Nos Encontramos Por Acaso ✨ ( Revisando )

Capítulo 80 💭

Alice Narrando 💌

Certo, só mais duas semanas aqui no hospital, eu aguento.

Já faz um dia que eu acordei, tá tudo meio estranho pra mim ainda.

Meu pai não veio até agora, deve te acontecido alguma coisa no vôo dele. Isso sempre acontece quando ele viaja.

Tô sozinha no quarto, olhando pro teto, sem nada pra fazer. Nem meu celular eu tenho!

Ouço batidas leves na porta, em seguida ela é aberta e por ela passa meu pai. Que saudades! Certo não lembro a última vez que eu vi ele, mais sei que faz bastante tempo.

Meu pai vem até a cama, me abraçando com cuidado pra não me machucar. Como precisava desse abraço, abraço que só meu pai sabe dar.
Não seguro as lágrimas, muito menos ele. Imagino o quanto deve ter sido difícil pra ele, perde minha mãe, e vê a filha dele em coma.

Mais pior ainda, é a filha não ter muitas chances de sobreviver. Não quero nem imagina se eu morresse, meu pai não iria aguentar.

Acabamos o abraço, e ele fica me olhando.

Pai: Alice não tô acreditando ainda. Senti sua falta.

Eu: Também pai, por que demoro?

Pai: Não foi muito fácil achar um vôo de última hora. Mais eu consegui.

Eu: Mais agora você tá aqui comigo.

Estou tomando uns remédios pra não sentir tanta dor, e tá funcionando agora eu já consego falar melhor.

Pai: Eu te amo filha. Não sabe como me sinto culpado por tudo que aconteceu.

Eu: Ninguém tem culpa, não tinha como saber que ia acontecer... Eu nem lembro direito o que aconteceu.

Pai: Ok. Como você está?

Eu: Me sinto bem, mesmo com a saudade da Isa.

Pai: Logo você vê ela.

Eu: Minha única opção vai ser esperar.

...

Meu pai ficou bastante tempo comigo, matamos a saudade.

E novamente estou sozinha!

Já me acostumei a nova rotina, ficar nessa cama. Sempre que preciso ir no banheiro, aperto um botão e uma enfermeira vem pra me ajudar.
Pra tomar banho, tenho hora mais precisamente a tarde. Uma enfermeira vem pra me dar banho.

O momento do meu banho me relaxa demais!

Ok eu sou muito bem tratada aqui, a equipe de médicos são os melhores, só que claro eu prefiro a minha casinha.

...

20:00 da noite...

Mais uma vez olho as horas no relógio de parede que tem no meu quarto. Já são 20 da noite em ponto.

Essa hora sempre alguém vem me visitar, tô anciosa pra vê que vem hoje.

O tempo aqui no hospital me faz pensar muito. Na minha vida, e o quando ela é valiosa.

Quero aproveitar minha vida, fazer tudo o que eu tenho vontade, ficar ao lado das pessoas que amo, enfim aproveitar!

Me sinto uma pessoa bem mais forte agora.

Quando acordei do coma, umas horas depois me viro lembranças do dia do enterro da minha mãe. Essa foi minha primeira lembrança.

Me doeu demais, eu não queria acreditar, só que depois fiquei mais calma e vi que infelizmente tudo foi verdade. Ela não tá mais aqui.