Capítulo 03.

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Ryan Norhan.

Ela está correndo mais rápido que uma gazela nessa floresta escura, isso mesmo, novamente dei de brincar com a comida, mas se eu falar que me importo estou mentindo, essa adrenalina de correr atrás de minha presa só torna a brincadeira mais interessante. Vamos lá, ela é só mais uma garota da faculdade que estou cursando pela milésima vez, bom a convenci de dar um passeio comigo pela floresta e acredita que a boba aceitou? Claro faço isso sem ninguém saber, pois se meu pai adotivo John Henson souber disso, com certeza vou levar uma bronca daquelas, digamos que ele sempre me diz que tenho que me alimentar somente de sangue de animais, mas cai entre nós, não é a mesma coisa que um belo sangue humano. Não sou um vampiro malvado, mas foi o que aprendi desde que era uma criança pelo meu pai biológico, chamado Eric Norhan, se você está me achando malvado por matar garotas ingênuas, não sabe o que ele fazia antes de morrer, mas isso vou contar em uma outra hora, agora vou voltar a brincar de presa e caçador. A encosto em uma das árvores, vejo que sua respiração está descontrolada e seu coração bate a mil por segundo, isso é muito excitante, para não parecer tão ruim a hipnotizo para não sentir medo.

— Ryan o que está fazendo? - Diz a garota.

— Um conselho, nunca vá até uma floresta com um garoto que te deu bola, digamos que nesse mundo tem muitas coisas estranhas. - Sorri ainda a deixando sem saída.

— Mas o que você é? - Diz ofegante.

— Oras, não viu minhas presas? Um vampiro claro. - Sorri com ironia. - Não é nada pessoal, mas preciso sobreviver.

A mordo e bebo cada gota de seu sangue, prefiro fazer isso o mais rápido possível para não me arrepender e deixá-la viva e passar o resto da vida em um hospício. Seu corpo cai no chão mais branco que eu, mas agora é tarde demais para voltar atrás, a fito por alguns segundos e seu rosto angelical continua intacto, coitadinha, não devia confiar no primeiro rosto bonito que vê. Me levanto e volto para a mansão rapidamente, já é madrugada e John vai desconfiar que estava fazendo coisa errada. Em minutos estou no portão de minha casa e entro com a cara de paisagem, como se não tivesse feito nada, mas para meu azar meu pai está bem no hall da casa.

— Ryan onde estava? - Me fita com atenção.

— Bom... caçando. - Digo desviando o olhar.

— Caçando o que?

— Oras, comida... ou você acha que estava caçando patos para fazer assados mais tarde? - Sorri.

— Assim espero, porque se eu ver mais um noticiário de uma estudante morta. - Se aproxima. - Eu juro que você vai ter que entra nas rédeas. - Me fuzila.

— Eu sei disso. - Reviro os olhos. - Jack já chegou? - Mudo de assunto. Ele me analisa de cima abaixo, querendo ou não ele sempre me intimida com esse tipo de olhar, como se soubesse que estou mentindo mais uma vez.

— Está em seu quarto, chegou a horas. - Me joga um olhar frio.

— Obrigado meu pai. - Subo as escadas. - Boa noite e sonhe com os anjos.

É digamos que o respeito muito pelo que fez por mim ao ficar órfão aos 10 anos na idade de vampiro, mas não consigo ser um anjo. Ao abrir a porta de meu quarto Jack está todo jogado em minha cama, mas que folgado, ao me ver ele se levanta e me abraça matando a saudade.

— Como está primo? - Diz Jack ao se afastar.

— Muito bem... digamos que acabei de ter um jantar dos Deuses.

— Outra conhecida da faculdade? - Me fita com malícia.

— Elas são tão ingênuas, mas um dia paro de me alimentar delas e virarei um anjo como meu pai sempre quis. - Digo ao me deitar em minha cama.

O Que Desconheço.Onde histórias criam vida. Descubra agora