ERROS

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Me bateu um mal estar depois de comer o lanche deve ser por que meu estômago estava vazio, é, eu devia ter comido algo mais leve. Wendell me deu um remédio, dormimos agarradinhos, eu já estava com saudade de dormir de conchinha com o meu namorado.

Hoje ainda teríamos um último show para fazer, pegaremos mais um semaninha no estúdio de Pepato para gravar voz, aí por fim férias merecidas, tudo corria com a maior paz, já estava sentindo falta de levar a minha vida sem alguma confusão para resolver ou tratar, da até agonia de pensar, por mais que a minha vida seja corrida igual é, eu ainda estava tendo problemas à beça para resolver.

Acordei sendo fitada por Wendell, que me cuidava com aquele olhar sereno e apaixonado, abri meus olhos devagar e ele sorriu com tanta ternura que meu desejo, só foi ficar aqui só sentindo essa sensação boa que é ter meu namorado tão perto, tão junto à mim sem eu precisar ficar preocupada com tanta distância. No mesmo clima sossegado que estávamos, levei meu dedo indicador até sua bochecha e com as costas do dedo, passei por acariciar aquele rosto lindo, desenhando cada pedacinho da minha obra prima particular.

- você, fica tão lindo assim.. - falei pausadamente dando um ar de romantismo a frase. - na verdade, você fica lindo de qualquer jeito, mas agora aqui pertinho de mim, posso aprecia-lo com mais facilidade e bajular mais.

- já te falei que você foi a melhor coisa que me aconteceu? - seu rosto me pareceu bem corado.

Fransi meu rosto, dando uma expressão de pensativa.

- hoje ainda não, eu acho. - intantanemente em meus lábios se formou um sorriso de canto.

- então saiba, que você é a minha melhor canção, a minha melhor companhia, tudo o que eu pedi a Deus, ai.. bondosamente ele me enviou esse anjo moderno, que fez desse meu coração, o seu céu sua casa.
- ele disse tão apaixonado e verdadeiro, que meus olhos teimaram em derramar lágrimas.

- e ainda sabe muito bem usar as palavras, o que eu posso querer mais? - nessa altura, meu rosto já estava sendo encharcado por minhas lágrimas.

- casar, ter filhos.. lógico que comigo, por que se não nem quero. - não esbocei reação na parte em que ele disse sobre ter filhos, não que eu não queira, lógico que quero, e muitos se Deus me permitir, mas não é um assunto cogitado para o momento.

- amor.. eu quero casar, mas, filhos?

- e porque não? - ele disse meio pensativo e se pôs a sentar na cama endireitando suas costas na cabeceira da cama.

- minha carreira está só começando, ter filhos agora não é algo que penso. - digo me sentando junto a ele.

- mas não é para agora, a encomenda demora. - ele voltou a sorrir de canto.

Beijei suas bochechas e fui me trocar, pois ainda tenho um show para fazer, estranhei André não chamar para fazer minha maquiagem, descobri o porquê, quando peguei meu celular e vi que ainda era cedo. Fiquei meio pensativa por ele tocar no assunto de filhos, ele nunca falou nesse assunto comigo, e mesmo depois daquela conversa ter ficado tudo na medida do possível bem, ele mudou seu humor e aquele Wendell amoroso e brincalhão que me acordou, sumiu, dando entrada a um Wendell tímido e totalmente fechado na dele. Após prontas, saímos do hotel e fomos para o show, ele continuou estranho, sua atenção no celular redobrou de uma hora para a outra depois de uma ligação "inútil", esse foi o nome que me deu, quando perguntei o que era. Vi ele indo uma vez ou outra para o lado do palco me observar cantar, todas as modas apaixonadas, eu cantava diretamente para ele, pela primeira vez em que chegamos na casa de show, ele sorriu e mostrou interesse no que eu estava fazendo, mas acabou quando chamei para o dedicar a música, ele simplesmente ignorou e fez que não com a cabeça. Não consegui deixar barato, fui até o seu canto e cheguei a pedir por favor, eu queria que todos soubessem que tenho dono e amo ser dele.

