TODO MEU (COMPLETO)

Adan conversa com Christopher

Passei o endereço e senti que agora esse homem ficaria no nosso pé, maldita hora que tive o impulso de sequestra-la.

- O Thales deu um dos seus faniquitos.

- Sim... - A olhei. - Vem!... Vamos entrar, quero que conheça os empregados, Charles deve estar trazendo a sua malinha.

- Se quiser desistir essa é a hora. Minha família é doida.

- Não começa, Alexia! Não me faz me arrepender, ok? - a encarei, não queria me sentir leviano.

- Se arrepender? Ta! - Ela suspirou longamente- Vamos conhecer o Charles.

Peguei na mão de Alexia e a levei até a cozinha.

- Essa é a Relva. Ela cozinha muito bem e venho sempre para cá para matar a saudade de seus temperos.

- Oi! Relva sorriu amável. - Que jovem bonita, Adam!

- Ela é irmã do Maurice Carpenter, Alexia Carpenter.

- Prazer! - Ela sorriu alvo e abraçou Relva num gesto instintivo.

- Já gostei de você... Quem sabe põe um pouco de juízo na cabeça deste menino. - Ela apontou para mim. - Vou lhe mostrar seu quarto, já deixei tudo arrumado, se quiser descansar, fique a vontade.

- Faça isso, Bá. Aproveito para ligar para o Sr. Carpenter. Alexia tomou a mão dela e as duas subiram.

Respirei fundo, Charles entrou me entregando a malinha.

- O segurança está entrando na garagem... Esse homem vai te bater. - Disse Charles tentando não rir.

- E eu achando que era alto. Mas caramba, o cara tem mais de dois metros de altura.

Talles entrou na cozinha ofegante, não aguentei e comecei a rir.

- Calma aí grandão, sua protegida está conhecendo o quarto dela, não se preocupe, cada um terá seu quarto, a virgindade da garota está em segurança.

- Pare de brincadeira. - ele disse nervoso, mas se rendendo. - Não faça mais isso.

- Tudo bem... Vou ligar para o pai dela, não se preocupe.

- Ela estava no banheiro, foi a desculpa que dei para ela não falar com ele.

- Imagino que ele tenha ligado para o celular dela.

- Exatamente.

- Ok... Fique a vontade, pode conhecer a casa e fazer seu relatório. - Dei as costas, Charles ainda pigarreou para mim, mas não dei bola e segui para o escritório.

Me sentei respirando fundo, aquele fim de semana não seria estragado, não mesmo. Puxei o telefone e disquei para o celular do Sr. Carpenter, esperei a chamada ser atendida.

- Boa noite. Sr. Carpenter, desculpa a hora de ligar para o senhor.

- Tudo bem! Estava esperando que alguém me ligasse. - Ele disse num tom severo.

- Eu e Alexia estamos na casa da minha avó, ela insistiu para que trouxesse Alexia para cá, aqui temos o conforto, com motorista, cozinheira e vovó não fica tão sozinha enquanto trabalho.

- Adan, gosto muito do seu pai e temos negócios juntos, então se quer brincar, minha filha não serve para isso.

- Entendo perfeitamente Sr. Carpenter. - Eu não queria mostrar que estava quase desistindo. - Alexia é fã da banda e ela ficou muito ansiosa para ver um show deles, conhecer o pessoal.

- Então é amizade?

- Sim... No momento tenho que dizer que é amizade, gosto da sua filha, não vou negar, mas eu e ela precisamos nos conhecer e saber se podemos entrar num relacionamento.

- Entendo. - A voz dele não me soou muito bem. - Não brinque com o coração de Alexia, ela é a minha garotinha.

Sorri achando graça.

- Eu sei... Se fosse minha filha também iria dar os mesmos conselhos.

- Então sabe a minha posição... Tenham um bom fim de semana e não despiste mais o segurança de minha filha, ou eu vou pessoalmente busca-la.

- Entendi, ele não sairá de perto dela, prometo.

- Quero falar com Alexia.

- Vou passar para o ramal do quarto dela. Boa noite, Sr. Carpenter.

- Boa noite.