Catarina
Eu estava no quarto ainda pensando no que me havia acontecido, aquele homem se escondeu esse tempo todo como ele havia conseguido? e porque estava fazendo isso? matando pessoas assim, será que era a maldição? Quem seria a bruxa que ele havia matado? Será que minha mãe...?não, não de jeito nenhum. Perguntas rondavam a minha cabeça, mas só conseguia pensar que o assassino da minha mãe quase havia me matado, porém não o fez, eu tentei fugir e ele fez esse corte no meu braço, depois com o cabo da faca me deixou inconsciente, mas porque não me matou?
Vê-lo me fez lembrar dela de como era, seus olhos azuis e cabelos negros e de sua história, Elena de Lurton tinha vindo de uma família de nobres muito rica e estava na linha de sucessão ao trono, me recordo que meu pai falava como haviam se conhecido e como ele a amou no dia que a tinha visto. Ele contou que ela tinha uma irmã mais nova Briana que estava muitíssimo doente, a irmã dela a chamava de Brice por causa de seu significado, alegria e ela enchia Biana de alegria nesse momento difícil. Graças aos cuidados da minha mãe minha tia melhorou, foi colhendo algumas ervas para os chás de Briana que ela conheceu meu pai, ao qual ficou encantado, pela tamanha beleza e humildade da mulher que havia visto. Minha mãe não era ambiciosa como eu, ela não ligava para o poder, nem mesmo para reinos, mas por amar muito o meu pai ela deixou todo esse pensamento de lado e se casou com ele, a irmã dela foi a pessoa que ficou ao lado dela, todos da família diziam para que ela se casasse já que ele era o futuro rei, mas Briana, foi a única que disse, a escolha é sua e eu vou estar ao seu lado em qualquer decisão, ela optou pelo amor e com isso viveu muito tempo com o meu pai feliz . Um belíssimo contos de fadas, mas com uma trágica morte no fim, perde-la foi a pior coisa na vida dele, depois disso ele nunca mais foi o mesmo. Podia até me contar histórias, mas algo sombrio rondou seu coração desde de aquele momento. Permaneci com a história que meu pai havia contado na cabeça até que Lucíola que havia ido buscar minha refeição entrou.
-Como vossa majestade está?
-Já me sinto, melhor. Apesar do susto, sou capaz de esclarecer melhor para Afonso o que me aconteceu.-Que bom majestade, a o doutor Lupércio disse que precisava examiná-la novamente antes de ir.
-Tudo bem diga que pode entrar. - ela foi até a porta e o chamou.
Então majestade vejo que já está bem melhor. Só irei realizar tás procedimentos por precaução.
-Tudo bem - ele me perguntou algumas coisas e depois olhou minha temperatura, pulsação e me olhou entristecido. - o que foi?
-Bom, creio que eu queria poder dá uma boa notícia, mas não será mais possível.
-O que aconteceu? - perguntei preocupada.
-A senhora pelo que tudo indicava, estava esperando um filho, mas devido ao acontecido, creio que tenha perdido. Por isso o sangramento ao qual você me perguntou antes. - fiquei abalada com aquilo e triste.
-Não pode ser... - me faltou ar.- Aquele homem tira tudo de mim. - e comecei a chorar.
-Vou comunicar a o príncipe Afonso sobre o acontecido e pedir para que venha até aqui, com licença majestade. - e nos deixou. Lucíola sentou ao meu lado e me abraçou e eu retribui aos prantos em seus braços.
*
Passei um bom tempo em silêncio ao lado de Lucíola até que Afonso entrou no quarto, entristecido e com algo a mais o atormentando.
-Sinto muito meu amor. - E me abraçou.-Eu também. - E o beijei.
-Em pensar que estavas esperando um filho, que alegria seria para este castelo. Para nós.
-Sim meu amor, sim. Eu não posso estar mais triste do que agora. Só chorei desde de então, mas eu quero encontrar aquele homem, eu preciso. - Ele apenas me olhou e balançou a cabeça afirmando.
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Destinos
FanfictionDe um acordo rompido, um elo surgirá entre os dois reinos. Mas para isso o jovem tem de se casar - disse a mandingueira.