Erin tem uma conversa franca com Caleb

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Caleb

Assim que entrei em casa praticamente carregado pelo meu pai e por Hubald, Julia e Amélia vieram correndo para me abraçar.

- Calma! Ele está doente. - Explicou papai afastando as meninas. - Vamos levar ele para o quarto e deixa-lo descansar.

- Mãe! - Vi a preocupação em seu rosto quando ela desceu a escada correndo.

- Meu menino! - Ela tocou meu rosto. - Está muito machucado.

- Estou bem... é só o corpo que está dolorido.

- Ele está com febre e já chamei o Dr. Lawrence para vir vê-lo.

- Vamos cuidar de você. - Mamãe sorriu amável.

Papai me levou para o quarto, me deitei praticamente gemendo de dor, minhas costelas estava me matando, mamãe levantou a minha camisa depois que meu pai contou a ela que estava com as costelas fraturadas.

- Elas não estão fraturadas, a dor seria mais intensa, provavelmente estão trincadas, nada sério, é só repouso e anaçgésicos.

- Podia ter se matado. - Papai estava com as mãos na cintura, bravo.

- Não brigue com ele por fazer o que é certo. Mas, você devia tar sido mais cuidadoso. Ter chamado a Polícia, não sei! Não estaria tão ferido.

- Estou bem, mãe, eu só quero descansar, dormir. - Pedi em suplica.

- Não antes do médico chegar.

Papai saiu do quarto e deixou eu e mamãe sozinhos, ela me olhava com ternura e um pouco apavorada, puxei o ar com força e a encarei.

- Pode dizer, podedar bronca. - Torci a boca, as meninas que estavam na porta do quarto, ao ouvir a palavra bronca, todas correram.

- Não vou dar nenhuma bronca.

- Só pede para elas não dizer para Audrey qe estou aqui.

- Não entendo porque está fugindo dela.

- Preciso de um tempo, estou confuso e me sentindo muito mal. - A encarei suspirando. - Droga! Eu mesmo sabendo que não Fui o culpado, me sinto exatamente assim.

- Ah, Caleb! De onde vem essa insegurança, meu filho? Vocês se amam, isso não devia bastar?

- Isso realmente era o certo. Mas... Audrey ainda é insegura, explosiva, faz tempestades desnecessária. O achismo é o ponto alto, ela acha e põe na cabeça que é aquilo. - Escorreguei na cama até me deitar, olhei pra mamãe. - Ela precisa crescer... Pode ser mulher, mas aínda tem o calor da adolescência... Eu também preciso saber o que quero, se quero é o que quero dela e de mim.

- Isso foi bem maduro da sua parte. Mas você também não é um grande exemplo de amadurecimento emocional.

- Por isso preciso de um tempo para aprender com os meus erros. - Sorri e pisquei para minha mãe. - Porque esse sentimento é tão ruim?

- Não é ruim se você souber lidar com ele e não tiver medo.

- Tenho medo e é por isso que quero distancia deste sentimento... por enquanto. - Levantei a mão. - Não sei como pode ter se casadoduas vezes... - Retruquei baixinho.

- Com o Jimmy foi comodismo e com seu pai... Por mais que doesse muito as vezes. Eu o amava!

- Isso eu sei... não tem como negar que ele é louco por você e você por ele. - Sorri de lado. - Aí! protestei ao rir. - O que fez ficar longe dele? porque deixou ele ir embora?

- Você sabe, filho! Eu era frágil, covarde! Não soube lidar com as ameaças do Vladimir. Você tem medo que a Audrey magoe você como um dia eu magoei o seu pai?

Desviei o olhar pensativo.

- Pior... - Encarei minha mãe. - Tenho medo que o problema do achismo a faça me abandonar... E eu me conheço, posso ama-la, mas não voltaria nunca com ela... me arrastaria por aí... - Me ajeitei na cama de um jeito que poderia encara-la. - Pense na situação: Eu sou um residente, tem dias que não consigo nem ir para o meu apartamento que é a 6 quadras do hospital, durmo lá por estar exausto, as vezes tem tanta gente, tantos residentes que temos que dividir os beliches e acabo dormindo com uma enfermeira ou outra médica... mas não digo dormir pra sexo, mas pra dormir, descansar para aguentar outra rotina... É comum uma das esposas entrar no alojamento para conversar ou levar alguma coisa, imagine se a Audrey com esse problema dela de ser explosiva me pegar dormindo com uma mulher no beliche... Não dá... mãe. A gente vai viver brigando.

- Acho que os dois vão ter de amadurecer e aprender a conviver. Breve a Audrey vai se tornar uma mulher de negócios e se pensar bem. Vai dispor de tão pouco tempo quanto você. Entre reuniões e viagens... Por quê já ficou bem claro que é isso o que ela quer pra sua vida. Vejo como ela fala do Chris, ou do seu pai, da Amber e do Maurice! Os olhinhos brilham de admiração. É um desafio que você também vai ter de aprender a enfrentar.

- Então vamos aprender com o distanciamento... No momento estou magoado demais, estou... atordoado demais para pensar em me entregar a esse amor. não confio em mim e não confio nela. - Puxei o ar com força. - Eu vou me empenar em estudar, vou focar nos meus objetivos, mas não vou deixar de me declarar para Audrey, sei que ela precisa saber o que eu sinto, aí ela vai decidir se me espera ou salta fora.

- Isso é bom e me deixa feliz! Mas, tenho a impressão de que teremos uma grata surpresa.

- Para! - Fiz careta para ela.

- Você está muito cético, pequeno Príncipe! - ela riu e beijou minha testa- Melhor descansar agora. Amo você!

- Caleb... - Ingrid entrou. - O médico está aí.

- Eu falei que não precisava de médico, eu já me mediquei! - Bufei. - Vai, manda entrar!

TODO MEU (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora