O Garoto do Carro (Romance Gay)

Capítulo 22 - A Social - Parte 1

Fabrício

Convencer o Matheus foi um custo, mas não podia deixar de ir, quem sabe o que pode acontecer nessa social.

Sei que meu amigo anda meio pra baixo por conta do Leandro, ele acha que me engana, mas está na cara que ele gosta do novo aluno. Mas, pelo o que tudo indica Leandro é hétero.

Finalmente estou pronto, ter feito esses meses de academia realmente me ajudou. Escolho a blusa preta que deixa meu corpo mais demarcando, um jeans escuro.

O Matheus também está pronto, e basicamente somos irmãos, ele também está com uma blusa escuta e um jeans, só que mais claro. A diferença entre nós, é a blusa que ele tem na cintura.

_ Ou não vai fazer frio, sério.

_ E se fizer Fabrício. E aí?

_ Ah deixa isso aí, sério.

Matheus acaba concordando e descemos, a casa da Jamily fica num bairro atrás da escola, num condomínio fechado. Decidimos ir a pé, pois, meus pais iriam para um evento e a casa de Jamily não é tão longe.

A caminhada demora uns 15 minutos e logo já ouvimos a música da casa da Jamily. Realmente é uma mansão, e alguns carros estão parados.

Entramos e a imagem é típica daquelas de festas de adolescente dos filmes da televisão, gente dançando, alguns já sentados conversando.

_ Nossa, realmente todo mundo do ensino médio veio.

_ Sim, e eu já quero ir embora. Você sabe que não curto essas coisas.

_ Calma, você me prometeu pelo menos uma hora de festa.

_ Tudo bem, Fabrício.

Começamos a andar e uma garota do segundo ano, começa a me encarar, ela não é a Jamily, mas, a vontade começa a ficar forte.

A menina se aproxima de mim e do Matheus, ela vem com uma amiga, super gata.

_ Oi meninos, meu nome é Cristina e essa aqui é a Alana e bem, estamos afim de dançar, vocês não animam de dançarem não?

Putz, duas gatas, e eu sem ficar com ninguém há um bom tempo. Olho para Matheus, sei que ele não vai aceitar.

_ Então, vamos sim.

Digo correndo, e a Cristina já me dá sua mão. Alana puxa o Matheus e vamos para um canto perto da piscina onde tem uma pequena boate.

Ao som do funk a Cristina começa a me puxar e dançar coladinho.

A música alta, a dança, e quando percebo, estou a beijando. O beijo é bom, aquela menina é decidida e isso é algo que eu adoro.

Paramos de nos beijar e olho ao meu lado, a Alana começa a se aproximar mais e mais do Matheus e ele apenas dança sem se aproximar. E em uma das vezes que ele se afasta, a Alana beija o seu rosto.

O vejo sair do nada e Alana fica parada, o rosto de decepção é notável.

_ Qual o problema do seu amigo, ele é viado igual alguns meninos comentam? - diz Cristina.

Eu ouço o que ela disse e não acredito nas palavras dela. Me aproximo mais dela.

_ Como assim? Quem disse isso?

_ Então, eu ouvi por aí, e deve ser verdade. Porque o que fez com a Alana. Ela está...

Me viro pra ir atrás do Matheus, eu pedi pra ele vim e agora isso.