Quando o dia estava amanhecendo, Jonathan levou Savannah para o lugar favorito dois dois, à beira do riacho. Sua tenda estava lá, pronta para recebe-los. Ele a acomodou-a, ainda sonolenta sobre o colchão enorme e ela sorriu.
Não havia sinal de tempo fechado pelo céu, que agora luzia em variações de laranja e vermelho. Os pingos de chuva brilhavam nas folhas das árvores como diamantes, refletindo os raios de sol. Savannah espirrou e riu em seguida.
- Eu sabia que você não deveria ter ido atrás de mim, olha o que rendeu sua teimosia. Vai ficar resfriada... - Falou Jonathan, repreendendo-a.
Ela fez uma carinha fofa e ele sorriu, sem resistir.
- Se eu ficar, você vai cuidar de mim. Na saúde e na doença, lembra? - Brincou e ele apertou o nariz dela.
- Eu não sei se seria bom você adoecer agora, baby. - Ele arrumou os travesseiros debaixo da cabeça dela e levantou a blusa do pijama de seda que ela usava.
Savannah entrou em alerta, curiosa em saber o que Jonathan estava fazendo.
Ele se virou de lado, curioso, com os cotovelos apoiados na cama e as mãos sobre a barriga de Savannah.
- Não parece que tem dois bebês aqui dentro... - Comentou, com o olhar fixo no ventre plano. - Pra falar a verdade, seu quadril está mais largo - Ele tocou-o com firmeza, medindo - E seus seios estão ficando mais cheios. Como eu não reparei antes? - Para provar seu ponto, ele segurou ambos os seios de Savannah em suas mãos, fazendo com que elas ficassem preenchidas.
Ela gargalhou e pousou uma mão sobre a cabeça dele, acariciando os fios negros, já salpicados com branco.
- Deixa de ser tarado, Campbell. Eu acho que a partir do próximo mês já podemos ver um pouco de barriga. Ela crescerá muito mais rápido já que teremos dois bebês... - Ela tocou a barriga com outra mão e Jonathan deixou seus seios, tocando-a no ventre novamente.
- Quero que me conte tudo, por favor...Sobre como você...descobriu. - Limpou a garganta, envergonhado por ter brigado tantas vezes com Savannah sobre aquele assunto. Ela sorriu, compreensiva.
Então Savannah começou a contar tudo que pensava e que estava agarrado em sua garganta. Seus medos sobre a reação dele, a desconfiança, o que acontecera no dia do jantar, como ludibriara Priscilla para fazer o teste de gravidez, simplesmente tudo.
Disse como fora a consulta, de quantos meses estava e os exames que foram feitos. Jonathan se sentiu culpado por ela ter passado tudo aquilo sozinha e se perguntou o que teria acontecido, se Savannah tivesse ficado com tanto medo dele à ponto de fugir.
- Eu nunca fugiria de você, meu amor. - Ela murmurou, ainda acariciando os cabelos dele. Ele franziu o cenho, confuso. - Você falou a última parte em voz alta. - Ele corou.
- Eu quase perdi você. Aliás, vocês... - Beijou a barriga dela, sempre acariciando. - Me perdoe Savie... - pediu novamente.
- Não temos mais que pedir perdão, querido. Isso tudo ficou pra trás agora. Vamos viver essa nova etapa da nossa vida, ok? - Ele assentiu - Agora, uma coisa eu estou curiosa.... - Ela mordeu os lábios, apreensiva. - Você descobriu quem estava me mandando aqueles bilhetes e quem tentou me matar? - Disse a última palavra com um bolo na garganta.
Era de aterrorizar a ideia de que alguém desejasse sua morte e houvesse tentado não apenas uma, mais duas vezes, sendo que a segunda acidentalmente atingiu sua filha sem querer. Seu sangue ainda fervia quando pensava em Giovana no hospital.
Jonathan empalideceu na mesma hora. Não queria ter que contar nada do que acontecera a Savannah, muito menos trazer à tona o nome de Heitor.
- Não, eu... - desviou o olhar do dela.
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Em Nome da Dor - Livro 2 (Série Em Nome do Amor)
RomanceJonathan e Savannah casaram rápido depois que se conheceram e, sete anos haviam se passado desde então. Tudo fora uma grande explosão de sentimentos entre os dois e ainda não conseguiam manter as mãos longe um do outro por muito tempo. Eles eram fel...