*Acho essa musica muito bonita para uma determinada parte, espero que escutem. vai dizer ai em baixo quando dar play. kk
Afonso
- Não pode ser verdade, ela estava implorando por ajuda Catarina, quando acharam Rodolfo. – Não conseguia acreditar no que ela havia me dito sobre Amália, era quase impossível de imaginar que uma figura tão doce fosse capaz disso. Mas eu também pensei errado sobre Catarina, o que tornava as coisas não tão impossíveis.
- Afonso, ela poderia estar fingindo. Ora por favor ainda acredita nela?
– Ela não está bem Catarina, sei que não a suporta, mas o que passou ao longo desse tempo e tudo que perdeu... ela, ela não está bem. E acreditar nisso. - A olhei negando com a cabeça - não me parece algo que seja realmente verdade. – Ela me olhou com indignação.
- E o que vai fazer Afonso, deixar uma louca, aqui pelo castelo. Ela, ela estava me perseguindo e você sabe disso.
- Com motivo. – Os olhos de Catarina descreviam raiva agora.
- Eu sou rainha, ir contra mim é um ato de traição. E ela é minha súdita pertence ao meu reino, então não a quero aqui.
- Aí é que está, você ainda não é rainha de Montemor. E se quer que eu acredite, preciso de provas.
- Praticamente impossível Afonso. Quem vai alegar isso? Admitir. O que foicontado a mim, foi que Amália saiu de Artena por causa da tirania do meu pai epor causa da situação em que estava algumas pessoas. O que era mentira, meu pai podia até se tornado o rei mais rigoroso e que punia, mas as pessoas não estavam em condições tão precárias a ponto de precisar sair de Artena.
- Para ela ter bolado isso, ela precisaria de ajuda, Catarina.
- Ela não veio só de Artena, ela tinha um namorado Virgílio. E ele com certeza veio com ela. Esse tal de Virgilio era noivo dele na antiga cidade e por causa de algumas dividas perdeu seus negócios. Um mero comerciante e sua loja de tecidos. Provavelmente ela fez isso por dinheiro.
- Quando a conheci ela disse que não queria recompensa por ajudar.
- Claro, para parecer que não tinha interesse. Já que não tinha conseguido o dinheiro da forma que planejou, ela provavelmente tentou de outra. – Então eu me lembrei, Amália pedindo pela recompensa.
- Ela pediu a recompensa para uma amiga.
- Provavelmente para o namorado que havia perdido o comercio.
- Algumas coisas não se encaixam Catarina. – Ela revirou os olhos.
- Eu não vou mais perder tempo tentando abrir seus os olhos Afonso, preciso me arrumar agora. Pois apesar de você não estar interessado em minha pessoa a um salão esperando por mim. – Dito isto, senti que as palavras foram proferidas com dor, eu me importava com ela, a amava. Mas o que ela fez fazia eu vê-la de outra forma, alguém que eu passei a admirar e a temer, pois ela fazia o que fosse possível para conseguir o que quer, até mesmo inventar algo de Amália.
A festa estava animada no salão e a espera da aniversariante crescia, já que ela estava demorando para aparecer no recinto. Mas assim que se fez presente não pude deixar de notar o quão deslumbrante estava, mas isso não impediu de ver os olhos com um tom avermelhado, como se estivesse chorando, me questionei quanto a isso, porém achei melhor esquecer esse pensamento, talvez ela estivesse emocionada apenas. Percebi também que ela usava os braceletes que eu havia dado, e apesar de ter dito que não importava mais, foi ótimo vê-la com eles.
A festa se estendeu e o divertimento entre os convidados foi grande, tivemos histórias contadas de alguns reis e risadas altas em resposta, quando chegou no momento das danças, era impossível ficar parado todos se animaram e se divertiram dançando, obviamente com a nossa típica dança. Mas o vinho já havia esquentado a todos então pode-se dizer que estavam animados. No entanto permaneci na cadeira sentado, apesar das risadas e de até me divertir um pouco com as histórias, os antigos assuntos voltavam a minha cabeça e eu não conseguia disfarçar as vezes. Permaneci então apenas olhando os convidados e a aniversariante a distância que conversava com as outras princesas e damas da festa. Até que alguém a chamou para dançar e ela educadamente aceitou. Não me importava em ver Catarina dançando com outros reis e convidados que a haviam a chamado durante a festa, mas o rei da Lastrilha era quem a havia convidado agora e ele me dava repulsa. Otavio a olhava como se quisesse tê-la, algo que eu só percebi depois de um tempo, quando eu e Catarina tínhamos ido a reuniões juntos com outros reis da Cália. Vendo isso não consegui permanecer sentado, fui em direção dos dois e interrompi o casal.
- A ultima dança é minha Otavio, ainda não tive meu momento com a aniversariante. Me permite? - O seu olhar não foi amigável, mas como monarca que é sorriu e confirmou com a cabeça, me permitindo conduzir Catarina. Ela me olhou como se agradecesse, provavelmente não gostava dele também. No entanto toda a dança permaneceu em silencio, a penas me acompanhando nos paços, eu não conseguia parar de olhar para ela. Apesar de estar irritado, eu a amava e de alguma forma precisava perdoa-la. Mas Catarina em nenhum momento olhou para mim, mesmo depois do seu agradecimento silencioso, parecia que ela preferia evitar o meu olhar.
(Se quiserem escutar essa musica nessa parte, recomendo.)
Quando fui falar com ela, Catarina simplesmente se afastou e foi para o ponto alto do salão para que pudesse ter a atenção de todos.
- Muito obrigada por essa belíssima festa e pela presença de todos vocês. É muito importante a presença de todos aqui. Só gostaria mesmo de agradecer e desejar-lhes um bom fim de noite. Irei me recolher agora, já estou um pouco cansada, mas aproveitem. – Todos sorriram e aplaudiram, agradecendo sua hospitalidade. Ela saiu em meio a multidão e foi em direção ao seu quarto. A segui entre os convidados sem deixa-la perceber minha presença. Quando ela entrou no quarto e as portas foram fechadas me aproximei e consegui ouvir Catarina chorar, pois apesar de sempre mostrar uma imagem forte, ela tinha esse lado frágil por dentro. Ela não estava bem com aquilo apesar de querer mostrar como se estivesse. Só agora pôde perceber que era o primeiro aniversario sem a presença de seu pai, provavelmente ela estava se sentindo só e eu consegui deixa-la ainda mais, quando decidi me ausentar por causa daquela história. Abri as portas e ela se assustou, levantando da cadeira da penteadeira, seus olhos estavam vermelhos e as lágrimas escorriam por seu rosto. Podia estar bravo com ela, mas o que eu queria agora era beija-la e enxugar essas lágrimas, que eu estava fazendo ela derramar. Fui em sua direção e a beijei como se a tivesse perdido e encontrando-a depois de muito tempo. Ela retribuiu com todo carinho que tinha aquele beijo e depois disso, nos permitimos esquecer o conflito que nos fez brigar, minha única ação ali era ama-la, como sempre deveria ter feito e como sempre deverei fazer. Aproveitei a noite desfrutando da musa que estava em meus braços.
*Desculpa qualquer erro, espero que gostem :)
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Destinos
FanfictionDe um acordo rompido, um elo surgirá entre os dois reinos. Mas para isso o jovem tem de se casar - disse a mandingueira.