Capítulo 2

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Praticamente chegar em casa era uma longa viagem, quase um hora seu trajeto que sempre era feito de metrô

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Praticamente chegar em casa era uma longa viagem, quase um hora seu trajeto que sempre era feito de metrô. Ela estava tão cansada e ao mesmo tempo faminta, não tinha nada pronto na geladeira, chegava ser uma grande ironia para quem cursava culinária a geladeira em falta. Respirou pegando apenas um corpo d'água, bebericou o conteúdo devagar pensando poder enganar a fome. 

_ Chegou tarde. 

Sua amiga bocejou entrando na cozinha. 

_ Perdi o metrô e tive que esperar meia hora o próximo. 

Depositou o copo na pia e logo quis saber o que a amiga fazia em casa. 

_ O que faz aqui, Ana? 

Elas dividiam a mesma casa já algum tempo, era um lugar simples de dois quartos porém aconchegante, cozinha americana, área de lavar e uma pequena varanda, era o que cabia no orçamento das duas amigas. 

_ Não quero sair hoje. 

Abriu a geladeira fazendo a mesma careta que Alice minutos atrás. Ana se apoiou na divisória da cozinha e a sala, encarou Alice sorrindo sugestiva. 

_ Nem vem, amanhã posso até cozinhar, mas hoje nem pensar! 

A morena de cabelos comprido negro muxoxo os lábios fingindo uma leve decepção, os olhos castanhos suplicavam brilhantes. 

_ Um macarrão? 

Alice acabou aceitando pedindo para ela picar as coisas enquanto tomava uma chuveirada rápida. Ana colocou a mão na massa literalmente, não sabia fritar um ovo mas picar não era um bicho de sete cabeças. 

_ Ai! 

Na verdade era, tirou uma lasquinha do dedo indicador, como? É difícil de dizer já que a mesma usava o ralador. 

_ Você se cortou usando o ralador? 

Alice estava incrédula quando viu a amiga levar o dedo na boca para estancar o sangue. 

_ Ele é um assassino! 

_ Que horror, faça o suco então. 

Ordenou tomando seu lugar na frente da pia, em menos de vinte minutos tudo estava pronto. Elas sentaram na mesa e conversaram enquanto jantavam. 

_ Ele te ligou? 

Alice soltou o ar encolhendo os ombros, aquele assunto mexia com ela terrivelmente. 

_ É o que ele mais sabe fazer, não para de importunar. 

Se referia ao ex namorado, estava ressente o término, ela não sofria com a distância e sim pela presença inconveniente nas mensagens de texto e chamadas no seu celular, ela não queria o ver nunca mais, não depois de toda a humilhação. 

_ Você não acha perigoso? 

Ana perguntou, Alice não entendeu a palavra perigo assimilada ao nome do ex. 

EzraOnde histórias criam vida. Descubra agora