John tenta levar Audrey embora

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Caleb

Estava num sono tão gostoso, praticamente jogado sobre Audrey, eu as vezes a esmagava com o meu corpo. Eu sonhava com batidas tão fortes na porta que acabei acordando, para minha surpresa não era mentira, era verdade.

Saí de cima de Audrey quase caindo da cama.

- Audrey, acho que o prédio está pegando fogo.

Corri para a porta e a abri, Audrey vinha correndo vestindo o hobby.

- Tio? - Estranhei em vê-lo tão sério.

- Bom dia, Caleb! -meu tio praticamente invadiu o apartamento. - Audrey, faça as malas agora. Você volta comigo pra casa

- Como? - Eu o encarei. - Calma aí! dá pra explicar o que está acontecendo?

Meu tio me estendeu o seu celular com um vídeo já aberto e Audrey se pôs ao meu lado, praticamente atrás de mim.

Dava pra reconhecer dela no vídeo apenas os inconfundíveis cabelos vermelhos, mas o meu rosto era bem nítido, o modo como eu mordia o lábio inferior e fechava os olhos, enquanto ela de joelhos me chupava.

- Vocês não tem nenhum juízo para viverem juntos. Então, eu estou levando a minha filha comigo.

- Pai, por favor...

- Calada, Audrey! O único som que eu quero ouvir de você é das rodinhas da sua mala correndo pelo chão.

- Calma aí!... Audrey não vai a lugar nenhum se ela não quiser... - Apontei para o celular. - Até parece que nunca fez nada parecido com isso.

- O que está em questão aqui não é a minha atitude, mas a de vocês. Bem, Caleb se quer saber, eu nunca transei com a mulher que eu juro amar em um bequinho de qualquer esquina. Você não teve respeito pela minha filha.

- Opa! Eu tive muito respeito... eu namoro com a sua filha, ela mora comigo, vivemos como casados aqui... só não oficializamos porque espero pelo momento certo... eu e muito menos Audrey não estamos com a vida ganha. Isso aqui tudo não é meu, são dos meus pais e eu quero dar um lar para a minha família quando eu puder eu mesmo pagar pela nossa moradia. - Disse o encarando. - Audrey, você decide o que quer fazer, eu vou aceitar aquilo que achar melhor para você.

-. Ah então, agora é assim! Pois eu quero ver só como vocês vão se virar agora, sem o dinheiro que eu mando toda semana. Por que eu não financio mais vocês brincando de casamento

- Não precisamos do seu dinheiro, tio John. - Levei as mãos a cintura. - Audrey trabalha, eu trabalho e se eu precisar, tenho pais compreensíveis que podem nos ajudar. Agora não sei por que está sendo tão radical. Nós não fizemos sexo na frente de pessoas, procuramos um local, estávamos bêbados, coisa de jovem.

- Poxa, pai! A gente se ama e é por isso que estamos juntos. Não é uma brincadeira pra nenhum de nós. Tudo bem, nós escolhemos um lugar totalmente inadequado pra fazermos amor, mas... foi só pelo nosso desejo de ficar juntos.

- O desejo de vocês não poderia esperar chegar em casa?

- Você sabe que algumas coisas as vezes não esperam, pai

- Esse video podia ser mas comprometedor se não tivesse trazido Audrey para cá.

Tio John passou a mão pelos cabelos e tomou o celular da minha mão.

- Audrey, eu sou um promotor de justiça e tenho uma imagem a zelar. Então, da próxima vez que cogitar em fazer algo do tipo. Pense que você pode estar expondo mais do que você mesma ao ridículo. - Meu tio voltou as costas pra nós e tomou a direção da porta. - Fiquem bem!

- Obrigado! - Acenei para ele indo até a porta e a fechei, olhei para Audrey e comecei a rir. - Tu mandou bem no video, gostei!

- Para, Caleb! - Ela estava abalada e parecia querer chorar a qualquer momento. - Meu pai está decepcionado comigo. - Audrey sentou no sofá e escondeu o rosto entre as mãos.

- Então vai voltar para casa? só por causa deste video... de boa, Audrey, nem dá pra saber que é você... eu sim estou bem exposto neste video... Você dizer que eu te traí.... que estava bêbado demais e confundi de namorada. - Comecei a rir mordiscando o canto do dedo. - Essa seria uma ótima desculpa.

Audrey revirou os olhos e sorriu tímida.

- Detesto magoar o meu pai.

- Quer ficar um tempo com ele? - Suspirei forte e descansei o queixo nas mãos. - vou sentir sua falta, mas se for pra ficar de bem...

- Se quisesse sair daqui, teria ido com ele, Amor! Ta tudo bem. Essa raiva dele vai passar, e espero que ele não corte mesmo a ajuda que sempre nos dá

- Do jeito que fala, nem parece que sou um Heigths... - Torci a boca passando o braço pelo seus ombros e a puxei pra mim, beijei seus cabelos demoradamente. - Foda-se o dinheiro do seu pai. Eu posso sustentar você. Eu tenho como, não se preocupe.

Audrey me abraçou fragilizada e beijou meu rosto.

- Eu vou deitar um pouco, ta? - Seus olhos estavam grandes e marejados.

- Vai lá... Vou para a academia, dentro de uma hora estarei de volta. - A beijei e deixei ir para o quarto, fiquei sentado pensando na merda que fizemos, no hospital eu teria que aguentar as piadas, comentários de mal gosto.





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