A primeira aula de Savannah havia sido apenas uma introdução de como seria o programa. A segunda, ela já copiava furiosamente a matéria no caderno e a professora já havia passado livros para ler e exigido páginas e páginas de trabalhos, sendo que um deles, seria em grupo.
Savannah suspirou quando viu os jovens a sua volta conversando e ela, sentiu-se deslocada por não conhecer ninguém.
- Oi, você já tem grupo? - Uma voz grossa, com um sotaque carregado, chamou a atenção de Savannah.
Ela se virou e sorriu tímida.
O rapaz vestia uma blusa preta e por cima uma camisa jeans aberta. Levava uma pulseira de couro no braço, cabelo loiro curto e bem aparado e um sorriso simpático no rosto.
- Não, receio que não. - Disse, envergonhada.
- Quer participar do meu? Na verdade, eu não achei um terceiro integrante. - Ele coçou a nuca, sem graça - Creio que todos já estão ocupados. - Savannah olhou ao redor, confirmando.
- Tudo bem, é melhor do que fazer sozinha né? Eu sou Savannah Campbell. - Estendeu a mão e foi retribuída com um aperto firme.
- Sou Dean Winchester, muito prazer. Bem, eu espero que seu esposo não fique incomodado em fazermos o trabalho juntos. - Ele colocou as mãos no bolso, sem graça.
- O que? Claro que não. Jon vai entender, eu tenho certeza. Então, sabe o que eu pensei? A gente podia ler o livro individualmente e nos reunirmos depois e debater as ideias, o que acha? - Ela perguntou interessada, enquanto fazia algumas anotações em uma folha.
Dean rapidamente começou a dar outras sugestões e no final da aula, eles foram conversando até a saída da universidade. Savannah ria de algo que Dean falava e ele se mostrava bem animado com o assunto que discutiam.
Jonathan olhou a cena de longe, com os olhos semicerrados e não gostando nada do que via. Ele sentiu um gosto amargo na boca, como fel, quando Savannah se voltou para o cara, lhe dando um abraço e em seguida indo em sua direção. Ela sorria, com o rosto corado e ele cerrou os punhos ao lado do corpo.
- Posso saber pra que eu pago você? - Perguntou com raiva para Priscilla, ignorando o choque no rosto de Savannah.
- Sr. Campbell, o senhor me paga para que a senhora Savannah esteja em segurança e ela está. - Respondeu, direta.
- Não banque a engraçadinha comigo Priscilla, eu pago o seu salário. - Disse, rude. - Você não pode deixar qualquer um se aproximar da minha esposa. E se ele fosse uma ameaça? - Completou exasperado.
- Uma ameaça para mim ou pra você, Jonathan? - Perguntou Savannah, debochada.
Odiava quando ele fazia aquele tipo de cena. Sem esperar resposta, ela apenas deu a volta, entrando no carro.
Bateu a porta com força e colocou o cinto, ainda de cara fechada. Ela estava tão animada discutindo sobre a matéria com Dean e a ideia de falar com Jonathan sobre tudo que havia acontecido naquele dia, a deixava nas nuvens. Mas agora ele havia destruído tudo, ele a irritava fora dos limites.
- O que você quer dizer com ameaça pra mim? - Falou Jonathan, assim que se sentou atrás do volante, ligando o carro.
Priscilla já estava sentada no banco de trás, calada. De primeira, Savannah não respondeu. Focou na paisagem da cidade do lado de fora, que ia mudando à medida que entravam no campo.
- Priscilla não tinha o porquê se intrometer Jonathan, Dean é só um amigo. - Disse, depois de algum tempo, ainda sem olhá-lo. Jonathan bufou e apertou o volante.
- Só um amigo? É isso que vou ter que aguentar de agora em diante? - Perguntou, abismado.
Não gostou do jeito que o outro olhava para Savannah. Os olhos brilhantes, quase babando em cima de sua esposa. Mas ela era tão inocente, que nem mesmo reparava que o tal de Dean tinha segundas intenções.
