Capítulo 57.

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Sarah Cropper.

Já se passaram dois meses desde quando deixei a mansão e vim treinar meus poderes no Jardim Celeste, que aliás, é o lugar mais lindo que vi na vida. Tudo é como em um livro de contos de fadas, tem duendes, fadas, elfos e lobos iguais a Prince, sim, fomos apresentados novamente antes de entrar aqui. A casa que estamos ficando, foi a mesma que minha mãe ficou e treinou quando foi sua vez, assim que coloquei os pés dentro, achei várias coisas, pulseiras, poções, fotos e até mesmo cartas de amor, ela não colocou nome, mas tenho certeza de que eram para meu pai. Não sei o que aconteceu com ela na época, mas nas cartas ela sempre dizia que ficaria tudo bem, que ele era seu grande amor, mesmo estando com outra pessoa e outros seres. Sinto pena delas nunca terem sido entregues a pessoa. Mas as guardei e darei a meu pai, quem sabe algo o faça ter certeza de que as cartas eram para ele, e falando nisso, ainda não me lembro deles, tento todo dia lembrar de algo, mas nada. Minha madrinha tentou alguns feitiços, porém continuei na mesma, diz ela que a magia é negra e ela como uma bruxa branca, vai dar um pouco de trabalho para quebrar o feitiço. Todas as noites quando vou ver as estrelas, me lembro deles e de como Ryan ficou ao nos vermos pela última vez, queria saber como ele está agora, não tenho notícias desde quando vir para esse mundo e minha madrinha nunca me diz nada, só que estão bem e que não me preocupe com eles. Após um dia cansativo de muito treino, tomei um banho e estou sentada nos degraus da entrada da casa, eu amo ver as estrelas, elas são tão grandes e brilhantes, nem se compara com o mundo humano, é como se eu estivesse no espaço sideral. Sinto uma mão delicada apertar meu ombro e logo se sentar ao meu lado.

— Você adora mesmo essas estrelas, não é? - Samantha sorri.

— Sim madrinha, elas são tão bonitas. - Sorri.

— Você não se lembra de nada mesmo? - Me fita.

— Não. - Nego com a cabeça. - Acho que eu sou muito importante para eles, caso contrário não teriam feito isso comigo, não é? - A fito.

— Sim, você é muito importante para eles, para mim. - Beija minha cabeça. - Acho que eles devem estar com saudades. - Sorri.

— Nos veremos novamente quando esse treinamento todo acabar. - Sorri de canto.

— Você grava bem minhas palavras. - Aperta minhas bochechas.

— Ai madrinha. - Coloco as mãos em minhas bochechas. - Acho que está na hora de você ir dormir, já que se deita primeiro que eu.

— Tem razão, amanhã acordaremos cedo. - Me dá um beijo na testa. - Não demore a entrar. - Se levanta e entra em casa.

Me levanto e começo a caminhar pelo jardim, as flores aqui são perfeitas, olho ao redor e vaga-lumes brincam uns com os outros, grilhos fazem barulho e vejo fadas pegando polem das flores. Sorri e vou até uma flor branca, suas pétalas são tão peculiares, que chega a ser bonita, levo meu nariz até uma delas e aprecio seu perfume, que me lembra muito o morango. Me afasto em um susto, pois ouço um barulho entre as flores do jardim, me aproximo em passos cautelosos. Nada vejo, então olho ao redor confusa, tenho certeza de ter ouvido algo, me viro para voltar para casa, mas paro onde estou e fito a mulher em minha frente sorrir para mim.

— Mamãe? - Coço meus olhos e assim que os abro novamente, ela sumiu. - Devo está ficando com sono. - Sussurro.

Minha filha. - Me viro e ela está do outro lado do jardim.

— Você está aqui mesmo? - A fito.

— Não está me vendo? Então sim. - Sorri e abre seus braços para me receber em um abraço.

Não aguentei a emoção e acabei deixando uma lágrima cair, vou em sua direção sem tirar os olhos dela dessa vez, porém vou ao chão em um movimento rápido, olho para cima e vejo algo grande e peludo.

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