Capítulo 10

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Ana pulou cedo da cama naquele domingo nublado, como queria dormir até tarde, mas viu não ser possível quando outra vez seu chefe ligou intimando a presença dela sem falta

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Ana pulou cedo da cama naquele domingo nublado, como queria dormir até tarde, mas viu não ser possível quando outra vez seu chefe ligou intimando a presença dela sem falta. Como gerente do buffet um cargo que conseguiu com tanto trabalho duro não poderia pisar na bola. 

Depois do banho se arrumou e pegou sua bolsa junto da chave do carro. Ao sair deu de cara com a porta do quarto da amiga fechada, estranhou já que Alice iria trabalhar também, ela podia até dar uma carona para a amiga se caso ela pronta estivesse. 

_ Alice... 

Bateu não sendo correspondida. 

_ Alice...

Outra vez sem resposta. Preocupada girou a maçaneta, foi estranho ver Alice ainda dormindo. "Perdeu a hora com certeza!" Deduziu se aproximando, ligeira balançou Alice coberta dos pés à cabeça. 

_ Ei... 

A falta de resposta a deixou preocupada, puxou a coberta, Alice estava sonolenta quando olhou para ela, resmungou. 

_ Não Ana! 

A voz mal saia. Puxou a coberta virando para outro lado. 

_ Me deixa. 

Sem dar ouvidos sentou na cama levando os dedos ao rosto da amiga, foi um susto sentir ela tão quente. 

_ Merda, Alice! 

A voz em repreensão fez tudo doer, parecia uma bomba relógio na própria cabeça, resmungou outra vez. 

_ Me deixa, Ana, por favor... 

Seu cérebro era um verdadeiro tic tac doloroso, cada segundo uma pontada aguda na cabeça, era uma dor por pouco não suportável. 

_ Você tá queimando! 

Deixou a bolsa de lado e foi até o guarda roupa do seu quarto, pegou sua caixinha de remédio passando na cozinha apenas para pegar uma caixinha de água de coco. 

_ Toma aqui loirinha! 

Irredutível recusou quando Ana lhe deu o comprimido. 

_ Por favor, toma o remédio. 

Pediu realmente sentida, Alice a olhou de espreita vendo seus olhos cheios de lágrima, a última coisa que queria era deixar Ana magoada por seus problemas. 

_ Tudo bem. 

Aceitou o comprimido tomando junto da água de coco na caixinha, devolveu o recipiente pela metade. 

_ Preciso tanto ir, mas você está, tão... Meu Deus, você está horrível. 

Fingiu um sorriso que falhou com sucesso. 

_ Eu vou ficar bem, prometo, é só um mal estar! 

Ana a abraçou. 

_ Me liga, por favor, se você piorar me liga, tá? 

EzraOnde histórias criam vida. Descubra agora