LEANDRO
Chego na casa dos meus tios, de fato morar numa cidade pequena tem suas vantagens, não demoro muito a chegar em casa, mesmo que a mansão fique do outro lado da cidade. Sempre tive costume em ir e voltar andando da escola, e aqui não seria diferente. Mesmo sabendo que meu primo, quase nunca voltava a pé, ele sempre pegava carona com um amigo que morava perto dele.
A moça que trabalha para meus tios já está com o almoço pronto, e eu aproveito para almoçar. Minha tia não está, já saiu para o compromisso dela, ou seja, compras ou spar. Adoro a minha tia, mas ela ser tão fútil, às vezes me espanta.
Almoço em silêncio e subo para o quarto. Deixo minha mochila no canto e acabo deitando.
Muitas coisas passam na minha cabeça, sobre aquele primeiro dia de aula. Quem é aquele garoto que ficou me encarando, porque me senti tão diferente perto dele. Questões que eu sei que a Tha pode me ajudar. Contudo, sei que aquela preguiçosa, chega da escola e dorme.
Ainda de uniforme, me deito e não vejo mais nada.
Acordo com meu telefone tocando, claro, o toque já deixa claro quem é, é a minha melhor amiga, ela deve está curiosa para saber sobre o meu primeiro dia, e eu quero saber do dela.
"Oi Tha como tão as coisas aí?"
"Aí migo, aqui está tudo horrível, sério, a turma continua a mesma. Uma bosta!! E sem você aqui, meu divo, foi pior."
Sim, a Tha adora um drama.
"Calma miga, sem drama, também sinto a sua falta."
"Eu sei, e espero que sinta todos os dias, você me deixou sozinha aqui. Seu idiota."
"Não foi minha culpa, e se você continuar me xingando, não te conto o que me aconteceu."
"Bixaaaa, conta logo, você sabe que te amo né? Então anda, conta. Conheceu alguém? Fala, finalmente você transou?"
Sério, a Tha exagera às vezes.
"Tá doida? Foi uma manhã de aula, como você acha que eu transei?"
"Uai, vai que foi levado pro banheiro e deu em cima da pia kkkkk."
Aí a Tha.
"Você é maluca!! A vida não é igual a 50 tons de cinza, não, tá!"
"Ah sei, e você nem queria um Grey"
"Isso não vem ao caso, sua vaca. Mas então, contando, eu conheci um garoto, mas calma, nada aconteceu. A gente só se olhou, ele me encarou."
"Como assim??? Você não sabe nem o nome? Fala, desembucha migo."
"Ah Tha, foi muito estranho, sério, a gente ficou se olhando muito tempo. Foi muito estranho, muito mesmo. E sei lá, mal lembro o nome dele, mas aqueles olhos. Nossa... eu..."
_ Ah! Eu sabia, eu sempre soube. Meu priminho é viado!
Olho para meu primo ali parado na porta, apenas de cueca e com um olhar diabólico. Retiro o celular do ouvido e o desligo. Ele estava dormindo, ele não devia estar aqui.
_ Paulo, você tá aí?
Ele sorrir, e eu não sei o que fazer, ele ouviu tudo, logo a parte que digo "ele" meu primo sempre desconfiou e sempre me encheu por conta disso, mas agora ele ouviu.
_ Não, não estou aqui. Estou dormindo e quem está aqui é um fantasma. - responde Paulo.
Não consigo me mover, ele sorrir e eu não consigo responder.
_ Então, alguém conquistou meu priminho né? Aliás, meu priminho gosta de macho é? - diz Paulo.
Paulo entra no quarto e fecha a porta, estou com medo, estou com pavor, o que ele quer.
_ Paulo, abre essa porta, o que você quer?
_ Ah, eu só quero dar para meu priminho o que ele gosta.
Não gosta daquela frase, não, né possível que vai me machucar. Meu primo pode não prestar, mas não teria essa coragem.
O olho e e percebo que realmente não o conheço. Paulo pega em seu pinto sobre a cueca e o segura. Não consigo me mexer.
Paulo puxa a cueca pro chão e fica nu na minha frente.
_ Priminho, eu vou te dar aquilo que você quer, só isso.
_ Não, eu não quero isso!! Veste essa cueca e abre essa porta! Sério!
Paulo sorrir e se aproxima de mim, eu o empurro, mas ele não se mexe. Meu primo me segura e me joga na minha cama.
_ Paulo, por favor...
_ Cala a boca! Você é VIADO! Você nasceu pra isso. Você vai fazer o que eu quero, por bem ou a força! Você escolhe.
Me levanto, e ele me segura pelo braço e me joga novamente na cama, bato o braço na cômoda que fica ao lado da cama. A dor é forte.
Paulo aproveita que estou segurando o braço, me vira e me prende. Eu preciso sair dali, uma luta com ele, é fato que irei perder.
Paulo sorrir, e puxa a minha calça. A calça sai fácil junto com a cueca. Se ainda fosse um jeans, mas não, é daquelas de colégio.
Tento me soltar, mas não consigo. Meu primo sempre lutou, e de fato, ele aprendeu a imobilizar alguém.
_ Eu vou gritar, Paulo. Me solta!
_ Vai gritar? Não tem ninguém em casa. E mesmo se tivesse, antes de você gritar eu te deixo inconsciente.
_ ME SOLTA!!
Eu grito e levo um murro nas costas. A dor vem na hora e eu fico sem reação. Paulo sorrir e se coloca atrás de mim.
_ Relaxa, é disso que você gosta.
Meu primo soca em mim sem dó e eu tento o empurrar, mas a dor no meu braço e na minha coluna, não me deixam ter a força que eu precisaria. Paulo entra em mim e eu choro, choro sem parar. A dor é imensa e ele apenas rir.
_ Agora você é a minha puta.
Meu primo continua socando e eu apago.
Acordo, meu corpo todo doí. Estou com a calça abaixada e alguém sai rindo do quarto.
_ Que bom que acordou, vai se limpar, você está todo melado, e não é que o exercício curou a minha ressaca. HAHAHA.
Paulo sai rindo e eu me sinto um lixo...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Garoto do Carro (Romance Gay)
Teen FictionEm um olhar eu encontrei o amor, em apenas uma troca de olhares eu achei quem eu esperava. Mas, quem é você?