O Que Desconheço.

Capítulo 43.

Ryan Norhan.

Não consigo nem definir o quão divertido é essa brincadeira, vou ter a oportunidade de caçá-la como sempre quis, quer dizer, mais ou menos, pois não vou poder mordê-la e beber uma gota de seu sangue, por mais que isso seja um dos meus maiores desejos. Como já conheço esse labirinto como a palma de minha mão, a sigo e a mesma já se depara com o primeiro caminho sem saída, sorri e continuo a observá-la. Ela dá meia volta e pega outro caminho, que por coincidência, é o correto, onde ela vai dar de cara com o sino, bom, está na hora da brincadeira começar.

— Uau... Já te achei. - Digo e a mesma me procura, em segundos ela continua a caminhar, acho que ainda não viu o sino. - Sarah...minha pequena Sarah. - Sorri.

Ela continua a me procurar, mas não acha, a vejo suspirar e seguir em frente, ela está muito perto do sino e pelo que vejo, ela já o viu, pois um sorriso brotou em seus lábios, porém, não vou deixá-la ganhar. Seu caminhar é rápido até o local, pulo em sua frente, a fazendo dar alguns passos para trás com o susto.

— Te achei! - Sorri com malícia.

Sarah coloca sua mão no peito e posso ouvir seus batimentos rápidos, que tentador, odeio quando isso acontece, pois, seu sangue circula mais rápido.

— Você quase me matou de susto, seu idiota! - Me bate e seguro seus pulsos para fazê-la parar.

— Nada de agressão, posso ganhar só por ter me agredido, mas é mais legal te caçar, você me parece muito apetitosa. - Sorri e ela fica gelado, posso sentir seu medo de longe, será que é por estarmos sozinhos em um labirinto? Ou por que ela se lembrou de como fico quando me transformo? – Você está com medo? - Sussurro em seu ouvido.

— Não... - Desvia o olhar.

— Sabe... desde quando você chegou aqui... Eu queria muito te morder e beber seu sangue, ele me parece uma safra ótima. - Digo mudando a cor de meus olhos, mas sem me transformar por completo.

— Vai se ferrar! - Grita e me faz soltá-la.

Ela me fuzila e da meia volta, achando que seria fácil assim, sorri a vendo chegar perto do sino, porém, não vai ser tão fácil. Apareço em sua frente a impedindo de continuar, a mesma dá meia volta e desvia de mim, novamente a impeço de chegar perto do sino, seus punhos se fecham e olha, ela fica linda com raiva.

— Quer parar com isso? - Esbraveja e não aguento essa carinha, mordo meu lábio e a jogo no chão, seguro seus punhos acima da cabeça e fito seus olhos enfurecidos.

— Só dizer que desiste. - Sussurro.

— Jamais! Não vou te dar esse gostinho. - Me fita com maldade, acho que ela vai aprontar algo, conheço esse olhar.

Sarah consegue usar seus poderes e me tira de cima dela com delicadeza, rapidamente corre até o sino e penso rápido, apareço em sua frente, a mesma se enfurece e me fita. Com delicadeza ela se aproxima e sorri, não estou gostando disso, uma de suas mãos mexe em minha gravata e desliza por meu peito, ela está tentando me seduzir?

— O que está fazendo? - Ergo a sobrancelha.

— Esse jogo está me deixando excitada sabia? - Coloca seus braços envolta de minha nuca.

— A é? Assim de repente? - Sorri desconfiado.

— Aram... - Se faz de inocente, sério? Suas mãos acariciam meu pescoço e agora tenho certeza do que ela está fazendo. – Sabe, quando estávamos no meu quarto... Eu estava louca para ir bem mais além, você sabe bem onde e como! - Morde seu lábio.