Epílogo

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Dois anos depois...

As cortinas de tecido leve da tenda na beira do riacho tremulavam levemente e o barulho do vento soprando entre as árvores fazia Savannah se sentir ainda mais preguiçosa. 

Algumas pessoas insinuavam que ter filhos e ser dona de casa não dava trabalho, mas então, aquelas pessoas não levavam a vida que ela levava.

Se afastara da faculdade durante um semestre inteiro, em busca de ser uma mãe em tempo integral. Nada havia lhe trazido tanto prazer do que se dedicar aquelas duas criaturinhas espetaculares. 

Jonathan havia comemorado, mas o tempo passara rápido demais e logo ela estava de volta na sala de aula. Finalmente estava de férias! Como era bom curtir um tempo de paz e solidão. 

Sua família estava em peso em sua casa e ela decidira dar uma escapada ao local que ela e Jonathan mais amavam em todo mundo.

Ela empurrou o óculo de sol pra cima e encarou a água da cachoeira que brilhava pelos raios solares. Se espreguiçou, dando continuidade à leitura de seu livro.

Virara rotina tirar um momento a sós para ela mesma ali, até mesmo sem Jonathan. Às vezes, ela sentia que iria explodir com tantos afazeres e responsabilidades. 

Fora difícil perceber que ela não era uma super mulher e aceitar a ajuda de Giovana e Berta, principalmente nas primeiras semanas de recuperação da sua cesárea. 

Agora ela exibia uma fina linha abaixo do ventre orgulhosamente.

Com aquela cicatriz, primeiramente, ela sentiu-se feia e insegura. Já não tinha mais o corpo de antes, mas Jonathan lhe mostrou o quanto a amava daquela forma. 

Dissera que suas curvas estavam perfeitamente acentuadas e que seus seios maiores haviam ficado ainda mais deliciosos.

Savannah mordeu o lábio, sonhadora, ao se lembrar de como Jonathan provou naquele dia o quanto suas palavras eram puramente verdadeiras. 

Dali em diante, ela recuperou a autoestima perdida e apenas começou a viver, sem paranoias.

Ela também dava graças aos céus todos os dias, por ter um marido maravilhoso ao seu lado. Sabia que ele fora um pai fantástico para Giovana, mas com os gêmeos ele havia se saído surpreendente. 

Um pouco desastrado no começo e bastante sem noção em certas brincadeiras, então ela começou a levar a sério a frase: nunca deixe seus filhos sozinhos com o pai.

De repente, ela ouviu as risadinhas vindo da pequena estrada que levava até onde ela estava. Aquelas duas pequenas crianças haviam mudado todo seu mundo.

Giovana andava na direção de Savannah, segurando Theo e Rose pelas mãozinhas gorduchas. A melhor decisão de sua vida, fora ter se mudado pra perto de casa e ver o crescimento dos irmãos. 

Ela seria e faria qualquer coisa para aqueles dois.

- Mamãe! - Eles gritaram juntos e tentaram correr na direção de Savannah, mas Giovana se abaixou e sussurrou para eles.

- Se lembrem do que o papai pediu? - E eles concordaram. 

Então sorriram para a mãe, dando apenas um aceno. Logo se distraíram com as flores, sempre debaixo dos olhos atentos da irmã mais velha.

Savannah se sentou, colocando algumas almofadas ao redor, quando ouviu o som do violão. Jonathan vinha em sua direção, enquanto cantava ao mesmo tempo que tocava o instrumento.

Ela o encarou, boquiaberta e emocionada. Seus filhos, pareciam ter sido treinados, pois cantavam algumas partes juntamente com o pai. 

Ela tampou a boca com as mãos, quando Jonathan se ajoelhou em sua frente.

Em Nome da Dor - Livro 2 (Série Em Nome do Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora