Capítulo 9

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Fizemos respiração boca boca nele, mas ele não acordava. Fomos direto pro carro procurar o hospital mais perto.
Entregamos o Juliano pela entrada de emergência e sentamos na sala de espera.
Eu e Henrique não paravamos de chorar.
Henrique sentou no chão com as mãos sobre o rosto chorando de desespero.
Meu coração doía.

Marília: Vem cá! - sentei do lado dele no chão e o abracei. - me desculpe e tudo culpa minha, eu que o levantei pra dançar.
Henrique: Não fala isso! Ninguém teve culpa. Só quero meu irmão. - ele deitou a cabeça no meu colo e me abraçou forte.

Foi minha morte interna essa noite.
Não tivemos noticia por mais de 2hs. Eu estava cada vez mais desesperada e não parava de chorar que soluçava. As gêmeas chegaram de pressa. E ninguém estava acreditando que estavamos passando por isso.
O medico chegou por volta de 7hs da manhã informando que a situação de Juliano era delicada, que ele tinha batido fortíssimo a cabeça, que muito dos seus órgãos não estava respondendo. E estava no aparelho e soro, certamente estava entrando em estado de coma.

Eu perdi meu mundo, não sabia mas o que falar e fazer. Ele estava em observação e tínhamos que esperar, sendo a unica coisa a nosso alcance. Ficamos todos no hospital o dia todo.
Henrique deitava no chão de desespero, meu bixinho estava tão aguniado. Eu só o consolava. As meninas ficaram o tempo todo conosco. Eu e Maiara sempre fomos grudadas e ela ficava atrás de mim o tempo todo. Maraisa me dava super força.
Já era quase 18hs e nada de respostas, e ninguém nem podia ve-lo. E as horas passavam e só doía mais.
Os pais de Henrique chegaram e ficaram aprenciso, alem de Juliano esta naquele estado. Henrique não comeu, não dormiu des da madrugada passada. Eu e ele não íamos sair dali ate Juliano acordar. Mas, a mãe de Henrique levou ele pra casa, pra descansar e comer. Eu fiquei lá com as meninas. Nada ia me tirar dali. Maiara, resolveu ligar pra Cibely pra ver se ela conseguia me levar pra casa descansar um pouco. Quase que uma tentativa furada.

Quando Cibely chegou eu estava abraçada com Maiara e Maraisa deitada sobre o meu colo.
Eu estava sentada e ela agachou e olhou pra mim. .

Cibely: Vem cá neném! - falou ela me tirando dos braços das meninas e sentando ao chão e me colocando em seu colo. A abracei, e voltei a chorar. Ela me consolava dizendo pra eu parar de ter culpa. E disse que ia me levar pra casa, a força se eu não quisesse ir por bem.
Ela me conhecia perfeitamente, e sabia me conduzir. Fui pra casa com ela, as meninas também foram. Os familiares dos meninos ficaram lá pra passar a noite, e nos voltariamos logo de manhã.

Fui tomar banho enquanto ela preparava comida pra gente. Jantamos, e fomos no deitar.
Sem dizer muita coisa, deitei sobre ela, podia senti seu coração bater, sabia que ela estaria ali, sempre sendo meu porto seguro, fui me acalmando um pouco e ja me sentindo melhor. Enquanto ela me fazia cafuné eu adormeci.

MARILIA E MARAISA - New RulesOnde histórias criam vida. Descubra agora