Fiquei surpresa com a visita de Afonso aos meus aposentos está noite, mas quando me revelou que era o menino que havia me salvado, não pude deixar de ficar mais feliz, ele sempre estava quando eu precisava, esse pensamento acabou ficando na minha cabeça e fixou mais ainda quando me mostrou a pulseira. Eu ainda estava triste obviamente pela morte de meu pai e desejava que aquele infeliz sofresse uma punição justa, mas ver aquela pulseira novamente me fez sentir como se um dos meus pais estivessem comigo e isso me tranquilizou. Quando Afonso deixou meu quarto, não me senti só com aquela ida, pois sabia que ele ia está comigo e meus pais também. Adormeci rapidamente e não tive pesadelos.
Logo de manhã fiz meu desjejum e a ultima prova de meu vestido, ele estava perfeito, mas Lucíola havia saído para pegar os últimos acessórios que faltavam, no entanto estava demorando demais, abri as portas para ver se já estava voltando e dei de cara com um homem passando em frete ao meu quarto, ele se assustou com as portas sendo abertas rapidamente e depois permaneceu me olhando, como não falou nada, me pronunciei:
- Desculpa pelo susto.
- Pode acreditar, cara dama, foi o melhor que já tive. Se todos os sustos fossem me fazer deparar com um ser tão belo, queria ter mais vezes. – Me segurei para não revirar os olhos com aquele galanteio barato, apenas respirei fundo e sorri amarelo.
- Obrigada. – Fiz menção de voltar para o quarto, mas ele me interrompeu.
- Não me reconhece princesa? – eu o olhei e logo me lembrei.
- Príncipe Eros. Você mudou.
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- Espero que no bom sentido. – falou piscando para mim.
- Acho que é o seu cabelo, você deixou crescer um pouco, quanto tempo. – E fui abraça-lo.
- É Catarina quanto tempo, desde de aquele evento no castelo... – o interrompi
- Não precisamos lembrar disso Eros, até porque é meu casamento e aquilo não passou de um romance entre dois adolescentes.
- Claro Cat.
- Não me chame assim. – o repreendi, ele apenas sorriu e saiu. Não acredito que ele havia vindo para o meu casamento, já fazia tanto tempo que havíamos nós conhecido, eu tinha uns quatorze anos e ele também, ele havia ido passar uma estada no nosso castelo, a mando de seu pai por questões de segurança e acabamos nos interessando um pelo outro, mas foi uma coisa boba de criança, pelo menos para mim, foi. Voltei para o quarto e pouco tempo depois Lucíola chegou, terminei a prova e me toquei, coloquei meu vestido de malha fina lilás, adorava aquela cor e sai até a sala do trono. Ao chegar me deparei com Afonso no lugar de sua avó, e fiquei confusa. Assim que me viu se levantou.
- Catarina! Bom dia. – E sorriu para mim.
- Bom dia. – Por incrível que pareça fiquei levemente ruborizada, espero que ele não tenha percebido, o que estava acontecendo comigo? – Onde está sua avó?
