Capítulo 17

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- O que você quer Susan? - Pergunta Tom ríspido.

- Querido que mal humor. - Sorri com malícia. - É assim que trata sua ex noiva?

Todo bom humor de Tom acabou no mesmo instante em que essa tal de Susan apareceu.

- Diga logo o que quer e vá embora.

- Só passei para cumprimenta-lo. - Diz. - Então essa é a senhora Harris.

Me olha de cima em baixo com desdém estampado no rosto.

- Já cumprimentou agora pode ir embora. - Diz Tom. - Está atrapalhando nosso dia em família.

- Família? - Pergunta enquanto gargalha. - É impressão minha ou o temido Tom Harris está se apaixonando.

- Não diga idiotice Susan. - Sorri com malícia. - Isso não irá acontecer nunca.

Por um segundo eu tive esperança que Tom pudesse se apaixonar por mim, estupidez a minha.

- Com licença. - Peço.

Começo a caminhar em direção a Jhef, mas sou interrompida de continuar a caminhada quando Tom segura meu braço.

- Espere Linda. - Pede Tom. - Eu não...

Puxo meu braço de seu aperto.

- Não precisa se explicar. - Digo o interrompendo. - Agora se me der licença, irei levar meu filho para algum lugar agradável que não tenha cobras. - Digo irritada. - Volte para sua amiguinha, não precisa se preocupar com sua "família".

Lhe dou as costas e começo caminhar rápido. Tom me chama mas não lhe dou ouvidos.

- Meu bem. - Pego Jhef em meu colo. - Vamos comer algo gostoso?

- Totoso. - Sorri feliz. - Papai.

Jhef aponta para onde Tom conversa com a cobra.

- Seu pai está ocupado agora. - Beijo seu rosto. - Seremos só nós dois.

Por que me senti mal com as palavras de Tom? Será que estou me apaixonando por ele? Mesmo depois de tudo que ele me fez passar, seria tão burra a esse ponto?

Estaria entrando em um beco sem saída, pois amor não faz parte dessa união, então não quero e não posso ama-lo. Jamais!

- Jonas poderia nos levar a alguma lanchonete? - Pergunto.

- Claro senhora. - Diz. - E o senhor Harris?

- Está ocupado demais. - Digo irritada. - Ele que pegue um táxi depois, ou vá andando, pouco me importo.

- Foi Susan não foi? - Pergunta. - Vi ela caminhando até vocês. - Diz. - Tome cuidado com aquela mulher senhora, ela não é uma boa pessoa.

- Isso eu já percebi. - Suspiro frustrada. - Pelo jeito Tom atrai pessoas parecidas com ele.

Jonas fica em silêncio por um tempo.

- Tom não teve uma infância feliz. - Diz. - Não estou dizendo que apoio suas escolhas, e não estou o defendendo. A senhora deve ter paciência com ele, Tom não sabe o que é ter alguém se importando com ele. - Sorri fraco. - Então se a senhora achar que pode ama-lo algum dia, não desista dele.

- Como se conheceram? - Pergunto.

- Em um orfanato. - Sorri fraco com as lembranças. - Estávamos com 14 anos, e decidimos fugir.

- Como suportou ele por todos esses anos? - Sorrio fraco.

- Lá no fundo tem um bom homem escondido. - Diz. - Só precisa de alguém que o ajude. - Jonas me olha pelo retrovisor.

- Já que se conhecem a anos, por que Tom não lhe deu um emprego melhor.? - Pergunto. - Não estou menosprezando seu trabalho, longe disso.

- Enquanto eu estava nas ruas fazendo coisas que não vem ao caso, Tom estava estudando. - Diz. - Ele soube usar sua liberdade, eu não. Então teve um dia que ele foi me buscar em uma delegacia e me deu a chance de recomeçar do zero, com honestidade. - Sorri abertamente. - Então ele me deu uma casa, pagou meus estudos, e me deu um emprego, sou grato pelo resto de minha vida. - Diz. - Por mas que ele seja conhecido como um monstro, ninguém sabe o que ele já fez por mim, e o que ele faz por instituições de caridades, só vejam seu lado mal.

Olho pela janela do carro e fico pensando sobre as coisas que Jonas acabou de me contar.

Jonas terá razão em ter esperanças com Tom? Ou está apenas se iludindo?

- Por que o trata como senhor Harris? - Pergunto confusa.

- Por respeito. - Sorri abertamente. - Ele não gostou quando o chamei assim pela primeira vez, mas acabou se acostumando com o tempo.

- Nunca imaginei que vocês se conhecessem a tanto tempo assim. - Digo.

- Já tem alguns anos. - Diz Jonas sorrindo. - Somos irmãos de pais diferentes. Pais que nos abandonaram em um orfanato.

Meus olhos se enchem de lágrimas. Não deve ser nada fácil crescer sabendo que seus pais lhe rejeitaram. Não é dando desculpas para o que ele já fez e faz, mas é até compreensivo sua frieza.

Um homem que não sabe o que é o amor não tem compaixão por ninguém.

- Sinto muito. - Digo. - É tão triste saber que existe pais capazes de abandonar seus bebês.

- É o mundo em que vivemos. - Diz.

- Infelizmente. - Suspiro cansada. - Tom já procurou por seus pais?

- Sim. - Diz. - Ele sabe onde eles moram, mas não os perdoou pelo que fez ele passar.

- Pelo menos eles se arrependeram? - Pergunto.

- A primeira vez que os vi pareciam tão sinceros. - Diz Jonas. - Mas Tom não deu oportunidade para eles se explicarem.

Enquanto Tom não se dar uma chance para mudar, ele viverá sempre em seu mundo negro e solitário.

                              
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- O que faz acordada a essa hora? - Pergunta Tom.

- Estou pensando. - Digo apenas.

- Posso saber em quê? - Senta ao meu lado.

- Jonas me contou algumas coisa sobre o passado de vocês. - Digo. - Não fique bravo com ele, eu que sou intrometida.

- Jonas e sua língua grande. - Diz Tom sarcástico.

Pego sua mão e aperto de leve, lhe transmitindo conforto.

- Sinto muito por tudo o que vocês já passaram. - Sorrio fraco. - Nesse momento percebo o quanto tive sorte em minha infância.

Tom tenta soltar sua mão da minha, mas aperto firme o impedindo.

- Não sou um bom homem Melinda. - Diz irritado.

- Mas pode ser. - Digo passando a mão por sua barba por fazer. - Basta você querer.

Tom me encara com um brilho diferente nos olhos.

- Você tem muita fé em minha redenção. - Diz sorrindo fraco, enquanto passa a mão por meu rosto.

Fecho os olhos, e sinto sua pele quente contra a minha, sua mão áspera faz cócegas em meu rosto.

Sou pega de surpresa quando Tom me puxa para junto de si e me beija.

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Bom dia meninas.

Tudo bem com vocês?

Um bom final de semana a todas, com as bênçãos de Deus sobre sua vida.

Até segunda com o próximo capítulo. 🌹❤😍

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