Capitulo 36

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Meu pai está olhando de mim para Thomas, parecendo esperar por alguma explicação. Não pretendo dar nenhuma.

- Oi pai. - eu digo seca. Ele não responde.

- Ah, oi Sr. Não o vi chegar - Thomas diz ainda parecendo meio desconsertado.

- Sei que não. Com o que vocês estavam fazendo, era quase impossível de perceber - ele diz com uma fúria contida. E Thomas fica sem graça pelo tom dele. - Como é o seu nome rapaz?

- Thomas, senhor - Thomas diz sério e eu sufoco um riso. Meu pai me olha, fuzilando por sinal.

- É do time de futebol da escola? - ele pergunta e Thomas assente positivamente com a cabeça. - Entendo. - ele para, mas depois continua. - Você não me contou que estava namorando Penélope. - O que?

- E não estou - eu digo rapidamente, e a cara feia do meu pai aumenta.

- Não está namorando esse garoto? - ele pergunta com um tom de irritação na voz. Eu respondo balançando a cabeça negativamente. - E fica desse jeito... em frente de casa? - nós dois não respondemos - Espero não ver isso outra vez, Penélope.

Ele diz entrando e batendo a porta, fazendo eu dar um pulo de susto.

- Acho que ele não gstou de mim. - Thomas comenta - Espero não ter dado nenhum problema para você com o seu pai.

- Ele só está marcando território. Quer fazer o papel de pai, já que não esteve aqui nos últimos meses. - eu digo dando de ombros - E não, eu não ligo para o que ele pensa.

- Se bem que valeu a pena. - ele fala e meu rosto esquenta, ele solta uma risada ao perceber minha reação.

- Bom, se pelo menos tivessemos tido uma conversa...

- Me esqueci completamente da conversa. - ele diz rindo - Pra você não teve efeito nenhum o que acabou de acontecer aqui? - eu não respondo apenas o olho sem reação - É claro que não estou falando da conversa, só pra esclarecer.

- Você sempre faz esse tipo de pergunta?

- Porque você nunca admite que gostou? - ele pergunta e procura manter o tom casual de sempre, como se nada o afetasse. - Sabe... ninguém se beija sozinho.

- Você é um... - eu paro na hora. E ele levanta a sobrancelha e coloca uma mão em um dos ouvidos, esperando pela resposta de sempre. - Eu não vou te responder, só porque está pedindo... E eu já vou entrar.

- Está me mandando embora? - ele pergunta cruzando os braços, com o intuito de parecer maior.

- Sim, estou - eu digo decidida já abrindo a porta. - Vai ficar aí?

- Não, já vou indo - ele fala e dá uma piscada junto com um beijinho no ar - Até mais, doce.

Entro bufando dentro de casa. Ele adora me provocar e me deixar irritada. Quando estou perto do sofá meu pai se remexe todo.

- Fala pai - eu já adianto, para acabar com o suspense.

- Cuidado com esses garotos Penélope. Você sabe que...

- Pai, sou jovem. Não é só porque estou beijando um garoto, que quer dizer que estou namorando.

- Isso não justifica. Até porque não quero que os vizinhos vejam essa cena - ele suspira - Meu Deus Penélope, eu não sabia quem era quem naquela esfregação.

- Que esfregação? - Minha mãe surge de algum lugar da casa, como se fosse... - Fala...

- Sua filha - meu pai aponta e começa a soltar esperando que minha mãe faça um escandalo, assim como ele. - Beijando o garoto, não vou dizer que era de uma maneira descente. Estavam quase se engolindo.

Amor EsnobeOnde histórias criam vida. Descubra agora