Capítulo 18

8.5K 905 52
                                    

- E esse sorrindo bobo nos lábios? - Pergunto a Fran.

- Você está vendo coisas. - Desconversa.

- Tenho um palpite. - Digo. - Se chama Jonas?

Fran joga uma almofada em mim.

- Cale a boca. - Sorri abertamente. - Não fui eu que beijei meu marido odioso/fofo. - Diz.

- Ele me beijou. - Digo. - Foi ao contrário.

- E você retribuiu. - Revira os olhos.

Eu posso ter retribuído mesmo por alguns minutos, logo em seguida fugi como da primeira vez.

Tom está tão diferente ultimamente que até tenho medo do que virá a seguir. Ninguém é capaz de ter uma mudança tão repentina assim.

- Eu retribui só um pouquinho. - Digo.

- Você está apaixonada por ele. - Sorri abertamente.

- Não estou. - Digo.

Ou estou? Ultimamente não estou sabendo é de mais nada. Se estiver apaixonada por ele de verdade, uma hora ou outra irei descobrir. Só não sei se isso é uma boa idéia, já que Tom deixou bem claro que jamais irá me amar. E você amar sozinha não deve ser nada agradável.

- O que está pensando? - Pergunta Fran.

- As vezes me pergunto se algum dia seremos uma família de verdade.

- Você quer isso?

- Eu não sei. - Suspiro frustrada. - Tenho medo de confiar demais em Tom, e ele estragar tudo. - Digo. - Ele sabe como fazer alguém sofrer, eu não quero passar por tudo aquilo novamente.

- Você sabe onde encontrar respostas para suas perguntas. - Diz. - Sabe onde encontrar refúgio para seus medos. Somente em Deus!

- Sim. - Sorrio abertamente. - Você tem razão.

Mas para falar a verdade tenho medo, pareço ser corajosa mas por dentro estou morrendo de medo.

De agora em diante pode ir tudo bem, como também pode tudo desandar.

Tom pode ser um bom marido, um excelente pai, mas também pode continuar sendo o homem rude que sempre foi.

Se ele desse lugar ao Espírito Santo seria tudo tão diferente, seria tão mas fácil. Mas eu não sei se ele quer essa mudança em sua vida.

Tom é o ser humano mais bipolar que já conheci. Uma hora ele está de bom humor, no minuto seguinte ele faz ou fala algo desagradável.

Não sei ao certo o que pensar. Estarei  depositando minha confiança demais nele?

- Ore e peça a direção de Deus. - Diz Francine. - Não desista no primeiro obstáculo que surgir. Já que vocês se casaram faça de tudo para serem felizes, e uma família de verdade, por Jhef.

- O que seria de mim sem você? - Pergunto.

- Sua vida seria chata. - Sorri convencida.

- Mudando de assunto... - Digo sorrindo. - E o Jonas?

Francine cora envergonhada.

- Jonas é um cara legal. - Diz. - Mas como você bem sabe, jugo desigual.

- Eu sei. - Digo. - E não te aconselho a fazer o mesmo.

- Vamos orar. - Diz. - Está nas mãos de Deus, o que for para ser, será.

                            🌹

- Jhef pare de correr. - Digo. - Vai acabar se machucando.

Caminhos que se cruzam Onde histórias criam vida. Descubra agora