Ryan Norhan.
Após Sarah me deixar inconsciente ao surtar, a procurei por tudo quanto é canto, mas não a achei, então voltei para a mansão e disse a meu pai o que aconteceu. Por mais que eu tente, não consigo esquecê-la e deixar de me preocupar, por mais que eu negue, ainda gosto dela. Ficar essas três semanas sem vê-la, foi o ápice para que eu pudesse fazer massacres nas festas na floresta. Fiquei aliviado ao vê-la voltar pela manhã, mas com raiva por ter sido um lobo a trazê-la, como todos sabem, somo inimigos naturais, e como é de se esperar, ela o protegeu de nós. Alguns minutos depois a vi sair do escritório de John, eu estava disposto a falar com ela, mas a vi falar no telefone com Nicolae, será que é mesmo verdade que estão namorando? Parei onde estava e fiquei a fitando até a porta, nossos olhares se encontraram por alguns segundos, gostaria de dizer o quanto sinto sua falta, mas desisti e voltei para meu quarto. Fecho a porta e respiro fundo, como sou idiota, mesmo sendo mais frio, não consigo ser totalmente meu antigo eu, não consigo me desligar do mundo, pois tudo me lembra Sarah, seja em atitudes ou em aparências, o que essa garota tem? Será que estou enfeitiçado? Que inferno. Enfim, o final de semana chegou voando e não fiz nada de interessante na quinta e sexta, acho que fiquei tão bravo comigo mesmo, que não tive vontade de fazer nada. Respiro fundo ainda olhando o jardim, hoje o dia está um pouco quente, mas nada que possa queimar minha pele, estou tão entediado que as vezes me pergunto o que vou fazer no resto dos meus séculos, talvez ficar no jardim, matar, beber sangue, beber e ficar com garotas? Que miserável. Fecho meus olhos por alguns segundos e os abro ao sentir uma presença, olho para o lado e não sei se estou vendo coisas, fico fitando Sarah e nada digo.
— Posso me sentar ao seu lado? - Diz sem graça.
— A casa é sua. - Desvio o olhar e ela se senta, certo, é impressão minha ou meu coração está batendo mais rápido? - O que quer?
— Me desculpar, pelo que aconteceu na quarta-feira, não queria te machucar.
— Não me machuquei, sou um vampiro. - Sorri de canto ainda sem fitá-la.
— Queria que a gente começasse de novo, como família, vou voltar para a mansão e sei que nosso pai não gosta de brigas, que tal uma trégua? - A fito e ela sorri de canto.
— Não deu certo morar com seu namorado e trabalhar na minha padaria? - Sorri.
— Ele não é meu namorado, somos bons amigos, pra falar a verdade, ele estuda tanto que mal o vejo. - Olha para o jardim. - São meus poderes, eles estão descontrolados e não quero machucar pessoas inocentes. - Suspira.
Acho que senti um ponto de felicidade em saber que não são namorados, porém, não consigo dizer nada, sei que não sou inocente nessa história toda, eu a magoei e queria me desculpar também, mas não consigo.
— Apenas não entre no meu caminho, que seremos bons irmãos. - Droga, por que falei isso? Eu sou um idiota mesmo.
— Sem problemas. - Sorri brevemente e se levanta, eu queria pegar em sua mão e dizer que sinto muito, mas a deixo ir embora.
Me curvo na cadeira e coloco minhas mãos nos cabelos, como eu queria ser diferente, queria saber pedir desculpas e ser menos orgulho, eu sei que perderei Sarah por isso, mas não a culpo, eu sou o problema entre nós dois, e hoje eu entendo o que todos dizem, sou impulsivo e agora penso nas consequências. Sinto uma mão em meu ombro e me assusto, estava tão distraído com meus pensamentos que não senti a presença de Samantha, aliás, o que ela faz aqui?
— Você devia falar com ela. - Sorri e se senta ao meu lado.
— O que está fazendo aqui bruxa velha? - Me encosto na cadeira.
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O Que Desconheço.
Roman d'amour**Atenção, essa obra tem todos os direitos autorais, em caso de plagio, responderá a processo, plagio é crime.** Sou Sarah e acabei de me mudar para Cotswolds, depois de ter ganho uma bolsa de estudos, deixei minha madrinha que é minha única família...