Capítulo 50.

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Tento dar a volta e pegar Sarah de costas, sei que terei que ser rápido ou posso falhar e matar todos, olho para John e faço um sinal, ele começa a jogar tijolos e o campo de força dela é ativo, ótimo, ela está distraída, minha hora é agora. Respiro fundo e calculo como entrar, pois, tem muitas árvores voando ao redor dela. Sem escolha, vou pulando de árvore em árvore até chegar em Sarah, levo algumas coisas no rosto, mas me levanto e tento novamente, não vou desistir dela e nem de minha família. Por sorte, ela ainda não percebeu que estou chegando perto, sem desistir e com dificuldade, consigo chegar perto, não penso duas vezes e a seguro pelas costas, cravando minhas presas em seu pescoço, tento beber o mais rápido para enfraquecê-la e estou conseguindo, mas seu sangue é saboroso e está sendo difícil me controlar. Junto minhas forças e lembranças que tive com ela, o que me faz parar de beber seu sangue e a mesma cair em meus braços inconsciente, certo, missão cumprida. Respiro fundo ouvindo as árvores caindo ao nosso redor e a única coisa que quero agora, é que a tirem de perto de mim, não consigo ficar sentindo o cheiro de seu sangue e não querer beber.

— John, a tire daqui rápido. - Grito e o mesmo vem correndo, a tira de meus braços.

Me levanto e corro para a floresta, preciso me afastar e deixar essa vontade sair de meu corpo, corro o mais longe da mansão e subo em uma árvore, me sento em um de seus galhos e já posso respirar aliviado. Por pouco não a matei, se isso tivesse acontecido, não me perdoaria nunca, preciso dela comigo, nem que seja por pouco tempo, preciso dizer a ela o quanto a quero de volta, o quanto sinto muito e quero fazê-la feliz. Pela primeira vez, aquela bruxa velha teve razão, claro, ela sabe de algo e sei que em breve, Sarah estará longe de nós.

(...)

Após trocar de lugar com John, me sento na poltrona em seu quarto e a espero acordar, já está anoitecendo, John teve que cuidar de Jack e Lara, que quase teve um infarto com revelação, mas Samantha cuidou de apagar sua memória, menos-mal. Respiro fundo e deito minha cabeça na poltrona, pelo incrível que pareça, me sinto cansado, fecho meus olhos por alguns minutos, porém não chego a pegar no sono, por ouvir uma movimentação no quarto. Viro meu olhar para a cama e Sarah está acordada, ela coloca a mão na cabeça e tenta levantar, porém cai do chão, me levanto e me agacho em sua frente, ela me fita confusa, mas nada diz. A pego no colo e a deito na cama novamente, arrumo seus travesseiros para que fique sentada e logo a fito.

— Como se sente? - Suspiro.

— Fraca e com dor, o que... aconteceu? Não me lembro bem. - Me endireito e coloco as mãos no bolso.

— Você só se descontrolou, mas todos estão bem, então não esquente a cabeça com isso. - Sorri de canto e fico admirando seu rosto. - Seu lado vampiro veio átona. - Vou em direção a sua penteadeira e pego uma bolsa de sangue, volto até ela. - Tome, ou não vai conseguir se levantar. - A entrego.

— Acho que não vou conseguir beber isso. - Olha para a bolsa com nojo. - Não posso tomar uma sopa cheia de legumes? - Me fita e sorri.

— Você vai achar gostoso, pelo menos por enquanto. - Me sento ao seu lado. - Eu aceito. - Ela me fita confusa. - Aceito uma boa relação entre nós, eu... bem. - Respiro fundo e a fito. - Sinto muito por tudo que fiz, por magoá-la ou até mesmo deixá-la brava.

— Está tudo bem. - Sorri fraco. - Então vamos poder ser bons irmãos de agora em diante? - Me fita.

— Não, quero ser mais que isso, eu ainda gosto de você Sarah e acho que esse mês sem você, foi o suficiente para me arrepender de tudo.

— Ryan...eu. - A calo com meu polegar.

— Não precisa me dar uma resposta agora, apenas quero que saiba que não te odeio, pelo contrário. - Sorri e ela nada diz. - Agora beba isso logo.

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