos ele me conta o que rolou e meu coração aperta. Me levanto, vou desligar a câmera, parar isso. Não consigo.

_ Não, não levanta fica aqui comigo. Eu preciso de você.

Matheus me segura pela mão e eu me viro, ele se levanta e me beija. Aquele beijo pede proteção, pede cuidado e eu continuo o beijando.

Suas mãos levantam e começam a retirar a minha blusa, ele a retira e depois começa a descer suas mãos até a minha calça.

Deixo que ele abra o cinto e a minha calça desce, suas mãos vão até a minha cueca e ele me aperta, gemendo em meu ouvido.

_ Eu quero, eu quero me sentir vivo, eu quero que seja com você.

Eu não posso, não posso engana-lo. Mas ele já está tão triste, se eu parar, eu eu fazer algo que ele note vai ser pior.

_ Ok.

Tiro a sua blusa e desço a sua calça. Ele se deita e eu deito por cima dele.

O beijo sem parar, suas mãos retiram a minha cueca e eu faço o mesmo com ele.

_ Tem certeza Matheus?

_ Sim. Eu tenho!

Olho para onde a câmera estar mas apenas continuo...

O Garoto do Carro (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora