Audrey e John conversam

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Audrey

Foi uma verdadeira confusão o preparativo para retornarmos pra casa. Tia Erin corria de um lado a outro organizando as coisas, meu pai e tio Zack pareciam mais relaxados e minha mãe estava meio alheia a tudo, como sempre! Ela nunca foi um grande exemplo de organização.

Eu terminava de arrumar a mala do meu pai quando ele adentrou o quarto.

- Oi, minha filha.

- Bom dia, papai! - ele sentou-se na cama e me encarou. - Animado pra voltar pra casa?

- Adoraria descansar mais uma semana! - Ele sorriu. - Tenho pilhas de processo pra avaliar.

- Você é um ótimo, promotor, pai! Vai mesmo fazer o concurso pra juiz?

- Vou sim! Sua mãe acha sexy. - ele sorriu maroto. - E você, minha menina?

- O que tem eu, pai?

- É sobre... Essa sua história com o Caleb.

- Que história? - fiquei pálida.

- Você sabe, Audrey! Eu sempre evitei falar nesse assunto, ou dar ênfase a isso, porque você era uma criança e eu achei que esse fascínio ia passar...

- Não é fascínio, pai!

- Claro que é! Ele é um rapaz bonito, mais velho. Qualquer menina se sentiria atraída.

- Eu não me sinto atraída, pai. Eu o amo! E eu não sou mais uma menina.

- Audrey, não pode! -meu pai ficou pálido- Ele é seu primo!

- Pai, nós não somos parentes consanguineos e mesmo que fossemos. O que nos impede de amar um ao outro?

- O que me preocupa é isso, Audrey. E se ele não sentir o mesmo?

- Achei vocês! - Mamãe entrou no quarto sorridente, mas logo deixou o sorriso. - O que foi?

- Achou o papai ou eu? - Meu pai estava ficando vermelho como se fosse sufocar.

- Vocês dois... John? Porque está bravo? - Mamãe se aproximou de nós.

- Não estou bravo! - Meu pai respondeu rápido.

- Audrey? O que está acontecendo?

- Sua filha acha que o Caleb é o grande amor da vida dela. E pior, acha que é o amor da vida dele. O maior galinha de Nova York.

- Jonathan! Você está falando do meu sobrinho... E ele não é galinha, ele só é jovem... Que descobriu o sexo muito cedo. - Mamãe se sentou ao seu lado e me puxou pra sentar em seu colo. - Meu anjo, não se iluda tanso e não se prenda a uma pessoa. Abra seu coração para um outro garoto, viva a vida. Se Caleb for pra ser seu, vai ser. Mas não faça isso consumir você. Tem muita coisa pra viver.

- Ah, pelo amor de Deus! - Me levantei frustrada. - Acho que eu sei o que é melhor pra mim.

- Se existe alguém que não sabe o que é melhor pra você, é você mesma!

- Audrey... Escute seus pais. - Mamãe falou doce. - Lembre-se que as escolhas errados ou precipitadas nunca dão certo.

- Falou a minha mãe que casou com o meu pai na semana em que começaram a namorar e estão juntos há doze anos.

Jasmine tapou a boca pra não rir, falhou imediatamente, fazendo papai bufar.

- Eu não quero ver a nossa família dividida se o Caleb te machucar, Aldy!

-Não vai acontecer, pai! Eu prometo ser caurelosa, ta bom?- disse olhando meus pais.

- John... O coração é dela. Nós fizemos o nosso melhor, agora é apenas apoiar e estar ao lado dela se precisar. A vida é feita de tropeços.

- Você é o grande amor da minha vida, pai! Só você. -o abracei

- Sabe que eu vou matar o Caleb se ele te ferir, ne?

- Relaxa que se for o caso eu nocauteio ele- Meu pai tinha me ensinado alguns golpes de defesa pessoal.

- Eu te amo, princesa!- Ele beijou meus cabelos.

- Vamos descer as malas, todos estão esperando por nós.

- Vamos para casa- meu pai sorriu

- Sim! Vamos voltar a realidade

- Já vivemos a realidade, meu anjo! - Mamãe me abraçou. - Acabou as férias.

- Sim! Mas, isso aqui é um paraíso. Parece que estamos fora do mundo.

Mamãe riu e olhou para o papai piscando para ele, aqueles dois viviam conversando pelo modo que se olhavam, era até engraçado.

- Por que essas caras de arteiros?- indaguei e Matthew adentrou o quarto correndo

- Pai, eu to com fome! - a gente nunca pedia comida a minha mãe por razões óbvias

- Jess, vai fritar uns ovos pro seu filho.

- Pai, a mamãe não! - Matthew negou choroso.

Jess soltou um gemido de tristeza,tapou o rosto e fingiu que chorava.

- Vocês me odeiam por eu nao saber cozinhar!

- Não, mãe! - Matthew a abraçou beijando seu rosto- A gente só odeia a sua comida.

Ela soltou outro gemido de desgosto e olhou para Mathew, sorriu amável.

- Nem mesmo do bolo de caixinha?

- A gente gosta do bolo, mãe! E do pão. - ele afirmou.

- E do café! - Ressaltei.

- E da sopa de verduras! - Meu pai complementou.

- Viu, mãe! Já é alguma coisa. - Eu sorri.

- Graças a Deus! Eu já estava me sentindo uma patricinha!

- Mãe, você é uma patricinha!

- Igualzinha a você, Aldy! - Math ressaltou.

- Olha as provocações! - Mamãe puxou a orelha de Meth devagar. - Vamos descer e atacar o que sobrou na geladeira e deixar o velho will sem nada para comer.

- Vou dar um beijo no vovô antes de irmos.

TODO MEU (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora