O Que Desconheço.

Capítulo 15.

Ryan Norhan.

Já são quase 12 h, depois de ter feito minha caçada pela manhã, começo a passear pela mansão como quem não quer nada, mas, na verdade, quero saber se Sarah já foi embora, fiquei sabendo que hoje ela chegou mais cedo para dar aula a Jenny, não sei o motivo, mas me sinto obcecado por ela, ainda mais depois daquele beijo tão... Não sei nem definir uma palavra, só sei que a quero muito, quero seu corpo e seu sangue. Passo discretamente em frente o salão e as duas ainda estão dançando, fico fitando-as por alguns segundos e me sinto feliz por Jenny está se dando bem com Sarah, por mais que ela não seja minha irmã de sangue, a considero como se fosse. Quando me mudei para a mansão, ela não largava do meu pé, ela dizia que era pra me fazer se sentir melhor e seu carisma funcionou, faria qualquer coisa por ela, quanto por John, e de brinde ganhei Jack como primo, ele sempre foi especial para nós, principalmente para mim, na verdade todos são. Sorri ao lembrar disso e me retiro do local, não quero atrapalhá-las. Vou em sentido ao jardim, pelo incrível que pareça o sol deu as caras novamente, não gosto muito, mas aprecio o calor que o mesmo emana. Me sento em uma das cadeiras que tem guarda-sol e sinto meu braço sendo queimado pelo sol quente, não sei se a sensação é boa ou dolorida, talvez eu seja um pouco louco quando me afundo nessas coisas. Tiro minha mão vendo que a queimei, digamos que o sol não é muito meu amigo, por ser vampiro legítimo, tenho algumas fraquezas, respiro fundo e sinto a presença de alguém, ao me virar vejo que é John.

— Posso te acompanhar?

— A casa é sua. - Digo fitando o jardim.

— Por que está aqui? - Se senta ao meu lado.

— Ultimamente sinto-me muito entediado e também vim aproveitar a visita do sol. - Suspiro.

— É... não é sempre que ele dá as caras por aqui. - Respira fundo e faz uma pausa. - Eu adoro esse jardim.

— Sei bem porquê. - Sorri. - Marisa era seu nome, não é? - o fito.

— Sim... Marisa. - Suspira. - Tinha bom gosto.

— Tenho que concordar... falando nisso, você não vai achar uma outra não?

— Não pretendo.

— Credo como consegue ficar sem... - Paro de falar e o fito. - Companhia.

— Já me acostumei com isso... Quem sabe futuramente não apareça alguma.

— Samantha seria essa alguma... Vocês combinam. - Fecho meus olhos relaxando.

— E o que você sabe sobre pretendentes? - Me fita sorrindo.

— Nada, mas sei que precisamos de mulheres. - Sorri.

— Melhor curtimos o sol mesmo, essa conversa é desnecessária. - Relaxa em sua cadeira.

Sorri com sua atitude e continuamos ali em silêncio por alguns minutos, trocamos algumas palavras e John voltou ao trabalho como todos os dias, e eu fiquei na mesma posição, o sol já estava mais fraco, então consegui senti-lo em minha pele sem me queimar. Estava muito distraído até ouvir gritos femininos, fiquei atento e soube exatamente de quem era, me levanto com pressa e procuro por sua origem e quando encontro, uma raiva me consome de imediato. Vejo Sarah por cima de Jack se fitando profundamente, eles estão achando que aqui é o que? Um motel?

— O que está acontecendo? - Os fito.

Os dois me olham com cara de culpados, estreito os olhos os observando se ajeitarem, vejo que Sarah está corada, deve estar com muita vergonha dessa cena, até eu estaria, ela está em seu local de trabalho.

— Só estávamos andando a cavalo. – Diz Jack fitando Sarah.

— Ouvi os gritos de Sarah de longe, você está bem? - A fito friamente.