Catarina
Acordei entorpecida, ainda procurando ar para meus pulmões, a sensação de estar sendo sufocada era horrenda, parecida com as dos meus sonhos, mas com mais intensidade, já que era real. Notei que estava em uma cabana e que não estava amarrada, me levantei as pressas para sair dali, mas Constantino apareceu na minha frete e me empurrou no colchão duro que estava no chão.
- Aonde pensa que vai princesa? Achou que ia sair daqui tão fácil assim? – me levantei para ficar de igual com ele.
- Como ousa fazer isso comigo? – falei com a raiva emanando de mim.
- A questão princesa é que você me deixou com raiva e tenho um problema para resolver por causa de uma dívida, seu resgate irá ajudar. Ainda ajudará na minha fuga. – Ri daquela suposição.
- Você é muito idiota de achar que meu pai irá deixar você sair impune.
- Ah, ele vai, porque se não eu acabo com a querida filhinha dele. – falou isso pegando no meu pescoço subindo sua mão para segurar o meu rosto, puxou minha cabeça com força e me beijou, o empurrei e mesmo afastando-o de meu rosto ainda permaneceu me segurando e então cuspi em sua face e desta vez ele me soltou. Limpou sua cara e me amarrou com raiva no mastro da cabana.
*
Já era outro dia, quase noite e eu estava faminta, aquele idiota quis me punir pelo feito e me deixou presa e com fome, engano dele se achava que isso iria me amedrontar. Foi pensando nisso que um soldado entrou na cabana e trouxe uma bandeja com comida, me desamarrou e esperou eu terminar de comer. Ainda bem que não era aquele verme, pois eu teria jogado a comida nele, mesmo estando com fome. Assim que o guarda saiu, me amarrou novamente, porém dessa fez não no mastro, apenas as minhas mãos. Constantino adentrou na cabana e foi até mim.
- As tropas do seu pai ainda não apareceram princesa, acho que ele desistiu de você. – disse isso só pra ver se eu fraquejava.
- Ele já pode estar aqui, só que você é incompetente demais para perceber. – Uma mesinha que estava perto de nós, foi derrubada por ele, por causa do que lhe falei.
- JÁ BASTA! Não deixarei que fale comigo assim, você pode ser uma princesa no seu reino, aqui é apenas uma refém e sabe o que eu posso fazer com os reféns? – a forma como falou me assustou, mas não deixei transparecer. Ele me empurrou no colchão e começou a me beijar e a me agarrar a forçar, estava tentando fazer algo que eu certamente não queria. Me contorci tentando sair daquela agonia que era ele em cima de mim, mas ele continuou forçando aquela situação, até que eu o acertei o meu joelho no meio de suas pernas e ele caiu para o lado, assim que pude fiquei em pé tentei pegar o que estivesse ao meu alcance, mas ele já havia se levantado e me segurou jogando-me no colchão novamente, sentei de imediato para caso ele tentasse ficar por cima de mim novamente, eu ter como sair, porém não fez isso. Apenas segurou em meu rosto e me esbofeteou com toda força que tinha. Cai com ódio emanando de mim e lágrimas de raiva escorreram pelos meus olhos.
- Como ousa, seu idiota. – falei isso ainda virada para o colchão, me levantando. – Quando for capturado mandarei que sua mão seja cortada por tal atrevimento. – E foi falando isso que levei outra, mas essa foi um murro e por isso apaguei.
*
Quando despertei de tal acontecido, estava de manhã bem cede, percebi porque havia uma certa calmaria lá fora, parecia até que não havia ninguém e na entrada da cabana bem atrás de mim uma brecha e luz iluminava o ambiente . Eu me encontrava amarrada no mastro novamente, sozinha, me perguntando porque meu pai estava demorando tanto para me tirar dali. Minhas roupas estavam rasgadas devido a briga e já que não havia ninguém comigo, me permiti fraquejar e chorar por causa de tal situação, o que havia acontecido com Constantino, tentar me forçar a algo que eu não queria. Que homem horrível, estava tão perdida em meus pensamentos que não percebi que alguém havia entrado, assustando-me ao segurar meu ombro e tapar minha boca.
*Desculpa qualquer erro :)

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Destinos
FanfictionDe um acordo rompido, um elo surgirá entre os dois reinos. Mas para isso o jovem tem de se casar - disse a mandingueira.