Caleb chega a tempo

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Caleb

Se uma pessoa podia cometer várias infrações, essa pessoa sou eu, Alexia praticamente grudou no banco enquanto dirigia. Me dando as coordenadas de onde estava indo o sinal do celular, já tinha nossão para onde ele a estava levando, para sua casa.

Alexia pedia para eu ir mais devagar, mas o tempo não era o nosso amigo.

- Ali... - Ela apontou para a casa do Ricard, vi o carro dele parado.

Parei logo atrás e desci do carro correndo, parei diante da porta, pronto para bater quando ouvi um back no chão e ele a chamar de "vadia", tentei abrir a porta e ela estava trancada, bati com o corpo e não consegui abrir, desesperado, vi a janela de vidro, apanhei a cadeira de balanço e não pensei duas vezes, arremessando contra ela e entrei, tive tempo de pegar Richard com as calças arriadas.

Parti pra cima dele, praticamente nos socando ao lado de Audrey que estava desacordada, meu ódio foi tamanho que o acertei nas costelas, ele perdeu as forças e não dei mais chance para ele, o soquei até ficar desacordado.

Ofegante me arrastei cheguando perto de Audrey, verifiquei sua pulsação, ela estava apenas desacordada, Me levantei exausto, a peguei no colo e abri a porta.

Alexia estava parada na porta, assustada.

- Abra a porta do carro. por favor! - Estava muito cansado, apavorado, sentia o sangue escorrer do meu super silio, as juntas dos meus dedos doiam horrores.

- Tá... - Alexia correu para o meu carro e abriu a porta de trás.

- Sentesse, quero que segurei a cabeça dela, ele a enforcou, preciso que ela tenha passagem de ar.

Alexia se sentou, eu a estiquei no banco, deixando a cabeça de Audrey em seu colo, mostrei como ela deveria segurar, mantendo imobilizado.

- Vamos leva-la para o hospital, quero um exame completo.

Entrei no carro, Richard estava na porta da casa, nariz provavelmente quebrado, sangrava, saí de lá devagar, encarando-o.

- O que vamos fazer? Ela ta fria?

- Hospital. - Foi o que respondi voltando a dirigir como louco.

Parei na porta do hospital, desci correndo e peguei uma maca, dois enfermeiros vieram me ajudar, a tiramos do carro e a colocamos na maca e corremos com ela para dentro do hospital.

- Os batimentos cardíacos estão caindo! - O enfermeiro que a atendeu afirmou e começou a lhe aplicar uma massagem cardíaca e apesar do meu conhecimento do assunto, me senti impotente.

- Volta, Aldy! - Alexia fazia uma prece.

Resolvi reagir do choque, mesmo sentindo dor nas costelas, tendo o nariz sangrando, coloquei as luvas, e tomei as redeas do atendimento.

Logo ela estava no quarto recebendo oxigenio, colar servical e com um leve coma, logo ela iria acordar e reagir.

Agora era hora de ligar para o tio John, sabia que iria levar uma bronca, iria ouvir que era minha culpa, mas eu fiz o certo, eu a tirei das mãos de um louco, salvei a sua vida.

- Boa noite! - Disse assim que tio John atendeu ao telefone.

- Caleb! - ele reconheceu minha voz de imediato. - Algum problema na festa?

- Sim... sou eu... - Puxei o ar com força, olhei para Audrey na cama. - Estou no hospital Sant Luiz onde trabalho, Audrey bebeu muito e está recebendo atendimento...

- VOCÊ DEIXOU ELA BEBER?- ele gritou. - Caleb, o que aconteceu?

- Venha para cá... conversamos pessoalmente. Quarto 306, terceiro andar. - Desliguei e olhei para Alexia e para Audrey. - Feito! Vou pegar um café e já volto.

TODO MEU (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora