Algumas semanas depois...
A madrinha orgulhosa não parava de babar na criaturinha de olhos verdes. Tentando reconhecer a figura que o balançava em um leve ninar Ezra estreitou mais os olhinhos puxadinhos, infelizmente o cheiro e a quentura era diferente da mãe. O que estava conhecendo? Porque aquela humana o pegava e tentava balançar seu corpinho miúdo sem jeito? Não era assim que o garotinho era ninado pela mamãe coruja, o pequeno realmente quis se questionar com essas palavras, mas seria impossível, não passava de um bebê, e a forma que ele descobriu que dava certo nesses cinquenta e quatro dias de nascido era o choro.
Inflou a barriguinha e as bochechas inchou no mesmo tempo, Ana estranhou o pequeno com o rostinho corado e gordinho, mal ela sabia que era uma tática muito bem usada por aquele pequenino para deletar muito das vezes as práticas de castigo que o pai usava, como cócegas, figuinha com a mamadeira e o bico que ele adora, sempre dava certo e fazia sua mãe chegar em um instante.
No segundo seguinte Ana segurava um alto falante, o gritinho fino e agudo a deixou desnorteada, a garganta mais que abençoada e o falsete atingia Ana bem no tímpano, a intenção do pequenino era a deixar surda com certeza.
_ Ei, o que aconteceu?
Sem espera a resposta embalou o garotinho nos braços, agora sim ele reconhecia o cheiro e o calor, era a mamãe dele e não precisava mais chorar.
_ Fiz um favor para ele o tirando do berço pois estava aqui acordado e quando eu o peguei ele chorou.
_ Titia Ana está assustando você meu amor?
Como podia um serzinho daquele mudar de humor em questão de segundos Ana se perguntava? Não havia mais choro apenas um sorriso banguela e uma mão muito agitada para tocar os cabelos loiros da mãe.
_ Eu nada, ele que é chorão.
_ Ana!
Advertiu, olhou para os olhinhos do seu bebê, as orbes verdes não cansava de olhar para ela.
_ Você não é nada disso meu amor.
O mimadinho sorriu de volta agora com as mechas loiras entre os dedinhos, o pequeno tinha apenas uma intenção: levar a boca.
_ Cabelo sujo, olha aqui seu bico.
Balançou o objeto azul que ele conhecia muito bem, Ezra soltou uns murmúrios inteligível que somente a mamãe entendia, ele estava feliz por ver a chupeta indo até sua boquinha.
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Ezra
RomanceViver um trauma intensamente assustador todos os dias é extremamente aterrorizante. Johnny é um homem adulto de trinta e dois anos que frequentemente vivência aquela maldita noite. O coração crepitar e muitas noites sozinho com a sombra de um passad...