- gente, esse aqui é o meu namorado.
- disse apaixonada e envolvi meus braços em volta de seu pescoço. Demos um selinho e então ouvimos o alvoroço do público.

- até que enfiiim. - minha irmã falou brincalhona. - tava na hora em cunhado.

Ele deu um sorriso tímido, deu reverência com o corpo, e saiu do palco. No fim show, Maiara saiu um pouco antes e me deixou sozinha tirando foto com o público, assim que deu tchau para eles, não passei pelo camarim e fui direto para o banheiro trocar aquele vestido apertado que me incomodava, mas ao adentrar no camarim algo me chamou atenção, Maiara estava vermelha por supostamente um choro pelo que a conheço, e sua cabeça encostada no ombro de Wendell, os dois sentados em um sofá, me juntei a eles me sentando ao lado oposto que estava vazio. Ainda não disse nada, só observei a movimentação do camarim a espera de começar o atendimento. Maiara chegou a soluçar algumas vezes, mesmo assim não dirigi a palavra para lhe perguntar se aconteceu alguma coisa, se ela quisesse ela já tinha me contado. Julyer chamou ela para retocar a maquiagem quando percebeu seu rosto vermelho e triste.

- porque não perguntou a sua irmã o que aconteceu? ela precisava de você.
- Wendell disse um pouco bravo

- como iria saber? Se ela estava deitada no seu ombro. - disparo.

- perguntando, ou dando um abraço para que ela se aliviasse. Marcolino bateu na sua irmã! - Wendell falou depois de ter respirado fundo três vezes.

Meus pulmões se contrairam na hora e o ar me faltou. Coloquei uma mão em minha testa e a outra de apoio no sofá, inspirei o mais forte possível e mesmo assim estava difícil.

- e o que você falou? Como que ele bateu nela? Porque esse idiota fez isso? Cadê a minha irmã!? - antes de me levantar para ir atrás dela, Wendell me segurou.

- amor, calma..

- como calma Wendell? Eu preciso cuidar da minha irmã. - forcei para sair de seus braços.

- ela se acalmou um pouco, depois de passar bons minutos chorando. Eu tive a mesma reação que você, se ele tivesse aqui, pode ter certeza que pelo menos com o nariz sangrando ele estava.. mas ela me disse que um pouco depois da introdução da música, ele estava bêbado e deu um tapa no.. - seus olhos se abaixaram e eu já estava chorando sem ter condição nenhuma de realizar o atendimento. - rosto dela, amanhã mesmo em São Paulo, nós vamos ir na delegacia da mulher abrir um b.o contra ele..

O abracei forte e então desabei em choro, quando mais calma, me virei para frente e Maiara estava a me olhar. Sem trocar uma palavra de quer, a envolvi em meu abraço e já era a maquiagem que Julyer acabou de fazer, saímos as duas abraçadas do camarim, olhei para Wendell e ele entendeu o recado, a porta do camarim havia mais ou menos umas trinta pessoas á espera de uma foto, e pelo que percebi quando bati o olho, foi que não tinha fãs, pois estavam todos segurando apenas o celular, sem plaquinha ou cartaz como os fãs de verdade costumavam a entrar.

- irmã.. E-eu vou matar aquele pirralho. - disse assim que deitamos na vã. Encolhi ela em meus braços e então passei a coberta por nós duas.

- ele me bateu.. - ela voltou a soluçar por conta do choro.

- Wendell me disse, e eu juro que ele vai pagar.

- o que eu fiz para merecer isso? Eu não sou puta. - ela me olhou com muito receio em seu olhar.

Levantei meu olhos para o teto da van em busca de não chorar mais.

- o que esse desgraçado falou?

- eu não sei se consigo irmã, foi horrível, eu me sinto um lixo. - ela se escondeu em meu pescoço.

Nesse momento a porta da van abriu então, Wendell, André e Julyer entraram junto com dois dos nossos seguranças.

Nota final: qual será o motivo de Marcolino ter batido na Maiara??

Perdoem a demora mas ta bem difícil aceitar algumas coisas que estou vendo por aqui. Comentem por favor e votem tb se possível🌟 Boa semana pra vcs

Quem Imaginava A Gente JuntoOnde histórias criam vida. Descubra agora