Ana pulou cedo da cama naquele domingo nublado, como queria dormir até tarde, mas viu não ser possível quando outra vez seu chefe ligou intimando a presença dela sem falta. Como gerente do buffet um cargo que conseguiu com tanto trabalho duro não poderia pisar na bola.
Depois do banho se arrumou e pegou sua bolsa junto da chave do carro. Ao sair deu de cara com a porta do quarto da amiga fechada, estranhou já que Alice iria trabalhar também, ela podia até dar uma carona para a amiga se caso ela pronta estivesse.
_ Alice...
Bateu não sendo correspondida.
_ Alice...
Outra vez sem resposta. Preocupada girou a maçaneta, foi estranho ver Alice ainda dormindo. "Perdeu a hora com certeza!" Deduziu se aproximando, ligeira balançou Alice coberta dos pés à cabeça.
_ Ei...
A falta de resposta a deixou preocupada, puxou a coberta, Alice estava sonolenta quando olhou para ela, resmungou.
_ Não Ana!
A voz mal saia. Puxou a coberta virando para outro lado.
_ Me deixa.
Sem dar ouvidos sentou na cama levando os dedos ao rosto da amiga, foi um susto sentir ela tão quente.
_ Merda, Alice!
A voz em repreensão fez tudo doer, parecia uma bomba relógio na própria cabeça, resmungou outra vez.
_ Me deixa, Ana, por favor...
Seu cérebro era um verdadeiro tic tac doloroso, cada segundo uma pontada aguda na cabeça, era uma dor por pouco não suportável.
_ Você tá queimando!
Deixou a bolsa de lado e foi até o guarda roupa do seu quarto, pegou sua caixinha de remédio passando na cozinha apenas para pegar uma caixinha de água de coco.
_ Toma aqui loirinha!
Irredutível recusou quando Ana lhe deu o comprimido.
_ Por favor, toma o remédio.
Pediu realmente sentida, Alice a olhou de espreita vendo seus olhos cheios de lágrima, a última coisa que queria era deixar Ana magoada por seus problemas.
_ Tudo bem.
Aceitou o comprimido tomando junto da água de coco na caixinha, devolveu o recipiente pela metade.
_ Preciso tanto ir, mas você está, tão... Meu Deus, você está horrível.
Fingiu um sorriso que falhou com sucesso.
_ Eu vou ficar bem, prometo, é só um mal estar!
Ana a abraçou.
_ Me liga, por favor, se você piorar me liga, tá?
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Ezra
RomanceViver um trauma intensamente assustador todos os dias é extremamente aterrorizante. Johnny é um homem adulto de trinta e dois anos que frequentemente vivência aquela maldita noite. O coração crepitar e muitas noites sozinho com a sombra de um passad...