Capítulo 2

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No outro dia, na hora do almoço, estavam todos reunidos em volta da mesa. Jonathan adorava ter toda sua família unida nesses momentos e ter a casa cheia.

Depois de tantos anos solteiro e vivendo somente com Berta e Carlos, ele sabia que nunca mais gostaria de viver daquela maneira. Savannah surgiu na porta da sala de jantar, ajudando a Berta com as travessas. Cheirava tudo muito bem e Jonathan franziu o cenho.

- Isso é o que eu estou pensando? – Falou retirando o chapéu e colocando em cima da perna. Seus olhos brilharam e Savannah abriu um lindo sorriso. Giovana mordeu os lábios, sabia exatamente o que sua mãe estava tentando fazer.

- Pode apostar que sim! Costeletas de porco, milho na manteiga, purê de batatas e... – Se aproximou dele por trás, abraçando-o – De sobremesa teremos torta de pêssego com sorvete de creme.

Jonathan quase babou quando sua esposa terminou de falar, era sua comida favorita! Adorava as costeletas de porco que Savie fazia, mas com a falta de tempo, ele tinha que implorar para comer aquela comida deliciosa.

Então ele ligou os pontos e puxou Savannah para o seu colo, sem se importar com a presença dos outros no ambiente. Ela era sua mulher, porra!

- O que você aprontou dessa vez e quanto irá me custar? – Perguntou, cerrando os olhos em uma minúscula fenda.

Savannah fez uma falsa cara de espanto e indignação, que não o enganou nem por um instante. Ouviu o barulho dos garfos ao redor, mas ele sentia que a belíssima mulher ao seu colo, estaria arrumando algum problema novamente.

Ele havia percebido que ela sempre fazia sua comida favorita quando queria pedir algo que sabia que ele não deixaria. Sua esposa o tinha na palma de sua mão, mas não que isso lhe importasse.

- Nossa Jon, você é um ingrato. Fiz sua comida favorita e você vem logo com essa agressividade. – Soou magoada e tentou se levantar.

Jonathan a segurou mais forte, impedindo que ela se levantasse e Savannah fez um lindo bico. Ele não resistiu e lhe deu um selinho, sentindo as mãos carinhosas da esposa dentro de seu cabelo.

- Baby, não tente me enganar. Sempre que você faz minha comida favorita é porque tem algum problema pela frente, então trate logo de dizer porque todo mundo está comendo a comida que eu mais gosto e, no entanto, eu estou aqui esperando você desembuchar. – Apertou sua coxa e Savannah fechou a cara, sabendo que havia perdido.

- Querido, fique tranquilo. Não vai lhe custar nada e eu não quero lhe pedir nada também. É só mais como, um aviso, entende? – Divagou, enquanto mexia na gola da sua camisa.

Ele ainda estava confuso, como assim não custaria nada? Não que Savannah fosse de sair comprando, a mulher ainda tinha um puto orgulho e gostava de comprar as coisas com o próprio dinheiro.

Ele sentia uma grande emoção quando ela recorria a ele para pedir algo, mas como o homem que é, não poderia ceder sem receber uns afagos. Então eles sempre fingiam esse joguinho e no fim, acabavam na cama.

Um aviso? O que no mundo poderia ser? Será que ela estava grávida? Ele empalideceu na hora e engoliu o bolo na garganta.

- Jonathan? Amor? – Chamou Savannah e ele a olhou, com os olhos arregalados – O que houve? Você está branco como uma folha de papel. – Ela tentou lhe dar um copo com água, que ele prontamente aceitou.

- Você não vai falar que está grávida, né? – Savannah fechou a cara, mas não queria entrar em uma nova discussão antes de resolver a primeira.

- Não, engraçadinho. Não estou grávida e se estivesse nós teríamos que conversar sobre essa cara que você acabou de fazer. – Bufou – A questão é que... – respirou fundo e olhou para a filha, que já tinha parado de comer.

Em Nome da Dor - Livro 2 (Série Em Nome do Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora