Capítulo 37.

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Sarah Cropper.

Olho em meu relógio e já são 20 h, tenho que correr antes que fique tarde, do meu celular peço um táxi e assim que ele chega, desço correndo. Assim que fecho a porta de meu quarto, posso sentir o perfume amadeirado de Ryan, será que ele vai dar uma volta? Enfim, tenho coisas a fazer, continuo meu caminho e assim que passo o portão da mansão, um frio passa por minha barriga, pois estou com a sensação de estar sendo observada. Dou de ombro e entro no táxi, que segue rapidamente até o shopping. Assim que passo a porta de entrada, já vejo Nicole a minha espera, corro até onde ela está e a abraço forte, eu estava com saudades.

— Sua maluca, por onde andou esse tempo todo? - Me fita e desfaz o abraço.

— Estava doente, eu ia te dar notícias, mas meu celular quebrou na terça.

— Tudo bem. - Sorri. - Mas você está bem agora? - Seu tom é de preocupação.

— Estou ótima Nick. - Sorri. - E você?

— Eu... - Seu celular toca e a mesma suspira. - É meu pai, acho que está bêbado novamente...

— Tudo bem, pode ir atender, eu espero aqui. - A mesma assenti tristemente.

Meu coração se aperta ao vê-la assim, ela tem tantos problemas com seu pai e eu nem se quer conheço o meu, será que ele é igual ao de Nicole? Claro, se estiver vivo. Eu sempre tive curiosidade de conhecê-lo, mas não sei, ele me deixou tão cedo e nem ao menos voltou para dar explicações. Tiro esses pensamentos de minha cabeça, eu sei que não é muito fácil ser órfã, mas tenho uma madrinha maravilhosa, é como se fosse minha mãe. Sorri e peguei meu celular para ver se tem alguma mensagem dela, já que Ryan, fez o favor de mexer no que não é de sua conta, fico boquiaberta ao ver que ele conversou com ela como se fosse eu.

— Apaixonada por ele? Eu te mato Ryan, seu idiota. - Esbravejo.

Aperto o celular em minha mão, vou matar esse maldito. Respiro fundo e fico olhando o movimento das pessoas, Nicole está demorando, será que está tudo bem? Saio de meus pensamentos ao ver uma certa garota, eu conheceria aqueles cabelos loiros a metros de distância, eu não acredito que ela está aqui. Me aproximo lentamente e tenho mais certeza de que é ela mesmo.

— Não acredito, Ana sua maldita. - Grito e a mesma dá um pulo, seus olhos me fitam e logo a mesma sorri.

— O que faz aqui? - Me abraça forte. - Sarah sua idiota, por onde andou?

— Eu? Você que sumiu e não me respondeu mais. - A fito. - Você não estava em Paris?

— Ainda estou, na verdade estou na cidade a trabalho. - Morde seu lábio. - Eu perdi seu número, fui assaltada e foi horrível.

— Horrível? - Gargalho. - Tenho certeza que comprou outro no mesmo minuto. - Cruzo os braços.

— Tem razão, mas perdi todos meus contatos. - Suspira. - Se eu soubesse que estava aqui, já podíamos ter nos vistos há uma semana.

— Você já vai embora? - Digo triste.

— Daqui duas horas, eu vou voltar para Paris. - Choraminga. - Droga, eu estou com tanta saudade, tenho tantas novidades.

— Janta com a gente? Por favor. - Sorri.

— A gente quem? Você está com. - Olha para os lados. - O gostosão do seu patrão?

— Não, nunca, ele é meu patrão e um idiota. - Bufo. - Estou com uma amiga. - Olho para trás e vejo Nicole me procurando, fico pulando como uma louca e ela me vê. - Ana, essa é Nicole e Nick, essa é Ana. - As apresento.

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