Depois de várias horas chorando na sala de espera, Savannah não aguentava mais esperar para ver a filha. Estava uma confusão só, com Jonathan ameaçando colocar tudo a baixo. Giovana passou por uma lavagem estomacal para limpar qualquer vestígio da substância que havia lhe feito mal.
Os chocolates que ingerira foram levados para a perícia e o exame de sangue havia apontado um veneno fortíssimo. Fora por pouco que a mesma não havia morrido. Savannah sentou-se ainda pior, pois a filha estava sofrendo um ataque cujo o único alvo, era ela.
Jonathan sentia-se perdido, desolado. As coisas estavam fugindo de seu controle tão rápido que ele não conseguia mais acompanhar. A sensação de impotência era muito grande e ele cada vez mais acabava por se distanciar da esposa por causa disso.
Estava retraído, calado, isso depois de todo escândalo para poder ver a filha. Sua família estava sendo atingida e ele sentia-se como um cego tateando no escuro, sem conseguir ver quem o estava ameaçando.
Os detetives não lhe davam uma resposta, o delegado afirmara que havia feito o possível, mas que, não tinham mais pistas e ele, estava esgotado.
Finalmente eles foram chamados para ver a filha. Giovana estava pálida, coberta apenas por um lençol, na cama de hospital. Leo se adiantou e correu para o seu lado, segurando-lhe a mão e beijando com carinho.
O garoto soluçou, com lágrimas escorrendo pelo rosto e logo as limpou com a camisa. Savannah e Jonathan faziam carinho na filha, enquanto Leo sussurrava coisas incompreensíveis no ouvido de Giovana.
Ela ainda estava adormecida por efeito das medicações e o soro pingava lentamente. Tudo isso para que a droga saísse de seu sistema.
- Eu não aguento mais ter que vir a esse hospital, parece um pesadelo. - Sussurrou Savannah para o esposo, enquanto bebericava o café no copo de plástico.
Fez uma careta e o jogou no lixo.
Jonathan a puxou para o canto do quarto, abraçando-a com carinho, enquanto apoiava o queixo em sua cabeça. Ambos observando a filha dormir e pensando o que seria deles, se a tivessem perdido.
Novamente os olhos de Savannah ficaram húmidos e Jonathan sentiu a esposa tremer em seus braços. Não sabia se ela havia se dado conta, mas era para ela estar ali naquela cama, no lugar de Giovana. Na verdade, não sabia nem mesmo se ela teria conseguido.
A probabilidade dizia que não, já que na hora que ela recebeu a cesta, ambos, ele e Carlos, estariam trabalhando e só havia Berta para socorrê-la, fazendo com que o plano, fosse eficaz.
Ele suspirou profundamente, apertando ainda mais a esposa em seus braços e sentindo seu perfume.
- Eu te amo tanto Savie, não sei o que seria de mim se... - Murmurou no ouvido dela. Savannah gentilmente, pousou a mão sobre os seus lábios.
O olhou diretamente nos olhos e segurou seu rosto.
- Não pense nisso, por favor... Vamos focar nossa energia em descobrir quem é essa pessoa e porque ela está fazendo isso.
- Eu tomei uma decisão, talvez você não concorde comigo. - Disse relutante, enquanto acariciava suas costas suavemente. - Eu irei ver Heitor.
Savannah arregalou os olhos e veementemente negou com a cabeça, se afastando de braços cruzados em seguida.
- Não, não mesmo. Ficou maluco? Eu não vou deixar você encarar aquele louco novamente. Já encerramos essa etapa de nossa vida Jonathan. Melissa está morta e enterrada, lembra? Heitor tem que apodrecer sozinho naquela cela, então você não vai. - Disse em tom firme.
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Em Nome da Dor - Livro 2 (Série Em Nome do Amor)
RomanceJonathan e Savannah casaram rápido depois que se conheceram e, sete anos haviam se passado desde então. Tudo fora uma grande explosão de sentimentos entre os dois e ainda não conseguiam manter as mãos longe um do outro por muito tempo. Eles eram fel...