- Aguentar? Jonathan, você está se ouvindo por um acaso? - Revirou os olhos, já cansada daquela conversa - Eu não posso me isolar dos meus colegas de classe. Não posso, não quero e não vou. Você não manda em mim. - O olhou, enojada.
- Não mando, mas você me deve respeito já que é minha esposa. - Rebateu, impaciente.
- E eu respeito. Você tem que controlar esse seu ciúme sem motivo, meu Deus. - Falou, passou a mando pelo cabelo, sem paciência.
- Não tenho ciúmes sem motivo. - Disse ele, ríspido. Ela gargalhou, sínica, e tampou a boca com o punho. - Para de rir, não é sem motivo e você sabe. Ele estava olhando diferente pra você. - Murmurou, olhando-a de soslaio.
Savannah suspirou, sem ter o que dizer. Talvez pudesse ser verdade, mas talvez não. Ela não sentiu Dean ser inapropriado com ela em nenhum momento. Até mesmo já sabia que ela era casada com o Campbell.
Quando ela disse que Jonathan estava esperando por ela, ele se recusou a acompanha-la, com medo de que ele interpretasse mal. Em seu ponto de vista, ele estava agindo como um amigo.
- Se algum dia isso acontecer, saiba que eu vou desencorajar qualquer atitude, ok? Você é meu esposo, ele sabe disso. - Ela colocou a mão sobre a dele, que estava na marcha - Ele é meu amigo e quero que você saiba disso. - Disse, carinhosa.
Jonathan estava com a cara fechada, mas assentiu.
Seria difícil engolir o tal de Dean, ele teria que ter uma nova conversa com Priscilla, afinal. O que ele não poderia fazer, era travar uma briga toda vez que ela citasse o nome do amigo, porque quem sairia perdendo seria ele.
Jonathan respirou fundo, mantendo a calma e logo passou pelos portões do Haras e estacionou na frente da mansão. Deu a volta no carro, abrindo a porta para Savannah.
- Tem razão, eu confio em você. - Puxou a esposa para os seus braços, abraçando-a. - Quero que vá tomar um banho e se arrumar, vou te levar pra jantar hoje.
Os olhos de Savannah brilharam e ela encheu o pescoço de Jonathan de beijos, deliciada.
- Vai me levar em um encontro, Sr. Campbell? - Seu tom de voz mudara, era rouco.
Sensual. Até mesmo a atmosfera entre os dois se modificou. A briga boba de antes, fora deixada para trás.
- Você me daria a honra, Sra. Campbell? - Ele segurou a nuca dela com uma mão, enfiando-a dentro do cabelo com um aperto firme. Savannah fechou os olhos e gemeu, quando a outra mão de Jonathan apertou sua cintura.
- Só se você terminar na minha cama no final da noite... - Ela abriu os olhos, encarando o verde. Suspirou, quando Jonathan tomou sua boca, em sinal de posse. A mão de Jonathan desceu com um aperto suave, alisando a pele por debaixo da saia jeans que Savannah vestia. Ele grunhiu como um animal enjaulado, separando a boca dela. Os lábios de Savannah estavam vermelhos e inchados. Jonathan apenas a jogou em seu ombro e lhe deu um tapa na bunda. - Jonathan! - Exigiu, rindo.
- Não vou aguentar esperar até a noite, baby. Preciso de você agora. - Disse, determinado e subindo os degraus da escada de dois em dois. Savannah ria, divertida.
Jonathan a jogou na cama e ela mordeu o lábio,os olhos azuis agora estavam escuros, com as pupilas dilatadas de tesão. Eletirou o cinto e as botas, jogando-as de lado. Como um predador, ele avançou ese amaram, dessa vez com uma fúria pouco contida, decorrente da briga recente.
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Em Nome da Dor - Livro 2 (Série Em Nome do Amor)
RomanceJonathan e Savannah casaram rápido depois que se conheceram e, sete anos haviam se passado desde então. Tudo fora uma grande explosão de sentimentos entre os dois e ainda não conseguiam manter as mãos longe um do outro por muito tempo. Eles eram fel...