Capítulo 29

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Afonso

Como ela tinha sido capaz de me enganar. Por que ela havia feito isso? Responsável por tudo aquilo. E agora diante de mim assisto essa cena. Catarina segurando o braço de Amália em frente ao seu quarto, aquela que achei que estava morta, se encontrava bem na minha frente e junto de minha esposa, a qual pensei que não tinha conhecimento da existência de Amália. Quando percebi que eram as duas não consegui me mover, só prestar atenção no que ambas conversavam.

- Como ousa fazer isso com sua rainha, mera criada. Você foi capaz de jogar esse feitiço ridículo em si própria, para o que? Você realmente acreditou que poderia me enlouquecer? Achava mesmo que eu não ia descobrir? - Então ali era a suposta pessoa que aparecia para Catarina e a atormentava, mas por que Amália estava fazendo aquilo?

-Acha mesmo que é minha rainha sua víbora, talvez não lembre de mim, mas eu sou a garota quem você e seu asqueroso pai mandou matar, com toda famíl.... - Antes que  Amália terminar Catarina esbofeteou sua cara.- Fiquei surpreso com a resposta de Amália, tecnicamente ela queria vingança de Catarina. Eu não estava conseguindo acreditar que era por causa daquilo, minha esposa poderia ter feito isso?

-Lave a boca para falar do meu pai, criada nojenta. Eu lembro muito bem de você, infelizmente. - Amália a olhou com os olhos em chama e voltou o rosto em sua direção, percebi que ele ainda não tinha ido pra cima de Catarina, porque a segunda ainda segurava o seu outro braço.

-Então sabe que eu possuo o amor do príncipe. E quando ele descobrir o que você fez… - Catarina riu do que Amália falava. Aquela cena, me fez pensar em vários acontecimentos anteriores e me fez questionar se eu realmente conhecia Catarina.

-Você não passa de uma criatura ridícula, que acha que o príncipe irá romper com um reino, por uma relés plebeia.

-Era o que ele ia fazer antes não era. Até você me eliminar  e acabar com a mina. - os olhos de Catarina brilharam, parecia que as ameaças de Amália de me contar algo não surtiram efeito nela, não pode deixar de adimira-la e ter raiva ao mesmo tempo.

-E faria de novo, não me arrependo.- Amália foi para cima de Catarina com toda a força que tinha e nesse  momento consegui sair de onde me encontrava e rompi o início da suposta briga entre às duas, ambas ficaram surpresas ao me ver e imóveis. Olhei para Amália em busca do seu antigo olhar, mas o capuz cobria parte do seu rosto, o lado com a queimadura, quando consegui ver os seus olhos, não pareciam ter o brilho de antes e foi aí que percebi, era ela me que me observará dormindo, naquela cela. Voltei me para Catarina e pela primeira vez durante aquela cena vi seus olhos vacilarem.

-Afonso - As duas falaram ao mesmo tempo.


Guardas - chamei. Assim que se aproximaram pedi para que levassem Amália, para um quarto de hóspedes e não deixassem ela sair, afinal ela havia feito algo contra a rainha de Artena e por mais que eu quisesse falar com ela e saber sobre tudo, eu tinha que falar primeiro com Catarina. Assim que Amália foi retirada entrei no quarto junto a Catarina.
-

Então você fez tudo isso? É verdade o que ela diz?- Apesar de Catarina em nenhum momento ter negado, eu precisava perguntar.

-Sim Afonso é. - A olhei entristecido.

-Por que fez tudo isso?

-Eu preciso mesmo responder? Você ia me largar pra ficar com uma garota que você nem se quer conhecia direito.

-Pelo visto não conheço você e olha onde estamos. - ergui as mãos. - casados.

-A questão Afonso, é que eu era uma princesa te dava garantia de muitas coisas, além de um herdeiro legítimo e ela? O que você tinha pra alegar? Amor. Isso não fazia nem sentido em tão pouco tempo e com uma desconhecida.

-Eu que não a conheço, você foi capaz de fazer tudo isso só por causa de uma coroa.

-Sim e faria de novo.

-Você só estava pensando em si. - os olhos dela marejaram e ela sorriu de lado.

-Eu pensei em mim realmente, mas também na prosperidade do meu povo e do seu. E você, quando quis largar tudo, pensou em quem? Pelo visto não somos tão diferentes. - aquilo que ela falou era verdade e como um soco me atingiu. - tenho certeza que com o tempo descobriu que era só uma paixão boba, o que sentiu por ela. - Ela falou isso passa do a mão pelo meu peito e circula do ao meu redor.

-Catarina não me provoque. - ela se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido.

-Ou o que ? -e voltei para a sua direção que agora era atrás de mim. E assim que a olhei, ela simplesmente me beijou. Fazendo com que eu lembrasse o efeito que ela tinha sobre mim, permaneci entorpecido por algum tempo, mas a imagem de Amália veio átona em minha mente e eu consegui parar Catarina.

-Não consigo Catarina, não agora, não, sabendo de tudo isso, preciso esclarecer as coisas.- disse isso me afastando para sair do quarto.

-Tudo bem, eu vou dar uma colher de chá, para a sua antiga paixão e deixar ela falar o que quiser de mim. Mas quando for minha vez, você não vai gostar de saber o que tenho para revelar sobre sua queridinha.

* Desculpa qualquer erro, espero que gostem :)





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