Capítulo 11.

1.4K 163 13
                                    

Ryan Norhan.

Não entendo o que me levou a fazer aquilo com Sarah, não a parte do trote, pois não tive nenhum envolvimento com isso e sim ficar furioso e ainda ajudá-la de certa forma. Tudo começou quando o idiota do Carlos a viu, seus olhos brilharam e tenho certeza que seus pensamentos foram os mais ousados, não vou negar que fiquei com ciúmes, pois sou um cara ciumento, acho que já mencionei isso, enfim, ele teve a cara de pau de fazer uma aposta comigo, obvio que não entrei nessa, não fico com garotas por apostas e nem preciso disso. Após a primeira aula, Sarah ficou sozinha e Carlos não perdeu tempo, só o vi furioso no intervalo, parece que ouviu o que não queria, não vou negar que gostei muito, mas parece que Sarah não disse nada de mais, até então não fazia ideia do trote que planejavam, descobrir ao sair da última aula, estava prestes a sair da faculdade quando ouvi certas risadas no corredor dos armários, curioso fui averiguar, meu sangue subiu no momento em que vi Sarah cheia de tinta azul, não entendo porque não achei graça alguma nisso, pois já fiz o mesmo com Nicole. Ela se limpa com indignação, olhei ao redor e todos estavam rindo, principalmente meus supostos amigos, um bando de otários. Quando os olhos de Sarah entraram em contato com os meus e ouvi a voz de Carlos, não pude evitar de agredi-lo e pegar Sarah pela mão, a levo para o banheiro masculino e começo a pegar papéis para limpá-la, acho que está tão triste que me deixou tocá-la facilmente, vi seus olhos marejados e a mesma se segurando para não chorar, e nesse momento eu só a quero tirar desse lugar, levá-la para longe de todos e fazê-la sorrir como sempre. De repente a vejo ficar furiosa e se afastar, as luzes começam a piscar e nesse momento posso ter a certeza que Sarah esconde algo, tentei me aproximar, mas ela saiu como um furacão, não vou negar que adorei o jeito que a mesma jogou Carlos no armário, e que força, ela não é uma simples humana, tem força e magia nessa garota. A vejo se retirar orgulhoso, o jeito que encarou a situação foi maravilhoso, outras já chorariam em algum canto.

— Qual a dessa garota? Ela luta ou o que? - Carlos arruma sua blusa. - E você? Qual a graça?

— Você. - Sorri. - Não aceita ouvir não e age como uma criança, ela poderia ter te socado.

— Meu amigo já quase fez isso. - Se aproxima. - Qual o seu problema? Por que me empurrou daquela forma?

— Menos Carlos, você não devia ter feito isso, ela trabalha em minha casa, não é qualquer garota desse lugar. - O fito de cima. - Da próxima, seja mais maduro e aceite o não de uma garota.

Carlos não diz nada, então me retiro do lugar, entro no carro e dirijo até a mansão ouvindo uma música, só de ouvi-la, lembro de Sarah, é a mesma que ela estava ouvindo quando a vi pela primeira vez, desligo o rádio rapidamente e freio bruscamente ao quase atropelar uma senhora que atravessa o sinal, mas o que há comigo? Ao chegar em casa, largo o carro do lado de fora e vou para a floresta, preciso pensar um pouco e caçar, e como John está de olho em mim, não posso matar nenhum humano por alguns dias, então o que me resta são animais. A manhã passa rápido e a noite já está quase dando boas vindas, depois de relaxar do meu jeito, volto para a mansão, assim que entro já sinto seu perfume e escuto ruídos, sorrateiramente vou até o salão e lá está ela, dançando na frente do espelho, está tão concentrada que não percebeu minha chegada. A observo por alguns segundos e logo realizo minha tentação de chegar mais perto, essa garota ainda me leva a perdição, a chamei para qualquer assunto, só para deixá-la melhor, por mais que esteja com um sorriso no rosto, sei que ainda se sente chateada. Não demorou muito para me sentir só nesse mundo, seus olhos me fascinam e seu jeito desafiador ainda mais, estamos conectados um ao outro e ela não nega isso. Como da primeira vez, se entrega ao meu toque e me faz a pergunta que não quer calar, o que eu quero, fiquei em silêncio, sua pergunta foi boa, pois nem eu sei responder, uma hora quero seu sangue e em outra seu corpo. Antes que eu pudesse respondê-la, dou graças que Lorena apareceu, ela está furiosa e cheia de ciúmes, não suporta ver outra em meus braços. As vejo se fuzilando, o que me agrada muito, se tivesse um ringue as colocaria para lutar, mas como Lorena é vampira, ganharia na certa. Fitei Sarah até minha saída e a mesma parece furiosa, adoraria ver isso, mas tenho que contar ao meu pai como foi meu dia, como fiquei o dia fora, ele vai me encher de perguntas na certa. Bato na porta de seu escritório e o mesmo diz para entrar, assim faço sem dizer nada, me sento na cadeira e o fito.

O Que Desconheço.Onde histórias criam vida. Descubra agora