Capítulo 20

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- Oi mãe. - Atendo a ligação.

- Oi meu bem. - Diz. - Tudo bem com você?

- Tudo ótimo graças a Deus, e a senhora? - Pergunto.

- Estamos todos bem. - Diz. - Estou ligando para te chamar para vir almoçar domingo aqui em casa.

Sorrio animada, pois já tem quase uma semana que não visito meus pais.

- Iremos sim. - Digo. - Já vou deixar avisado para Tom não fazer nenhum compromisso.

- Venha preparada para podermos ir no culto de noite. - Diz.

- Pode deixar. - Sorrio.

Provavelmente Tom não irá querer ir, mas eu vou com Jhef.

Nos momentos de desespero Deus não me abandonou, agora que tudo está indo bem em minha vida não posso abandoná-lo.

- Como está indo o casamento Linda? - Pergunta minha mãe.

- Está indo melhor do que imaginava. - Digo.

Dessa vez não menti, pois por incrível que pareça estou surpresa com a "mudança" repentina de Tom.

- Fico feliz meu bem. - Mamãe suspira aliviada. - Quero que você seja feliz em sua união, tanto quanto sou com seu pai.

- Que seja feita a vontade de Deus. - Sorrio fraco.

Não sei se algum dia Tom e eu teremos um casamento como o do meus pais, onde o amor e o respeito são as bases da união.

- Acho que sua irmã está caidinha pelo Jonas. - Cochicha mamãe.

- Pois eu também acho. - Digo rindo alto.

- Ele já até foi a igreja com ela. - Diz mamãe. - Ele parece ser um rapaz decente.

- Ele é. - Digo. - Jonas não tem um passado muito agradável, mas se tornou um homem digno.

- Será que vou casar minhas duas filhas em tão pouco tempo? - Mamãe faz drama.

Se Fran se casar com Jonas, tenho certeza que será por amor, coisa que não aconteceu comigo. Mas quero a felicidade dos dois, eles formam um lindo casal, e se for da vontade de Deus, que dê tudo certo entre eles.

- Vai ter á casa só para a senhora e o papai. - Digo sorrindo.

- Vou ter que cuidar dos serviços de casa tudo sozinha. - Finge irritação.

Gargalho alto.

- Está mas preocupada com os serviços de casa? - Pergunto.

- Claro. - Diz. - Já sou velha, e o folgado do seu pai não faz nada.

- Falando no papai, mande um beijo para ele. - Digo.

- Claro meu bem. - Diz. - Tenho que desligar agora, ou nosso jantar vai acabar queimando.

- Tudo bem então. - Me despeço. - Fica com Deus.

- Fica com Deus também. - Diz. - Dê um beijinho em Jhef, e um abraço em Tom por mim, e não se esqueça do almoço domingo.

Nos despedimos com um até breve e finalizo a ligação.

Olho para o relógio em meu braço, já se passa das 19:00 horas e nada de Tom aparecer. Ele estava chegando em casa cedo para colocar Jhef para dormir, mas até agora não deu sinal de vida.

Começo a me preocupar. Pego meu celular e tento ligar para ele, mas só vai para caixa postal. Ligo para o telefone de seu escritório mas ninguém atende.

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