Capítulo 18

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O tempo estava claro e límpido no céu, mas ali entre os quatro, parecia estar fechado. Jonathan enfiou-se na frente de Savannah, de forma protetora e Priscilla rapidamente se colocou ao lado da patroa.

Jonathan havia mandado a segurança proteger a esposa em segredo, lhe dando ordens precisas de que não fosse vista pela morena, caso contrário, uma guerra se formaria dentro da sua casa e ele não estava disposto a dormir no sofá.

Mesmo que o problema número um – vulgo Heitor – fora eliminado, ainda havia o problema número dois e muito maior – vulgo Ari Tanaka – que por enquanto, ele somente estava por vigiar os movimentos da asiática, que estavam parados há bastante tempo.

De qualquer maneira, ele não iria deixar Savannah e seus filhos desprotegidos. Ari estava longe, bem longe, mas as ameaças ainda existiam. Deu graças a Deus por ter deixado Priscilla com Savannah, mas espumava de raiva por ela não ter acolhido sua mulher quando ela desmaiara. Se não fosse a demora de Savannah para sair ao estacionamento, ele nunca teria ido procura-la.

- Baby, fique calma. Você não pode se estressar... – deu um olhar sugestivo a barriga dela e ela assentiu, de cara fechada – Deixa que eu resolvo isso. – Pediu.

- Olha, eu não sabia que você morava aqui Savannah. Até parece que eu iria vir trabalhar no único lugar do mundo que você se encontrava. – Falou Phill com descaso.

Savannah tentou passar por Jonathan, mas ele a conteve a tempo.

- Então quer dizer que você está trabalhando aqui? Ora essa, que coincidência não é mesmo? – Debochou Savannah, com um sorriso de escarnio no rosto.

Jonathan passou a mão no rosto, perdendo a paciência com a esposa.

- Savannah já chega! Quero que você vá pro carro agora com Priscilla... – Mandou e ela negou. – Então fique calada, por Deus mulher!

- Você diz que vai fazer alguma coisa, mas até agora não vi seu punho na cara desse idiota, Jon. – Falou ríspida, encarando o outro.

Não sabia se ficava com raiva de Jonathan por tentar detê-la ou de Phill, por a perseguir.

- Acredita que vim aqui só por você? Tenho uma novidade, baby, - disse o apelido em tom jocoso, Savannah teve asco - o mundo não gira em torno de você! – Deu um sorriso venenoso – Recebi uma proposta de emprego para trabalhar aqui como professor no novo curso de fisioterapia, então aceitei. O cargo era bom, o salário também. Porque não aceitaria? Só porque você está aqui? Cresça, Savannah. O que passou, passou. – Falou com tom sério.

Savannah bufou e Jonathan levantou a aba do chapéu, com um olhar sombrio cruzando o rosto.

- Ela não está imaginando coisas, rapaz. Me te digo isso, se eu souber que você veio pra cá, tentar alguma coisa com a minha mulher, te juro que te parto ao meio, filho da puta. – Ameaçou, com o dedo em riste.

Phill estremeceu, mas aguentou firme, sustentando o olhar mortal de Jonathan.

Infelizmente, Savannah estava certa em suas predições.

Phill a havia abandonado por outro homem, pelo simples fato de que descobrira que a família de Savannah não tinha tanto dinheiro quanto ele pensava.

Ele era um mero aproveitador, um parasita, que se aproveitava das oportunidades, independente do sexo das suas vítimas. Sugou tudo que pôde de Christian, nos anos que passaram juntos na Europa, até que por fim, o levou para o mundo sombrio das drogas, fazendo que o outro tivesse uma overdose fatal, lhe deixando tudo que possuía.

Em Nome da Dor - Livro 2 (Série Em Nome do Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora