Capítulo 3

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Afonso

Estava esperando do lado de fora da ala medica do castelo, aonde o meu irmão foi colocado, por enquanto ainda não podia ser levado aos seus aposentos a perfuração que sofrerá durante um ataque foi grave, era um milagre continuar vivo. Mas a garota ruiva havia contado que o encontrou ferido e tratou dos seus ferimentos na floresta mesmo, como o identificou como alguém importante por causa de suas vestes ajudou ele a chegar até aqui, mas a dor de seu ferimento foi maior do que pode aguentar por isso desmaiou perto das extremidades do castelo.

Ela estava sentada ao meu lado, parecia esta perdida em seus próprios pensamentos, creio que não sabia que se tratava de um príncipe, no máximo deve ter pensado que era um guarda real ou algum nobre.

- Com licença, mas como se chama a garota que salvou meu irmão? – expressei um sorriso ao finalizar a frase. Ela pareceu envergonhada e se curvou.

- Me chamo Amália alteza.

- é um prazer em conhece-la, como posso ser grato, pelo que fez pelo que fez pelo meu irmão?

- Vossa majestade não me deve nada, teria ajudado ele como qualquer outro.

- Quanta humildade qualquer um pediria algo em troca.

- é mais não sou qualquer pessoa. – Ela falou isso em um tom de petulância, que garota atrevida, mas não sei porque gostei daquela resposta. Dei uma risada baixa.

- Caso esteja interessada temos vagas para trabalho aqui no palácio, já que você não é do tipo que aceita recompensas, deve ser das que gostam de trabalhar. – Ela me olhou sorrindo e confirmou com a cabeça. – Você trabalha em que? Ou trabalhava?

- eu trabalhava em Artena na feira vendendo sopa, mas o rei colocou diversos impostos para lucrar a qualquer custo e com isso ficou difícil manter a feira aberta, como só é eu e meu pai, não tínhamos tantas despesas de uma família grande, mas também não tínhamos tanta ajuda financeira, então resolvemos nos mudar e acabamos por ficar aqui em Montemor, como acabei de chegar realmente vou precisar do emprego. Por isso agradeço a proposta. – Afonso se admirou poucas pessoas fariam isso, deixar de ganha uma grande recompensa em moedas e principalmente alguém que precisava.

- Fico grato de ter sido você a encontra-lo – Dito isso o medico abriu a porta e nos levantamos.

- E então doutro como ele está?

- Onde está a rainha?

- Ela saiu para a passeio, ainda não sabe do estado de Rodolfo, mas assim que chegar será avisada, enquanto isso me diga como ele está?

- Ele irá sobreviver, mas creio que repouso absoluto e nada de muitas visitas e estresse, por favor.

- Posso entrar para vê-lo?

- Agora não é uma boa hora vossa alteza, ele está descansando.

- Claro, obrigada. – O médico se retirou e eu me voltei para a garota ruiva. – Então foi um prazer, não se esqueça de vir checar sua oferta de trabalho amanhã. – Terminei rindo baixo.

- Claro vossa alteza, amanhã bem cedo estarei aqui e mais uma vez muito obrigada.

Agora que sabia de Rodolfo e que já estava bem resolvi espera por minha avó, que demorava a voltar de sei passeio matinal. Antes de chegar aos portões escutei os gritos de Lucrécia do corredor dizendo que ia ver Rodolfo nem que para isso tivesse que arrebentar a porta de onde ele estava, corri até onde ela estava e pedi para que se acalmasse que Rodolfo já estava bem e que o médico havia pedido tranquilidade. Ela ainda se jogou nos braços da companheira de forma dramática chorando horrores dizendo que ele ia morrer, eu percebi que estava perdendo o meu tempo, tentando acalma-la e volteia seguir o meu caminho até a entrada do palácio, ante de chegar lá avistei Brumela e avisei que amanhã uma moça ruiva chamada Amália se apresentaria para trabalhar, pedi também que a tratasse bem, já que vi Brumela varias vezes sendo rude com seus ajudantes, principalmente o pobre Ulisses, que tinha um talento formidável. Ao chegar nos portões avistei minha avó descendo da carruagem, apressei meus passos, para lhe falar a respeito de Rodolfo e seu estado, ele ficou muito preocupada de início, mas assim que disse que ele estava bem e que ia se recuperar ela se acalmou.

- Mas me diga minha avó, aonde foste que demorou tanto?

- Visitei uma velha amiga e ela me ajudou a ver como se procedera este infortúnio da mina e o acordo com Augusto.

- E quem é essa amiga minha avó? se me permitir saber é claro. – Ela me olhou atenta como se questionasse se deveria me contar, mas logo percebeu que era um questionamento desnecessário.

- é a velha Mandingueira, fui até ela para saber o que o futuro nos aguarda. – Olhei para ela incrédulo.

- Serio minha avó que a senhora acredita em tai sandices? – ela ficou serio e me encarou.

- Sim e receio que você deva acreditar também, pois ela me revelou que a solução envolve justamente você meu caro neto. – Olhei de forma surpresa.

- E o que ela falou, diga me.

- De um acordo rompido, um elo surgira entre os dois reinos. Mas para isso o jovem tem de se casar, disse a mandingueira. Isso quer dizer meu neto que você terá de se casar.

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