- Jhef não chore meu amor. - Já começo a me desesperar.
Meu bebê está tristinho desde ontem, começou a dar febre e a chorar.
Acho que ele estranhou a mudança, por isso está triste. Jhef é muito grudado a meus pais e Fran, agora com a mudança não os verá todos os dias.
Começo a andar de um lado para o outro com ele em meu colo. Mas mesmo assim ele não para de chorar.
Pego meu celular e ligo para Tom.
- Atende por favor. - Murmuro.
Não sei quem está chorando mais, se é Jhef ou sou eu.
- Empresa Harris, bom dia. - Uma mulher atende a ligação.
- Bom dia. - Desejo. - Gostaria de falar com Tom.
- Ele está em reunião agora. - Diz. - Pediu para não ser interrompido.
- Diga a ele que é sua esposa.
- Espere um segundo senhora Harris. - Pede.
- Ok. - Balbucio.
Jhef começa a resmungar novamente.
- O que foi Melinda? - Pergunta Tom com ignorância. - Estava em reunião e pedi para não ser incomodado.
- Se sua reunião é mais importante que seu filho que está com febre, então esquece. - Desligo a ligação em sua cara.
Coloco os documentos de Jhef em minha bolsa, juntamente com os meus.
Pego meu pequeno em meus braços, e saio do meu quarto.
Infelizmente Jonas não está disponível no momento, papai também não tem carro, então não adiantaria ligar para ele.
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Graças a Deus consegui pegar um táxi, e chegar rápido ao hospital.
- Jhef pegou um resfriado. - Diz o médico. - Passarei o medicamento para ele. Dê nos horários certinhos que ele irá melhorar logo.
- Obrigada Doutor. - Suspiro aliviada.
Jhef está agora tão entretido com uma enfermeira, que nem imagina o susto que me deu.
A porta do escritório médico abre com um estrondo, e Tom adentra o ambiente sem cor em seu rosto.
- Como está meu filho? - Pergunta.
- Está bem. - Digo. - É apenas um resfriado.
Vejo alívio em seu semblante, enquanto passa as mãos pelos cabelos.
O doutor Jefrey me entrega a receita com os medicamentos para Jhef.
- Não esquece os horários. - Diz Jefrey.
- Obrigada doutor. - Agradeço.
Tom pega Jhef do colo da enfermeira, e caminha até mim. Saímos juntos da sala de Jefrey.
Caminhos lado a lado em silêncio, até o carro de Tom.
Jonas abre a porta para nós. Tom coloca Jhef em sua cadeirinha, e ele resmunga enjoado.
Me sento ao seu lado e pego sua mãozinha.
- Isso meu bem. - Digo. - Bom garoto.
Meu pequeno sorri para mim e boceja. Beijo seu rostinho com carinho.
O caminho de volta para casa foi feito em silêncio. Graças a Deus Jhef adormeceu.
- Deixe que eu o pego. - Diz Tom, ao chegarmos ao seu apartamento.
- Tudo bem. - Digo.
Tom caminha em minha frente com nosso filho nos braços.
Fico o observando tão carinhoso com meu bebê, que acho até estranho. Nunca vi Tom demonstrar carinho ou se importar com outro a não ser ele próprio, até agora.
Por incrível que pareça, vi medo e arrependimento em seu olhar.
Enfim adentramos em seu apartamento, Tom vai direto para meu quarto, e deita Jhef em seu berço.
- Me desculpe por hoje. - Pede Tom.
Arregalo meus olhos. Estou louca ou ele acabou de me pedir desculpas? O que aconteceu com esse homem?
- Tudo bem. - Digo me sentando em minha cama.
Tom senta ao meu lado e suspira alto.
- É sempre assim? - Pergunta.
- O que? - O olho confusa.
- Viver preocupado?
- Sim. - Digo sorrindo. - Você pensa que conforme eles crescem melhora, mas se engana.
- Nunca passei tanto medo em minha vida. - Assume.
- Não posso dizer que você se acostuma com o tempo, eu estaria mentindo. - Suspiro. - Ter filhos é ter preocupação pelo resto de sua vida. Mas vale a pena. - Sorrio. - Não me arrependo de ter Jhef, ele é tudo para mim.
- Nunca tive ninguém para se preocupar comigo. - Diz sorrindo sombriamente. - Então não sei o que é viver em uma família feliz.
É a primeira vez que Tom diz algo sobre seu passado, e como previ não foi agradável. Suas feições já diz tudo.
Não me atrevo a perguntar nada, darei tempo a ele para confiar em mim, e me contar seus medos mais obscuros. Quem sabe posso ajuda-lo de alguma forma.
Tenho esperanças que Tom se torne um bom homem um dia, tenho fé em Deus. Quem sabe não será Jhef o motivo de sua mudança?
Para um homem que não se importa com nada além dele mesmo, ficou muito preocupado com o filho. Então eu acredito que no fundo de seu coração exista amor.
- Cadê a receita que o médico passou? - Pergunta.
Pego minha bolsa e a abro. Pego o que Tom deseja e entrego.
- Vou pedir para Jonas ir compra-los. - Diz já se levantando e caminhando até a porta.
- Tudo bem. - Sorrio fraco.
Me levanto e vou até o berço de Jhef para ver se sua febre abaixou. Ele não está tão quente, sinal que o remédio que Jefrey o deu está fazendo efeito.
Me deito em minha cama, fico olhando para o teto de meu quarto.
Seremos uma família de verdade um dia? Serei capaz de amar Tom e ele me amar? Ou viveremos toda nossa vida nesse casamento de fachada?
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Bom dia amores.
Como passou seu final de semana?
Tudo bem?Tom está começando a se tornar um homem melhor? Será?
Até o próximo capítulo. 🌹❤😗😍
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Caminhos que se cruzam
Spiritual▪ 1° Lugar no concurso - WLB 2018 ▪ 3° Lugar na segunda etapa do concurso - Um mar de rosas 2018. ▪ 2° Lugar no concurso - Projeto literário 2018 ▪Menção honrosa no concurso - Borboletas de ouro 2018 ▪ Menção honrosa no concurso - Amarelo de alegria...