Capítulo 15 - Priminho

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Paulo

Putz que dor de cabeça, pelo menos valeu cada momento. Como transei, a vaca da Amanda serviu para eu tirar o atraso. Ela é louca comigo, mas não rola de namorar com ela.

Amanda é ex- aluna do São Marcos, ninguém sabe como ela se formou, eu desconfio que foi o pai dela. São ricos. Não é atoa que ela está parada ainda, porque inteligência ela não tem, o que ela tem é um corpão, além de ser fácil.

Levanto e ao olhar para o relógio, percebo que são 16:20 horas da tarde. A escola já era, sei que meu pai vai falar até quando chegar em casa. Graças a minha mãe, ele parou de falar quando cheguei de madrugada.

Não dá, sério, meu pai precisa entender. Primeiro dia de aula o que ele acha que vai ter? Apresentações apenas, e disso, o Zeca me atualiza.

Me arrasto da cama, pela hora, minha mãe já está no spar que ela vai regularmente. Meu pai está na empresa, e bom, pela hora, a empregada está largando o serviço.

Me olho no espelho, mesmo de ressaca, ainda estou em forma, e que forma, a noite foi uma loucura. Realmente precisava transar como transei. E mesmo assim, é me olhar e notar que estou excitado.

Aiai, por que a minha namorada, tem essa mania de esperar? Seria tão mais simples se ele quisesse também.

Abro a porta do guarda roupa e pego uma toalha, um banho frio, é isso que eu preciso. Depois, comer. E me preparar pra aguentar meu pai quando ele voltar.

Saio do quarto apenas de cueca box, pela hora como eu tenho noção, não tem ninguém no corredor de cima.

Andando no corredor que leva para o banheiro, ouço uma conversa baixa vindo do outro lado, e resolvo ver quem é.

Chego devagar e vejo meu primo conversando com alguém.

"Ah Tha, foi muito estranho, sério, a gente ficou se olhando muito tempo. Foi muito estranho, muito mesmo. E sei lá, mal lembro o nome dele, mas aqueles olhos. Nossa... eu..."

_ Ah! Eu sabia, eu sempre soube. Meu priminho é viado!

Leandro olha e me ver parado na porta, ele abaixa o celular e fica me olhando. Ele está vermelho, acho que ele não esperava de ninguém o ouvir falando com alguém.

_ Paulo, você tá aí?

Dou um sorriso irônico.

_ Não, não estou aqui. Estou dormindo e quem está aqui é um fantasma.

Meu primo não se mexe, e eu me divirto com isso.

_ Então, alguém conquistou meu priminho né? Aliás, meu priminho gosta de macho é?

Ele está encostado na janela e eu entro no quarto dele e fecho a porta.

_ Paulo, abre essa porta, o que você quer?

_ Ah, eu só quero dar para meu priminho o que ele gosta.

Pego meu pau sobre a cueca e seguro em minhas mãos. Eu vou me divertir com meu priminho. Agora eu já sei, onde vou matar toda a minha necessidade...

O Garoto do Carro (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora