Capítulo 30

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Enquanto Savannah dormia um sono pesado devido a medicação no hospital, Jonathan, Dean e Carlos cercavam Angelina à espera de sua explicação, que no entanto, fora muito simples: Phill estava em um canto do bar na mesma noite em que Jonathan.

Havia visto Angelina e ele conversando intimamente. Procurou-a após, pedindo que lhe ajudasse a separar o casal, pois ele ainda era apaixonado por Savannah.

O que de fato, era uma grande mentira. Mas na ingenuidade, Angelina acreditou. Ela tentara se aproximar de Jonathan, mas não obteve sucesso. Então, ao contar para Phill que seu plano não iria dar certo, ele teria surtado e a ameaçado.

Mas, em um dos encontros entre os dois, no apartamento dele, ela viu em suas coisas as plantas do hospital, agenda de horário dos funcionários e seus plantões, assim como o recibo da imobiliária, que constava o aluguel de um casebre abandonado não muito longe dali.

- Sinto muito, Jon. Se eu soubesse que ele tentaria sequestrar seu bebê eu nunca...nunca teria sequer, pensar em ajuda-lo. – Lamentou ela.

Jonathan estava furioso. Queria esganá-la por ela ter se associado a Phill para tentar destruir seu casamento.

- E se você estiver mentindo? E se na verdade esteve planejando com ele todo esse tempo e agora quer tirar o corpo fora? – Dean perguntou o que estava entalado na garganta de Jonathan.

- Quer saber? Carlos, leve-a direto pra delegacia e faça o delegado interroga-la. – Angelina arregalou os olhos quando Carlos segurou seu braço. Jonathan se aproximou do capataz e sussurrou em seu ouvido – Nem uma palavra sobre o casebre aos tiras.

Carlos assentiu, sabendo que Phill era um homem morto nas mãos de Jonathan.

- Jonathan, não! Por favor, eu juro que não o ajudei...acredita em mim! – Angelina gritou, entrando forçada no carro.

Estava desesperada e aos prantos. Amaldiçoou o dia em que conheceu Phill James.

~~~

A menina não parava de chorar. Phill estava à ponto de enlouquecer com o choro fino estourando em sua cabeça faziam horas. Porque ela não se cansava? Infelizmente, ela era seu bilhete dourado para conseguir o dinheiro dos Campbell e refazer sua vida.

- Cala boca pirralha! – Gritou descontrolado, como se a pequena fosse lhe entender.

Estava quente ali, muito quente. Mas ela tinha fome e queria voltar para a barriga da mamãe. Ela queria ouvir as vozes que lhe acalmavam quando estava protegida. Uma, era doce e angelical. A outra, um pouco mais grossa, mas emanava muito amor também. E ela sentia falta do seu irmão. Porque ela estava sozinha ali? Porque aquele homem mal gritava a todo instante?

O casebre estava abandonado à meses. Havia apenas uma mesa e algumas cadeiras velhas. O chão com uma grossa camada de poeira e folhagens secas. Fora o único lugar que Phill conseguiu como esconderijo.

Dean tomou o volante da caminhonete, seguindo as instruções de Jonathan, que naquele momento, enchia as armas com munição. Ele não sabia se Phill estaria preparado ou não, mas não iria hesitar em meter uma bala na cabeça do outro, caso precisasse.

- Pelo que você disse, estamos perto, Jon. Acho melhor pararmos aqui e irmos a pé. Se ele ouvir um barulho de carro, vai saber que está cercado. – Dean concluiu e estacionou a caminhonete escondida entre as árvores.

A estrada era de péssimo acesso, com muitos buracos e chão de terra. Jonathan tentava controlar o desespero por sua filha prematura ter tido contato com tanta poeira e doía só de pensar na pequena deitada no banco, sentindo os sacolejos do carro.

Em Nome da Dor - Livro 2 (Série Em Nome do Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora