Em Nome da Dor - Livro 2 (Série Em Nome do Amor)

Capítulo 7

- Jonathan, quer parar? Vai furar o chão dessa forma... – Falou Savannah, enquanto observava o médico fazer uma pequena sutura em seu braço.

- Desculpe, mas eu estou nervoso querida. Atiraram em você meu amor, querida que eu ficasse como? – Ele se aproximou e tomou a mão livre dela nas suas.

Savannah sorriu, compreensiva. Jonathan sempre estava lá por ela, não importa o que acontecesse. A briga já esquecida, dava lugar a apreensão e medo do desconhecido.

- Ligou pra nossa filha? – Savannah agradeceu o médico, que saiu logo em seguida, tremendo com os olhares que Campbell dirigia em sua direção.

Jonathan bufou e novamente sua expressão se tornou raivosa.

- Sim, eu liguei. E adivinhe quem atendeu? – Falou com um rosnado.

Savannah colocou a mão sobre a boca, para disfarçar um riso. Era óbvio para ela, que o marido estava furioso por Giovana deixar Leo atender o seu celular.

A questão era que o garoto sempre atendeu o telefone da menina sem nenhum problema, mas agora que estavam namorando, Jonathan estava disposto a implicar com o mais simples dos gestos. Savannah bem que achava bem feito para a filha pela mentira que a mesma havia contado aos dois.

- Você não acha que está indo longe demais com isso? – Tentou dissuadi-lo pela última vez.

- Não, eu não acho. Ela é minha filha e eu sei como pensam os garotos na idade do Leo. Só porque ele cresceu com ela e o conhecemos, não quer dizer que ele tenha pensamentos diferentes dos demais meninos da sua idade... – Falou Jonathan com firmeza e ouviram batidas na porta do quarto.

- Eu espero que você se prepare para a próxima bomba que vem por ai... – Sussurrou Savannah, quando viu a filha e o namorado entrarem.

Jonathan arregalou os olhos diante das palavras de Savie, esperando que o pior em relação a filha.

- Mamãe, que susto a senhora nos deu! – Giovana a abraçou forte, com lágrimas embaçando seus olhos.

Se lembrou de Melissa, quando ameaçara a vida da mãe e era impotente em uma cadeira de rodas, sem poder fazer nada para ajudá-la.

- Eu estou bem, querida. Foi só um susto, a bala passou de raspão.

- Mesmo assim Savie, ficamos preocupados quando Jon nos ligou... – Leo falou com timidez, olhando de espreita para Jonathan, que se mantinha de braços cruzados e cara fechada.

- Eu sei queridos. Agora vamos deixar na mão da polícia e descobrir quem fez isso. – Trocou olhares com Jonathan, tentando dizer para não comentar sobre o bilhete.

O bilhete.

Ela lembrou que havia outro dentro de sua bolsa, mas decidiu que o mostraria assim que Giovana e Leo fossem embora.

- Mãezinha, eu te amo tanto...- Giovana beijou o topo de sua cabeça.

Savannah sempre se derretia quando a filha demonstrava seu amor, mas agora tinha chegado a hora de contar a verdade.

- Eu também te amo, filha. Mas agora temos que conversar sobre o que eu fiquei sabendo na cidade. Sobre vocês dois. – Falou com firmeza e percebeu que Giovana havia ficado pálida.

Leo segurou sua mão e ambos se encararam por um momento.

- Savie, o que está acontecendo? – Perguntou Jonathan, desconfiado com a reação dos dois.

- Aparentemente, sua filha tem algo para nos contar. Quer dizer, contar para você, já que eu tive que ouvir fofocas pela cidade toda! – Cruzou os braços e fuzilou Giovana com o olhar.