Não vou mentir, nunca vi alguém beber daquele jeito, ou de qualquer outro, bem que dizem que as aparências enganam.
- Isso!- Ela depositou o copo com tudo em cima do balcão.
- Uau! Isso foi bem...
- Rápido. Mais rápido do que o cantor na minha frente! Pensei que ter um fôlego bom fazia parte do seu trabalho.
Ela estava bem afiada nesta noite.
- Então, Jason, a Live ganhou.- Carlo à fitou. - Que prêmio você escolhe?
Por um instante inteiro Live me olhou de cima a baixo.
Que danadinha, pensei.
- Você canta, não é?
Não estava com um bom pressentimento. É claro que eu era um cantor maravilhoso, e ela também não parava de me chamar assim desde que eu chegara aqui, me chamar de "cantor" no caso, infelizmente ela ainda não tinha tido a oportunidade de me chamar de "maravilhoso". Quer, dizer era claro demais que eu era o talento, se a palavra "talento" fosse uma pessoa e isso não estava em tópico para negação, porém eu não estava gostando da ironia que ela estava usando no seu tom de voz.
- Você, vai subir naquele palco e cantar Bad Romance.
- Lady Gaga? - Comecei a rir, mas ela estava séria.- Não pode estar falando sério.
- Qual é cantor! O que foi? Está com medo?
- Eu estou bêbado, não maluco.
- Jason você perdeu, ela ganhou. E regras são regras, garanhão.
Não posso acreditar em meus ouvidos acabei de ser apunhalado por um irmão.
- Ok. Mas tomem cuidado.
- Com o quê?- Perguntaram em conjunto.
- Com o meu brilho, ele pode cegar vocês, meros mortais.
Depois disso fui em direção à minha segunda casa.
O palco.
- Olá a todos aqui reunidos nesta noite simplesmente maravilhosa, essa música eu dedico ao ser mais lindo de todo o mundo... Eu.
Arrancar alguns risos faz parte do meu repertório.
Quando as letras começaram a subir eu apenas fechei meus olhos e fui.
Ao abri-los, palmas e assobios me cercavam como já de costume, e aquela tinha sido só a primeira música da noite, eu até gosto da Mother Monster, mas eu ainda tinha mais um truque na manga e apesar da Gaga ter ótimos hinos, escolhi algo para provocar um certo alguém.
- Bem eu tenho certeza que todos aqui conhecem Charlie Puth, estou certo?- Em segundos todos gritavam e já aplaudiam.- De certo ele tem músicas muito boas, mas uma em particular é minha favorita, só que eu acredito que Marvin Gaye não é uma musica na qual eu não possa cantar sozinho.
Eu encarei Live e ela me lançou um olhar de "você não ousaria". Coitadinha. Não sabe brincar não... Desça para o parquinho ou coisa do tipo.
- Live, colega,vem pra cá!
Todos já ficaram chamando o nome dela fazendo pressão, o que aliás eu adorei. De tanta vergonha ela acabou subindo.
- Espero que pelo menos saiba essa.
Ela me olhou de forma sínica.
A musica começou e primeiro era a minha vez, sempre cantei desde pequeno porque cantar era algo que eu adorava fazer, mas já minha nova amiga eu não fazia a menor ideia.
Aparentemente o começo da musica já tinha seu efeito em boa parte dos casais ao redor, e igual ao clipe essa pegação me deu uma certa vergonha alheia. Enfim, novamente fui surpreendido pela bela garota que estava ao meu lado, ela não cantava, ela arrasava! E sou eu que estou dizendo isso.
Bem no final da musica nos dois fomos chegando um pouco mais perto um do outro, porém quando cantamos o último verso ela virou o rosto e cumprimentou a platéia.
E simplesmente do nada! Do nada, Carlo surgiu no nosso meio e pegou meu microfone.
- Senhoras, Senhores. A noite está divina, quem aqui ama o La Noche!?
Todos gritaram como se não houvesse amanhã.
Era aparente no jeito de Carlo que meu amigo tinha bebido um pouquinho de tudo no bar.
Live riu um pouco e logo depois desceu do palco, eu estava prestes a segui- lá quando alguém agarrou minha orelha e me puxou para trás.
- Jason Philipp Miller, pode me dar uma explicação imediatamente!
Ferrou!
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Quando a Hora Chegar
Teen FictionAs vezes precisamos aceitar o destino, mesmo que doa, mesmo que te mate. Olívia Jones nunca gostou muito de conversar ou qualquer tipo de interação,era certinha, tímida e um pouco fria. Nascera em Virgínia e aceitava a vida que levava até que Jason...