O Que Desconheço.

Capítulo 53.

Sarah Cropper.

Já faz horas que estou sozinha nesse lugar, onde será que estou e quem é essa pessoa que Ramon falou? Me sento no chão cansada, já tentei de tudo para sair, porém não sei ativar meus poderes e não tenho nada que me faça fugir daqui. Encosto minha cabeça na parede com esperança de que minha família venha me encontrar a qualquer minuto, Ryan me viu antes de sumir e pelo que conheço, não vai me deixar aqui e desistir de me achar. Ouço barulho de portões e logo de passos, fixo meu olhar nas grades da cela e Ramon aparece com algo nas mãos. O fito com raiva, acho que o medo que tinha dele se foi com algumas horas presa aqui.

— Trouxe uma coisa para você. - Abre a cela e vem em minha direção, não faço questão de levantar, então ele se agacha e fica a minha altura. - Deve estar com fome. - Me oferece comida.

— Por que acha que vou comer algo vindo de você?

— Para não morrer de fome. - Sorri. - Vamos, não queremos você morta, então não tem nada de mais.

— Aé? - Sorri de canto e me levanto rapidamente.

Corro até a cela e consigo sair dela, porém paro ao ver que Ramon vem até mim andando, ele me deixou sair, o que significa que não vou ter para onde ir. Me viro o encaro até chegar em mim.

— Você é muito esperta. - Sorri e cruza seus braços.

— Vamos, acabe logo com essa palhaçada. - Esbravejo. - Diz que não quer me matar, mas me deixa naquela cela imunda.

— Prefere um quarto? - Se aproxima. - O meu está arrumado, posso te levar até ele e se for boazinha, deixo até tomar banho com minha vigilância. - Segura meu rosto com uma mão, posso sentir a força que está usando. - Você é tão bonita, adoraria te provar por completo. - Me solta e se afasta.

— Me deixa embora.

— Princesa, se fosse por mim, eu deixaria. - Se aproxima e pega minha mão e a beija. - Tão macia. - Suas mãos vão para meu rosto e sem que espere, sou beijada. Sua língua tentar invadir minha boca e começo a bater nele para que se afaste, porém não consigo, então mordo sua boca com força e o mesmo se afasta. - Você é muito selvagem garota, era só um beijo. - Sorri e me prende contra a parede. - Agora sei o que aquele idiota viu em você... Fascinante.

— Ramon, está na hora. - Diz uma senhora, a fito e foi ela quem me trouxe aqui.

Ele se afasta e segura meu braço com força, com puxões sou levada para fora daquele lugar.

— Eu posso ir sozinha, me solta, está me machucando seu idiota. - Paramos e seus olhos me fitam com atenção. - O que foi? Acha que vou fugir com tantos a nossa volta? - Ele olha em volta e sorri por eu ter percebido outros seres.

— Me surpreendeu mais uma vez, vamos e sem gracinhas.

Caminhamos lado a lado, estamos em um lugar muito sombrio, parece uma mansão. A decoração é ruim e sombria, não há muita luz e coisas pretas é o que mais se vê. Em minutos entramos em um corredor iluminado por velas, acho que não existe energia elétrica para o dono do lugar. Paramos em uma porta grande e Ramon a abre, me adentro com cautela e logo vejo um homem de costas para mim, ele se vira e um arrepio percorre pelo meu corpo.

— Então essa é a garota. - Sorri, esse sorriso, me lembra muito o de alguém. - Quantos anos têm Sarah? - Fico alguns segundos o fitando, seu sorriso é familiar, seus cabelos são longos e negros, sua pele é pálida, mais que a de John e Ryan. - O que ela tem? - Olha para Ramon.

— Ela é meio arrisca. - Sorri. - Pode respondê-lo meu bem. - Sussurra em meu ouvido.

— Se sabe meu nome, provavelmente sabe minha idade, diga logo porque me sequestrou. - O fito e ele se aproxima pegando em meu rosto com somente uma mão.