Capítulo 21

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Me surpreendo com a beleza que o lugar tem. Parece um castelo medieval. Pousamos em frente a um portão de ferro.

- Meus avós moram aqui?! - mamãe assente.  Fico boquiaberta.

- Lindo.

- Nossa casa é como se fosse uma torre daqui e olha que la é enorme! - mamãe ri.

- Verá que sua família tem muito talento. - seguimos papai. Mamãe e papai estão com suas imensas capas pretas, já eu visto a branca. Assim que entramos papai e mamãe colocam o capuz e apenas faço o mesmo.

O portão leva para um corredor de pedras e saímos em frente à uma imensa porta de madeira. Papai praticamente espanca a porta e fico um pouco chocada. Depois de alguns minutos a porta se abre e o rangido me deixa com calafrios. Respiro fundo. "Está tudo bem! Está tudo bem! Esses lugares somente são  mal assombrados em filmes!" Entro e a porta se fecha atrás com um estrondo.

Caminhamos em um salão com pouca iluminação e bem gelado. Papai fica mais branco do que já é quando está aqui dentro e creio que seja por conta do frio. Ao fundo escuto uma música instrumental muito chamativa. Atravessamos o salão e chegamos em uma sala menor com uma mesa enorme. Cutuco mamãe.

- Por acaso virão quantas pessoas comer? - Mamãe me olha por debaixo do capuz e segura minha mão.

- A família Drycophor virá. Seus avós chamaram. - abro a boca e franzo o cenho. Balanço a cabeça.

- Não quero participar de nada que seja com intuito de me envergonhar. - mamãe revira os olhos.

- Seu pai e o pai dele querem ver vocês dois juntos, bem... - nego - Não tem escolha e é tradição se reunir com as famílias que estão destinadas. Meus pais e os pais de Claus se reuniam bastante. - fecho os olhos por um momento. Quando abro olho por trás de mamãe, no fim da sala surge uma mulher mais de idade com um vestido enorme e marcante e um senhor com uma imensa capa preta que reluz. Ela é branca como papel e tem os olhos e cabelos castanhos e seu marido tem os cabelos grisalhos e a barba enorme.

Eles se aproximam e os reverencio.  Mamãe faz o mesmo e depois abraça eles. Fico parada e a senhora vem até mim.

- Tão linda... - pisco várias vezes. - seus cabelos e seus olhos são inegavelmente dos Edwy. - ela segura minhas mãos . - A pele de porcelana e pintada como o bronze lembra muito sua mãe. - sorrio e ela parece se encantar, paro de sorrir de imediato - Tem o sorriso mais iluminador de todos - ela acaricia minhas mãos-  dedos compridos... Tocaria piano tão bem como seu pai. - ela solta uma das minhas mãos e me rodopia. - Uma bailarina também cairia muito bem. - sorrio.

- Creio que não tenho tanto talento. - digo sem graça .  Ela solta a outra mão e o senhor me abraça .

-É bom conhecer nossa neta. - retribuo e sinto um frio correr minha espinha. Depois que saio do abraço olho para trás .  A família Drycophor chegou. Agora entendo por que mamãe queria que eu vestisse um vestido pomposo e preto. "A marca da nossa família é o preto!" A deles é a vermelha.

A imensa capa vermelha cai como uma luva para eles. Seus olhos vermelhos reluzem na pouca iluminação e me lembram demônios. Abaixo a cabeça e vou para trás de mamãe. "Que horror!" Ludy usa um enorme vestido vermelho brilhante e sua mãe uma calça colam vermelha e espartilho da mesma cor. A capa vermelha de todos tem o interior preto. O que deixa mais macabro. O pai deles sorri e aquele sorriso me lembra o coringa.

Ele veste um smoking vermelho e o contraste com o de papai é incrível. Vermelho e preto combinam. Papai cumprimenta Octávio e depois a mãe de Ludy. Eles estão tão brancos aqui dentro que sinto que morreram e esqueceram de cair.

Mamãe os cumprimenta e meus avós são referenciados. "Minha vez!"

- Esta linda Vitória. - senhor Octávio elogia. Sorrio e o reverencio. "Estaria melhor se não precisasse usar um curativo na testa!"

- Obrigada! - exclamo com certa ironia. Reverencio a mãe de Ludy e ela estende a mão .

- Me chamo Anabelle Drycophor. É um prazer conhece-la. - sorrio e aperto sua mão.

- O prazer é todo meu. - digo e solto sua mão.  Abraço Ludy e ela se afasta tocando meu braço.

- Parece bem! Ontem quando não participou das aulas quis ir te ver, mas mamãe disse que visitariamos os Edwy, então pude esperar.

- Estou bem. - ela sorri. Seus olhos vermelhos e seus cabelos negros contrastam tão bem. Reverencio Jásper e me afasto. Ele não expressa nada, apenas retribui.

"Família gelo, menos a Ludy."

- Então vamos nos sentar na sala principal, pedirei para as cozinheiras adiantarem o almoço.  - vovó diz e em seguida se retira. Mamãe começa a conversar com Anabelle, e os rapazes seguem para uma sala menor depois da sala de jantar, mamãe e Anabelle também.

Ludy se agarra ao meu braço. Finalmente consigo ver de relance a roupa de Jásper sem ser notada. Ele veste uma calça de couro preta, diferente de todos, seus sapatos também são pretos e veste uma camisa vermelha e colete vermelho. Seus cabelos caem como cascatas nos ombros e o ar sombrio é completado quando ele cruza a porta e coloca o capuz.

Chegamos na sala e ocupamos o sofá.  Nesta sala tem um tapete negro e felpudo. E no meio do salão temos um lindo piano cinza. A única coisa que combina com minha capa.

- Amo a casa dos seus avós.  - olho para Ludy e franzo o cenho.

- Aqui é bem escuro. - digo. Ela assente.

- Isso deixa o ambiente mais lindo ainda. - pisco algumas vezes. "Sol não deve ser o passatempo preferido da família Drycophor."

- Sempre vem aqui? - ela assente.

- Seu pai é como um padrinho para meu irmão,  ele ensinou Jásper a tocar piano e mais um monte de coisas, e sua avó sempre foi muito bondosa comigo, bem... antes não sabia da existência da sua mãe. - sorrio.

- Quem diria ... - digo. Ela consenti.

- É  algo extraordinário para mim, pessoas mortas não ressuscitam, mas sua mãe  e você praticamente ressucitaram.

*Curiosidade*
Minhas cores preferidas são o preto e o vermelho quando estao juntas.
Já repararam esse padrão em meus livros?

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WITCHES - Puro SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora