Para Johnny aquilo era um avanço e tanto, acompanhar alguém, dirigir com alguém ao seu lado. Toda hora vinha a vontade estúpida de olhar para ela, era como um imã atraindo sua atenção, o estômago de Alice até doeu por todo aquele assédio, tanto constrangimento que deixou as bochechas vermelhas.
No supermercado não foi diferente, não tirou os olhos de Alice nem um instante, toda hora ela era pega sendo observada. Johnny não sabia mais disfarçar o sentimento devastador no seu peito acelerado, como ele a queria em seus braços outra vez, sentir o cheiro doce dos cabelos dela, insano demais ele ter tanto autocontrole e não agir no calor do momento. Nunca foi impulsivo, mas aquela loira estava acabando com sua sanidade.
_ Já jantou?
Os dois pararam na porta da casa dela enquanto Johnny descarregava o porta malas, ele a olhou negando.
_ Eu posso fazer massa para gente, se quiser?
Do seu jeito tímida ela encolheu os ombros e esperou ansiosa pela resposta.
_ Adoraria.
O sorriso doce brindou seus lábios rosados, o coração dele errou uma batida quando parou para admirar a doçura daquele sorriso de uma delicadeza indescritível.
_ Sabe onde eu coloquei minhas chaves?
Passou as mãos nos bolsos da jeans, Johnny também não imaginava, por fim ela deu de ombros indo até sua porta, ao lado tinha um vaso de flores, ela cutucou o mesmo encontrando a reserva, abriu a porta ligando as luzes, Johnny entrou com as várias sacolas de compras.
_ Pode deixar na mesa, já vou guardar.
Ele assentiu. Alice fez um coque usando uma mecha loira para prendê-lo no alto da cabeça, quando Johnny levou sua atenção a ela que caminhou para a cozinha os olhos tremeram incrédulos, não podia imaginar que ela poderia ficar mais linda. O pescoço desnudo mostrava os pelos loiros da sua nuca, a pele lisa e branca estava arrepiada, ele aproximou sorrateiro tocando o braço dela, tudo nela ouriçou, cada pelo, cada região de pele queimou agradavelmente com o toque tímido dos dedos dele.
A atenção da loira se voltou para ele, os olhos verdes âmbar pareciam chamas, a força daquele toque singelo no seu braço deixou seu coração em atrito, nem a blusa longa que ela usava era capaz de impedir dela sentir a quentura do toque que de imediato aqueceu seu coração.
_ Quer ajuda?
Inerte discordou, depois concordou, ele ficou confuso do que ela queria.
_ Sim?
Perguntou divertido.
_ S-sim...
Respondeu com um leve vacilo, Johnny puxou as mangas da social azul marinho e esperou a tarefa. Ela pediu apenas que ele cortasse a cebola e um tomate, pensou ser divertido o ver fracassar nessa missão, o que não aconteceu, John picou tudo em cubos perfeitos, ela piscou incrédula.
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Ezra
RomanceViver um trauma intensamente assustador todos os dias é extremamente aterrorizante. Johnny é um homem adulto de trinta e dois anos que frequentemente vivência aquela maldita noite. O coração crepitar e muitas noites sozinho com a sombra de um passad...